A caixa de som inteligente da Amazon está na sua quarta geração e é a porta de entrada para quem quer começar a deixar a casa mais inteligente. Mas não é só isso, porque ainda serve também para ouvir podcast, notícias, e até fazer compras por ela. Será que vale a pena investir numa caixinha inteligente da Alexa? Esse review vai te ajudar a decidir.
Qualidade de som e construção
Na sua quarta geração, a Amazon resolveu mudar o design das suas caixas inteligentes, transformando elas em um objeto totalmente esférico, em vez de um disco flat, onde a alteração mais significante foi a mudança do áudio multidirecional para aquele que se projeta à sua frente.
Em qualidade, você não sente nenhuma grande diferença, mas agora tem que se preocupar melhor com o posicionamento dele, para que o som possa reverberar bem por todo o ambiente.
Além disso, ele ainda tem uma cobertura quase toda de tecido, e seus botões mantém a mesma disposição, porém ficam sobressalentes na parte de cima dessa esfera, o que ainda garante fácil acesso e eu até achei bonito.
O seu conector de energia proprietário e a entrada de fones de ouvido estão presentes na parte de trás da Echo Dot, o que te ajuda na hora de posicioná-la de forma correta. Outra mudança que dá uma cara mais elegante ao novo Echo Dot é o posicionamento dos LEDs na sua base, dando um toque mais futurístico que o antigo anel luminoso no topo do disco.
Em azul, ele indica que está te ouvindo, assim como antes, só que o mais legal é que o ponto mais claro fica na sua direção. Caso você desligue o microfone, o anel ascende na cor vermelha, e, como esperado, ele não responderá a nenhum comando seu – ficando a seu cargo acreditar que ele parou mesmo de te escutar.
Além de acesso duvidoso a sua privacidade, outra coisa que não mudou na nova geração foi a presença de um modelo com o relógio. É super bonito, mas quase duplica o preço do dispositivo, o que eu acho bastante estranho e difícil de justificar. Ainda assim, pode ser interessante para quem, como eu, gosta de ter um relógio sempre a vista.
Usabilidade
Partindo para a configuração, ela é super simples de ser feita. Tudo acontece no aplicativo da Amazon Alexa, que você baixa no seu smartphone. São varias funções legais, mas em menor quantidade que no modelo maior, que está mais completo atualmente.
Ainda assim, o principal está aqui, como a conexão com a sua Fire TV Stick, que pode até usar o Echo Dot como um mini home theater, e melhorar um pouco a qualidade de áudio da sua TV. Eu achei ela bem bacana, mas talvez, um tanto limitada por conta do seu tamanho. Funciona bem, mas seria melhor no Amazon Echo ou no Echo Studio, que possuem maior potência.
E depois desse primeiro passo, você já pode começar a conversar com ela, que funciona de forma perfeita, pelo menos metade das vezes. Quase sempre, a gente aqui no estúdio usa o Echo Dot para pedir músicas ou fazer perguntas aleatória e é mais ou menos a mesma proporção de acertos e erros.
O ruim aqui é que você tem que pensar na linha de comando correta para ela saber o que você está pedindo, como abrir um vídeo no YouTube, uma série na Netflix e assim vai. Se você der um comando errado ou der uma pausa no meio da frase, já é um motivo para que ela não compreenda ou “não tenha certeza sobre algo”, palavras dela inclusive.
Só que além de ficar pedindo coisas como “Alexa, modo adolescentes”, “toque a música tal”, “que horas são?”, sua experiência com o Echo Dots vai ser mais completa, quando você interligá-la com os aparelhos inteligentes da sua casa.
Casa inteligente
A única exigência é que eles possuam suporte a Alexa, e isso inclui, desde o seu ar condicionado da LG, até cafeteiras, lâmpadas, tomadas e fechaduras. O escopo da funcionalidade de cada uma varia um pouco, mas, no geral, é só dar o comando que ela logo responde e entrega o resultado.
O problema é o investimento que toda essa automatização pode custar para você, mesmo considerando só os produtos mais baratos, além da paciência de sentar e arrumar todas as luzes da sua casa e tudo mais. O segredo é começar pequeno, só com seu quarto ou seu escritório, e a medida que você vai pegando o jeito e tomando gosto para coisa, vai expandindo para o resto da sua casa.
Mas já aviso que podem ter pedras nesse caminho, principalmente com produtos de segunda mão. Eu tentei conectar uma tomada inteligente da Positivo – que tem o suporte a Alexa e tudo mais – e ela simplesmente não conseguiu se conectar a um outro aplicativo, o Positivo Casa Inteligente.
O fato é que tem aí uma ponte enorme, entre a tomada e o Echo Dots, que quando não tiver super bem alinhado, deixa todo o processo de automatização bem mais difícil do que precisa.
Posso dizer que foi um processo frustrante, e pode ter sido só azar do produto estar com defeito, só que o pior é que uma simples atualização em qualquer um dos aplicativos ou dispositivos, já pode causar esse problema, mesmo que antes, tudo estivesse funcionando direito.
São pequenos problemas que impedem que os assistentes virtuais avancem mais no mercado, mas ainda assim, o Echo Dots costuma funcionar e eu gosto bastante dele. Talvez quando for preciso menos passos, e tivermos menos barreiras entre o que se quer automatizar e o assistente virtual – principalmente na questão financeira -, isso facilite a adesão desses aparelhos.
Conclusão
Por enquanto, aqui no Brasil, o Echo Dots, assim como outros dispositivos parecidos, são tecnologias com bastante potencial, mas que ainda estão dando os primeiros passos.
Você vai passar mais tempo pedindo música e fazendo brincadeiras com os amigos, do que realmente controlando a cafeteira e recebendo seu café no sofá, mas pelo menos, com o Dots, você pode participar dessa nova onda com um preço mais camarada.
Aliás, no dia que escrevi esse review, o Echo Dots sem o relógio estava custando 330 reais, que é o preço mais normal, só que a Amazon tem feito várias promoções para as suas linhas, e teve época de promoção que o valor caiu para 249, então, dá para economizar bem, se você esperar a próxima época de descontos.
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