Essa é a airfryer Electrolux EAF10, uma das primeiras fritadeiras sem óleo lançadas pela marca. Ela tem um design elegante, boa potência e um barulhinho a mais! Mas será que, com tantas marcas e modelos disponíveis, ela tem algo que se destaque? Foram alguns dias fazendo o enorme esforço em comer refeições preparadas com essa airfryer para chegar em um veredito.
AirFryer Electrolux Efficient EAF10
- Capacidade: 3,2 L
- Potência: 1400 W
- Consumo real: 1,4 KW/h
- Profundidade com o pegador: 34 cm
- Altura: 33 cm
A primeira coisa que me chamou a atenção quando eu abri o manual de instruções que vem com a fritadeira é que ele serve para dois modelos, e eu me perguntei quais seriam as diferenças entre eles. Mas a coisa é mais simples do que eu imaginava. O lineup da Electrolux tem a EAF10, que é essa preta que a gente testou, a EAF11, que é igual a nossa só que na cor branca, e a EAF20, que tem painel digital.
Construção e design
Explicação feita, eu preciso falar da construção e de uma percepção geral da marca. A Electrolux é conhecida pela boa qualidade e elegância dos seus eletrodomésticos, e por aqui não é diferente, ou quase. A EAF10 é toda feita nesse plástico chamado polipropileno com acabamento black piano, mas eu preciso te alertar sobre uma coisa depois de algum tempo usando essas fritadeiras. Esse material aqui, especialmente no preto, é um ímã para riscos.
Sério, é só passar um pano qualquer, uma esponja ou qualquer outra coisa menos cuidadosa que ela vai riscar. E conforme o sol ou qualquer luz bate nela, os riscos vão ficar ainda mais aparentes. Por isso, todo o cuidado do mundo ao manter ela limpa. Se isso for um problema pra você, procure a EAF11, porque no branco essa impressão fica bem mais suave.
A única coisa que não está nessa cor black piano são os botões de tempo e temperatura, que tem um aspecto mais metalizado, com ranhuras que deveriam ajudar a dar uma pegada melhor na hora de ajustar esse itens, mas eu achei eles lisos demais. O da Philips Walita, que são de plástico, conseguem passar a firmeza necessária de um jeito melhor. Mas o que eu mais estranhei mesmo foi um botão no topo, que parece meio deslocado no design, mas passa.
Ainda no topo, tem os já famosos presets de preparo, com algumas receitas bem tradicionais e seu tempo e temperatura, e dois LEDs indicadores que mostram que a fritadeira está ligada e aquecendo. A Electrolux optou por um branco frio nessa luz, mas ela é bem fraquinha e você precisa olhar bem para perceber que está tudo funcionando.
O cesto dela é fácil de destacar e tem até um tamanho razoável em relação ao coletor, o que não me agrada é o tipo furadinho com revestimento em teflon. Eu prefiro os cestos de metal trançado, que ajudam o calor a circular mais, o que impacta positivamente no tempo de preparo.
Ela tem um botão protegido por um plástico para desencaixar o cesto e o coletor, e eu gosto aqui de não ver nenhum desenho nele, que acaba mais atrapalhando a manutenção.
Continuando na parte interna, a resistência fica exposta, o que é um mau sinal, já que é fácil que preparos mais gordurosos sujem essa parte sensível e bem difícil de limpar.
Ela pode ser encontrada em 127 ou 220 V. Nas medidas, 33 cm de altura, 34 cm de profundidade, já contando a alça, e 29 cm de largura, tudo isso para uma capacidade de 3,2 L e 1400 W de potência. Ela consome ainda 1,4 kw/h. O cabo de energia mede 1,05 m e tem tomada de 20 A, mas apesar de ter um acessório plástico na traseira, o cabo não entra na Airfryer, e você vai precisar dar seu jeito pra enrolar depois do uso.
Utilização e preparo de alimentos
O primeiro ponto que eu notei foi o barulho que ela faz, um pouco acima de outras que já passaram pela bancada, mas o mais diferente que eu notei foi no momento que termina o preparo, um barulho estranho, de desaceleração do motor. O palpite é que parece que alguma parte está mal encaixada e a ventoinha faz esse barulho estranho.
Eu até procurei ver outras análises dela pra saber se é uma característica, mas o mais provável é que seja um problema da minha unidade. Por sorte, ele não atrapalhou os testes, exceto mesmo pelo barulho.
Aliás, falando em testes, eu senti também que, exceto pelo pão de queijo, os preparos nela demoraram um pouco mais. As batatas noissetes da Swift, que são aquelas redondinhas com uma crostinha fininha por fora, precisaram de dois minutos além do que a embalagem pedia, e a rústica, depois de 15 minutos de preparo, ainda parecia crua por fora, e o ideal foram 3 minutos a mais.
Com essa pulga atrás da orelha eu tentei uma receita de uma carne que eu adoro, e que de forma alguma pode ficar mal passada. Essa receita fica muito gostosa e o preparo é muito mais rápido que fazer no forno. Estou falando do filé mignon suíno, que inclusive é uma carne barata de comprar.
O filé mignon suíno não é tão conhecido como o lombo ou a costela, mas eu te garanto que é tão gostoso quanto e mais suculento. E você vai precisar de poucos temperos pra isso. O primeiro passo é comprar a peça, e vale a atenção, porque normalmente cada pacote vem com duas peças, então, se a sua família não for muito grande, dá pra guardar a outra metade na geladeira e trabalhar com uma só.
Eu peguei essa receita lá no canal do Mauricio Rodrigues, e eu sugiro que se você curte airfryer dê uma passada lá porque tem muita coisa interessante. O que eu mais gostei foi da facilidade. Essa carne aqui, além do sal e da pimenta, só precisa de quatro temperos: alho, páprica, alecrim e o suco de um limão. Se você preferir, os temperos frescos ficam sempre mais gostosos, mas os secos também vão muito bem aqui.
Faz uma marinada com esses temperos e deixa pegando no filé mignon suíno por uma hora na geladeira. Cada um tem uma técnica. Eu gosto de usar num recipiente de plástico, misturar tudo, dar uns furinhos com o garfo na carne e deixar apurando o tempero.
Eu pré-aqueci a airfryer por cinco minutos antes de começar o preparo, e a recomendação do Maurício é deixar de 20 a 25 minutos a 200 graus pra que a carne fique com uma parte de fora bem corada, mas macia por dentro.
Só que nos testes eu passei fácil dos 30 minutos, porque ainda dava pra ver partes da carne que precisavam assar, e carne de porco mal passada é até perigoso para a saúde.
Depois de pronto, o ideal é deixar a carne descansando pra preservar a suculência. Todo aquele suco da carne que ajuda a dar o sabor e a maciez dela se perde se você cortar assim que tira da airfryer, então o ideal para carnes assim, e também para as bovinas, é deixar ela descansando por 10 minutos.
E esse tempo é legal pra aproveitar e preparar uma batata rústica, que é o acompanhamento ideal para o filé mignon suíno.
Agora eu vou experimentar aqui e volto lá pro estúdio pra te contar
Conclusão
Aqui ficou nítido que ela é menos potente do que a gente esperava, mesmo tendo uma potência de 1400 W, como a Philips Walita que eu tenho em casa e com uma capacidade de 3,2 L. E isso pesou contra a EAF10 na avaliação, e eu vou te explicar.
Esse modelo faz parte da primeira linha de airfryers da Electrolux, e até então a marca nunca tinha pensado em ter uma fritadeira elétrica. E quando uma marca desse tamanho entra nesse segmento, ela precisa tomar cuidado, porque aqui eu não vi nenhum diferencial dela num mercado tão cheio de concorrentes.
Ela é ok na construção, tem uma potência mais baixa, é um pouco mais barulhenta, mas no final cumpre aquilo que promete, sem comprometer, mas só.
Ela passa dos R$400, e por esse preço tem muitos modelos que dá para recomendar. Foram quase 10 dias com ela e eu não consegui achar um diferencial nela pra te contar aqui.
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