Precisamos de um notebook que preste pra editar em 4K. Esse foi o nosso primeiro pensamento – e assim começou a busca por um notebook mais potente. O resultado foi o Dell Gaming 7567 e o porquê dessa escolha eu vou explicar agora.
Componentes de computadores são até que parecidos, então apesar de eu já saber que precisava de mais memória RAM, uma placa dedicada um pouco mais forte e SSD, tudo o que viria de acompanhamento ainda precisava ser escolhido.
Design
O Dell Gaming me chamou atenção não só pelo design um pouco mais discreto que alguns outros modelos, mas pela sua construção emborrachada e que transparece mais resistência.
Sim, a oleosidade dos dedos deixa marcas com facilidade, o que dá um TOC de querer tudo limpo, mas eu realmente gostei do acabamento, que também aparece no interior bastante clean do equipamento.
Esse é um notebook pra trabalho, não precisa parecer “monstrão gamer”. Ele mantém um padrão de mercado com 2,6kg e uma tela de 15,6 polegadas, que ajuda bastante a pelo menos aproveitar o espaço necessário para todos os componentes.
Conectividade, teclado e trackpad
O Dell Gaming 7567 é mais quadradão e apesar de ter bastante conexões, é um pouco mais antigo nesse quesito. Digo isso porque faltam conexões USB-C, mas confesso que ainda não sinto a necessidade.
Na esquerda, temos o espaço para travas, a conexão de energia, um USB 3.0 e uma entrada de cartão microSD que é nossa principal fonte de dados, afinal tudo vem da câmera.
Na direita, temos a entrada para cabo de rede, imprescindível para fazermos as lives do canal, uma saída HDMI, mais duas USB e a conexão para fones de ouvido.
Basicamente, se faltasse a entrada de cartão SD ou de cabo de rede nós teríamos um problema, por isso a ausência do USB-C não é sentida.
Segundo o notebookcheck, infelizmente a velocidade de transferência dessa entrada de cartão SD não é das melhores, com o 7559, modelo anterior entregando até o dobro da velocidade.
As teclas do equipamento respondem bem ao toque e são retroiluminadas, deixando ainda mais aparente o vermelho na qual são desenhadas. Eu realmente gostei do barulho e da separação, o que deixou bem agradável a experiência de digitação por aqui.
O Avell que temos por aqui me deu menos conforto, talvez pelo espaçamento diferente entre as teclas ou por outro motivo, mas eu erro muito mais quando digito nele.
Com relação ao trackpad, eu achei ele um pouco acima da média, mas exatamente o que esperava de um modelo nessa faixa de preço, já com todas as funcionalidades.
Tela
Essa tela não contempla grande espectro de cores, então se você é designer, eu recomendo pegar um monitor separado.
Agora vamos falar um pouco de tela. Os primeiros modelos vinham com um painel TN que era horrível em ângulo de visão. Dessa vez a Dell optou por um IPS que me agradou bastante. Quer dizer, eu ainda prefiro a tela mais reflexiva do Inspirou 7000, mas para jogos esse acabamento fosco faz mais sentido.
O brilho da tela é suficiente pra trabalhar em salas um pouco mais iluminadas, só que não dá para usar em ambientes externos sem se sentir incomodado.
Desempenho
O equipamento que pegamos conta com processador Intel Core i7 7700HQ que é bem mais potente e gastão dos que os conhecidos modelos da linha U que vem em notebooks de produtividade mais baratos.
Conta também com 16GB de RAM divididos em 2 pentes, um SSD m.2 de 128GB e um HD de 1TB. Essa é realmente umas das configurações mais coringas para aqueles que precisam de algum equipamento mais potente.
Mas o que toda essa potência quer dizer na prática? Basicamente, conseguimos um render 3 vezes mais rápido no Dell Gaming 7567 do que em um Dell 7000 com a 940MX, 8GB de RAM e um processador Core i5 de sétima geração, o 7200U, que também tinha SSD.
Queríamos usar basicamente para edição de vídeos, e ele não desapontou. Vídeos 4K rodam liso nos programas, e um render de um vídeo com 9 minutos de duração em 4K levou quase 50 minutos no Dell Gaming. Uma ótima marca para um notebook.
O vídeo que usamos para comparar o Dell Gaming 7567 com o Dell 7000 era mais pesado e demorado na exportação, levando 1h05m no primeiro e 2h54m no segundo.
Isso pode não parecer tanto assim, mas quando falamos de um render mais simples em 720p que costumamos fazer, o tempo pula para seus 10 minutos. Um errinho ou outro no processo criava um ciclo de produção bem mais enrolado.
A GTX 1050ti que equipa esse notebook dá conta tranquilo de basicamente qualquer jogo em 1080P, alguns você conseguirá jogar no ultra mas outros será preciso mexer um pouco nas configurações de vídeo para encontrar o melhor ajuste.
Uma coisa bem importante é que ele fez tudo isso sem esquentar muito. O local o calor ficou mais concentrado foi no seu topo e centro, mas de forma alguma chegou a ser incomodo como o Samsung Odissey que tinha problemas com isso no lado esquerdo do teclado, justamente onde ficam as teclas de movimento nos jogos.
Alguns comentaram também do uso de REVIT ou programas com 3D. Não tivemos a chance de usar com um projeto enorme, mas não deu gargalo nenhum.
Fazer um upgrade nesse equipamento é realmente muito fácil. Temos basicamente um parafuso para acessar toda a base do equipamento. Lá, você consegue adicionar um SSD m.2, se o seu não vier com um. Consegue colocar até 32GB de RAM através de 2 slots, e claro, o HD.
É claro, apesar da ideia não ser usá-lo fora da tomada, esse notebook vem com uma bateria de 74 Wh, um valor bom no papel que na prática entrega no máximo 5 horas de uso normal. Essa é uma média boa se lembrarmos que ele tem uma configuração mais parruda.
Outro ponto em que ele vai melhor do que a média é no som. Ele é todo dividido na frente do aparelho e tem um subwoofer na base, que pode ser visto com a tampa aberta. Além de um pouco mais alto, a definição de graves é boa.
Às vezes, você pode sentir o PC ressoando em uma mesa de madeira por causa desse subwoofer, mas o meu modelo em si não apresentou um problema de ruído relatado por alguns usuários.
A câmera de vídeo segue o padrão que todo mundo já conhece, com apenas 720p de resolução para no máximo fazer uma conferência.
Temos um Wi-Fi com boa recepção, só que com uma velocidade máxima que fica pra trás de outros concorrentes, segundo novamente o time lá do notebookcheck. Eu consegui ter uma recepção boa em vários locais da casa, coisa que modelos com tecnologia mais antiga não conseguiram.
Conclusão
Depois de falar tudo isso fica claro que o Dell Gaming 7567 é sim um aparelho consistente. Bom desempenho sem esquentar e com um acabamento acima da média, além de um preço competitivo para o que oferece.
Como pretendemos ter um equipamento com maior durabilidade, valeu a pena, mas você pode acabar abrindo mão de construção para pegar um Acer VX5, extremamente barato ou até mesmo, se não ligar muito para o aquecimento, o Samsung Odissey.
Vale a pena sim e eu sempre recomendo comprar ou instalar um SSD posteriormente para ter o melhor desempenho possível no seu computador, afinal o gargalo atualmente está no HD.
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