Esse é o Moto G82, o sucessor de um dos intermediários mais legais que já testamos da Motorola nos últimos meses, o G71. Seguindo a linha de modelos interessantes com um preço que fica cada vez melhor, estou otimista com esse modelo. Ele aumentou a tela, botou uma frequência maior e mudou um pouco o design. Resta saber se as mudanças são boas o suficiente para justificar a compra.
Motorola Moto G82
- Processador Snapdragon 695
- 128GB com 6GB de RAM
- Tela: AMOLED 120Hz de 6,6″ (1080 x 2400px)
- Câmera principal: 50MP (f/1.8) + 8MP (f/2.2) + 2MP (f/2.4)
- Câmera selfie: 16MP (f/2.2)
- Bateria: 5000 mAh
- Android 12
Construção e tela
A primeira sensação que eu tive ao tirar o smartphone da caixa foi de que ele é extremamente parecido com o G52. Isso mesmo, os dois telefones são praticamente a mesma coisa, com a diferença que, aqui no G82, existe uma pintura circular na carcaça, que eu usei para diferenciar eles, enquanto fazia o review.
Agora, quando comparamos ele com o antecessor, G71, houveram algumas mudanças positivas, como a saída do sensor de digitais da traseira para a lateral, junto com o botão de energia e a carcaça.
Ela ainda é de plástico, mas tenta imitar materiais premium, sem parecer que vai riscar só de eu respirar perto dele.
Eu lembro que isso me incomodou bastante no G71, mas aqui ficou bem legal. O frame do G82 é fosco, mas tem um detalhe brilhante, refilado, no encontro da lateral com a tampa traseira e com a tela. Esse efeito faz o smartphone parecer mais fino, dando essa cara premium que o telefone precisa ter.
Ainda podemos ver uma saída de som no topo, junto do microfone para redução de ruídos e embaixo, ao lado da porta USB-C, temos o conector para fone de ouvido – que vem na caixa.
Na frente não temos muitas novidades em design, mas dá para destacar que é um smartphone com uma borda bem fina para os padrões da Motorola. Ele tem uma simetria na borda superior e inferior, assim como nas laterais. Só que, infelizmente não é um conjunto totalmente simétrico, separando em duplas mesmo.
Isso não atrapalha em nada no uso, pelo contrário, ajuda a dar uma pegada melhor na hora dos jogos, deixando o telefone mais ergonômico. Mas eu confesso que sinto falta de uma ousadia por parte da empresa, em mudar essas bordas e se aproximar das concorrentes.
Como a tela é AMOLED, não existe a possibilidade de vazamento de luz, então já elimina o problema que a marca teve com modelos IPS LCD.
Outra melhoria, comparado ao A71 é a taxa de quadros, que passou de 60 para 120 Hertz, dando mais fluidez para a navegação, mas com o mesmo nível de brilho.
Apesar de eu reclamar das bordas, eu não posso fazer o mesmo com o painel, pois a qualidade dele está muito próxima dos seus concorrentes. A definição é boa e é suficiente para usar na rua sob luz forte, por exemplo.
Desempenho
Falando agora de processamento, por algum motivo a Motorola manteve o SoC do Moto G71 nele e aumentou a RAM, ficando em 6 GB. O armazenamento é de 128 GB e conta com bandeja híbrida para possibilitar a expansão do armazenamento.
Como temos o Snapdragon 695 aqui, o smartphone também conta com conexão 5G, o que é bom agora no final de 2022, já que finalmente a nova rede está expandindo sua cobertura pelo país. Talvez, esse seja o momento de começar apostar nesse tipo de produto.
Além disso, o smartphone também se posiciona acima dos irmãos Moto G32 e G52, entregando uma performance melhor e com mais potência para executar tarefas mais pesadas, além de jogos.
Em nenhum momento que eu fiquei com o Moto G82, eu senti algum tipo de engasgo ou travamento. Seja no multitarefas, jogando ou usando as redes sociais. Nada conseguiu travar esse cara!
Agora, vale lembrar que nenhum jogo foi capaz de rodar acima dos 60 Hertz, assim como nenhum deu conta de rodar com gráficos acima do médio.
O SoC é bom, mas ainda está abaixo de concorrentes, como Galaxy M23, Galaxy A53 e A33, mas fica no mesmo patamar do Redmi Note 11 Pro 5G.
Coincidentemente, o Smartphone da Motorola está custando o mesmo que a versão importada do Note 11 Pro 5G, mas fica acima dos modelos da Samsung.
Bateria
Sobre bateria, acho que as coisas são mais empolgantes que no quesito processamento. Tanto para jogos como para uso do dia a dia, o telefone foi econômico. Genshin Impact e gravação de vídeo consumiram a mesma quantidade no mesmo período de uma hora, cada. 15% é uma boa marca e mostra que o telefone tem um bom controle da energia.
YouTube e navegação em redes sociais e Chrome também fizeram o mesmo consumo de 6% por hora, o que me deixou um pouco intrigado com esse número. Geralmente, o YouTube fica acima, mas eu fico feliz com o resultado. Quanto menos gastar, mais tempo ficamos longe da tomada.
E, por falar em tomada, o carregador de 33 W consegue carregar os 5.000 mAh em apenas uma hora e oito minutos, igual no G52!
Ou seja, além de poder jogar bastante, ainda vai ter um telefone com uma carga completa em uma hora. E, caso você não seja gamer mobile, o telefone pode ficar até dois dias sem precisar ir para a tomada.
Eu não cravo nos dois dias, pois com o chip de operadora, seu telefone vai ficar procurando rede, tem o uso de acessórios Bluetooth e isso também interfere no consumo da bateria. Mas dá para cravar que esse carinha tem um bom controle da sua energia.
Câmeras
Agora, um ponto sempre polêmico são as câmeras, não é mesmo? Com um sensor de 50 MP na lente principal, o Moto G82 faz fotos muito boas em condição ideal, com ambiente bem iluminado ou ensolarado. Já no ambiente interno, para um smartphone de 1800 reais, eu acho que a Motorola poderia dar uma otimizada nesse processamento.
Como a empresa se inspira no sistema operacional do Google Pixel, ela poderia se inspirar também no software de câmera, para conseguir brigar contra suas concorrentes.
As fotos feitas num dia claro ficaram com a cor bem realista, sem muito contraste ou HDR artificiais. Já dentro do estúdio, mesmo com as luzes ligadas, ele mostrou um tipo de processamento um pouco mais agressivo, o que eu esperava somente para iluminação mediana.
Já a lente ultrawide, com 8 MP, está bem parecida com os outros intermediários da marca. Por esse ser o modelo mais parrudo, acredito que daria sim, para a Motorola ter se empenhado mais e feito um trabalho melhor.
O contraste das fotos de ângulo aberto está bem forte, deixando as fotos ainda mais escuras, forçando uma nitidez que deixa a captura bastante artificial.
O mesmo aconteceu com a macro de 2 MP. Eu tentei fazer algumas fotos no jardim do condomínio, mas só uma ficou boa, pois tinha luz direta no ambiente. Dentro do estúdio já dá para notar bastante os ruídos.
E, como sempre, a selfie é uma questão bem delicada, já que fica bonita na tela do celular e ruim no computador. Isso porquê ela tem 4 MP no modo Quad-Pixel, sendo um sensor com resolução total de 16 MP.
Por unir 4 pixels em um, a foto tende a ter mais detalhes e cores melhoradas, porém eu achei que o resultado no modo retrato com a frontal se saiu melhor que no modo normal.
Conclusão
O resumo é que, sendo um telefone grande, com bom acabamento e tela OLED, esse carinha chama bastante atenção. Se você sempre usou Motorola, ou está vindo de um celular antigo, nem vai notar essa questão das bordas mais espessas. Eu noto porque estou testando um celular diferente todos os dias.
De toda forma, a qualidade do smartphone é boa e seu desempenho também está dentro do esperado para a categoria. Porém, por 1800 reais, a Motorola vai ter que se esforçar um pouco mais para conseguir roubar uma fatia dos seus concorrentes.
O Moto G52, que eu comparei bastante com o G82, está por 1300 reais, 500 a menos! Ou seja, daria para a empresa cortar pelo menos 250 reais do preço do seu intermediário sem canibalizar o intermediário de entrada.
Agora, se você está querendo um celular para fotografia, o ideal mesmo é ir direto para o Galaxy A53. Ele tem um conjunto muito bom de câmeras, com um pós processamento bem mais ajustado do que no celular da Motorola.
O Redmi também tem boas câmeras traseiras, mas eu não gosto muito da selfie que ele faz, se equiparando bastante ao G82.
Oswalney costa galvao diz
Samsung não é melhor. Eu não volto mais para a Samsung! Comprei um aparelho lançamento a um tempo e após 2 meses, soltaram “atualizações”. Simplesmente a câmera ficou inviável. Soltaram outras para melhorar os erros mas não voltou a ser o que era na loja oficial da marca quando foi apresentado a mim. Além disso ele tinha funções as quais foram motivo da compra como por exemplo a foto com som. Reclamei junto a marca e a resposta foi que essa função e outras teriam sido retiradas e somente os top de linha poderiam continuar com a função. Então não me engano mais com o que os aparelhos Samsung tem, pois em pouco tempo será subtraído numa de suas inúmeras atualizações forçadas.
Maria Batista de Sousa diz
Como fui enganada há alguns anos, na compra de um Notebook da Samsung, com promessa/enganação, de ser a ÚNICA a ter e prestar “assistência” técnica, no meu estado/cidade; pelo qual, fiquei no prejuízo, e perdendo totalmente o dito. Confesso, que foi minha primeira e ÚLTIMA vez, que adquiri produtos da marca. E, os smartphones, por ter fama e histórico de travamentos, aquecimento, e até explosão. Samsung? nunca e jamais!
Ricardo augusto diz
👍✌👌👊
Fabiano Jusk Da Silva diz
Eu me apaixonei por moto g 82 em nome de Jesus vou comprar um
WALTER ANDRADE CARNEIRO diz
Tive vários SAMSUNGs até hoje; mas o meu primeiro foi um MOTOROLA, depois NOKIA. SAMgSUNGa? Ufa! nunca mais. O atual J7Pro de metal, 6 anos de uso, agora só liga quando quer. Sofro na hora de digitar um texto. Chega de sofrer. Vou tentar esse 82 de plástico da MOTOROLA mesmo. Fui!
Nanda Santos diz
Sem dúvidas essa linha do Moto G é ótima, não deixa a desejar em questão de camera, desempenho em jogos e são custo benefício!
Julio diz
Tá gostando?