Mesmo depois da Apple anunciar o iPad de 8ª geração, um aparelho exatamente igual ao seu modelo anterior, mas com um processador melhor, trago pra vocês o review do iPad 7ª geração. Como ele ainda está presente em abundância aqui no mercado brasileiro e com um preço mais realista, vai permitir que eu explique tanto se essa versão ou se a oitava geração são opções interessantes pra você.
Ao separar o seu sistema operacional do iOS, o iPadOS passou a ter uma cara mais de computador, com funcionalidades para produtividade que eu já explico mais pra frente e que ficam de fora do celular. Por isso mesmo ele passou a ser uma opção legal para quem quer estudar ou até mesmo trabalhar nele.
Não é só uma tela grandona, dá pra fazer bastante coisa com ele. E por isso mesmo a Apple não se sente inclinada a fazer uma troca enorme de design. Ela não precisa convencer no hardware, porque quem salva é o software.
Construção e design
Com o iPad 7 em mãos, a grande diferença que você percebe é o fato de que o tamanho aumentou, de 9,7 passamos direto para 10,2 polegadas, um valor que pode até passar um pouco desapercebido, mas que ajuda na multitarefa.
Uma das prováveis motivações para que a Apple fizesse essa mudança, está relacionada com a presença do smart connector, que são conectores laterais que permitem que você utilize o Smart Keyboard, que é basicamente uma capa teclado.
Como sempre, a capa teclado é quase uma facada de tão cara, mas também como sempre, entrega uma experiência legal. Primeiro que no exato momento em que ela encosta no conector, passa a funcionar. Depois, todas as teclas estão perfeitamente configuradas, coisa que nem sempre ocorreu com teclados de terceiros.
O iPad fica extremamente compacto dessa forma, de um modo que nem mesmo aqueles ultrabooks de 12 polegadas e com 800 gramas de peso conseguiram chegar. É caro, mas pelo menos você vai gostar.
Outra opção, principalmente se você está tentando substituir o seu notebook com o iPad sem gastar tanto, é pegar um teclado externo padrão com tecnologia Bluetooth ou uma capa teclado, geralmente da Logitech. Isso é legal porque desde o iOS 13, todos os iPads que tem acesso à essa atualização também são capazes de utilizar mouse, então realmente fica parecendo um notebook compacto.
Tela e desempenho
Em alguns pontos ele consegue ser até melhor que um notebook de mesma faixa de preço. A tela, é justamente um deles. Temos de subir muito de preço para conseguir um LCD com esse nível de acurácia de cores e principalmente com esse nível de brilho, que nem mesmo os MacBooks entregam. Isso é importante para que você use o iPad em qualquer lugar.
Depois temos o lance da caneta. Com o iOS 14 você consegue escrever em campos de pesquisa e o iPad já transforma em texto digital, por assim dizer. Então você consegue se manter com a caneta na mão mesmo em momentos que precisaria digitar anteriormente – essa é uma experiência bem diferente de interagir ou trabalhar.
Temos também uma variedade legal de aplicativos que vão bem com o processador dele. Editar vídeos em 4K vai melhor por aqui no Luma Fusion do que em qualquer outro notebook de mesma faixa de preço e o app custa só uma vez de 80 reais.
Desenhar no Pro Create também parece algo bem completo e você não precisa pagar a mesma enorme assinatura de um Photoshop. Outro ponto legal dos iPads é a possibilidade do 4G embutido, e claro, nenhum desses notebooks irá durar de 8 a 10 horas de uso como esse cara aqui. É uma experiência mais portátil e diferente – e esse aqui é o modelo de entrada para esse mundo.
Por outro lado, apesar de o iPad ter um bom número de aplicativos, que substituem muito do que é feito no PC, nem tudo são flores quando comparado com um notebook.
Os 32GB de armazenamento no modelo mais básico continuam os mesmo pelas últimas três gerações – sexta, sétima e oitava. O processador aguenta editar em 4K, só não sobra muito espaço para o vídeo.
Uma solução encontrada foi a porta lightning passar a aceitar pendrives e HDs a partir da sétima geração. Infelizmente, essa não é uma conexão fácil de ser encontrada por aí e você terá de comprar um equipamento específico – seria bem mais fácil com o USB-C.
Outro problema do iPad é justamente esse: ele não vem completo. Você precisa ficar adicionando acessórios, e isso pode te limitar ou sair mais caro. É aí onde os notebooks ganham, com uma transição do portátil para uma área de trabalho bem mais fácil nos modelos convencionais.
Para estudar, fazer um thumbnail, mandar um email de qualquer lugar e assinar uns documentos, eu gosto mais do iPad hoje do que 2 anos atrás, quando peguei o modelo de sexta geração. Mas como disse, os avanços foram em software.
Agora, conseguimos colocar duas telas em paralelo mais uma tela por cima, onde geralmente deixo o spotify aberto. Temos uma barra de aplicativos na parte de baixo pra acesso rápido e o gerenciamento de arquivos está melhor.
O navegador de internet consegue se passar por um modelo de desktop, então eu finalmente tenho acesso às funções do YouTube para fazer upload e gerenciar o canal que antes eu não tinha.
Conclusão
Acabei falando de tudo isso para mostrar do que o iPad 7 é capaz, já que a linha iPad evoluiu como um todo, e o hardware teve diferenças mínimas ano a ano.
Como eu comentei, da sexta pra sétima geração, tivemos um aumento de tela, mais 1GB de RAM, smart connector pra aceitar o teclado e capacidade de ler pendrives e HDs externos.
Da sétima para a oitava geração, apenas o processador mudou e acrescentou 40% de desempenho. Sabendo disso, temos dois saltos que podem interessar pessoas diferentes. Se você não pretende fazer nada muito demandante, a sétima geração vai te fazer economizar. Mas se os dois estiverem na mesma faixa quando você ver esse review, já pode ir com o modelo nov.
Deixe um comentário