Com o lançamento do Mavic Air, ficou um pouco mais complicado fazer a escolha de um drone portátil. Por isso mesmo, além de ter falado exclusivamente sobre ele, estamos fazendo também um review do Mavic Pro, um drone que sinceramente, ainda vale o investimento. O porquê eu explico agora.
Construção e bateria
O Mavic Pro foi um dos primeiros modelos mais diferentes e portáteis que foram lançados desde a chegada dos drones ao mercado e isso se dá ao fato dele ter os braços retráteis, já que até então, o modelo padrão de drones continha quatro braços fixos, um corpo meio grandalhão e um gimbal exposto.
Por conta dessa nova forma na construção, você consegue levar o drone, baterias adicionais, controle e outros acessórios em uma bolsinha relativamente pequena, já que ele pesa somente 743g. Ele tem uma diagonal de 33,5cm quando está aberto e 19,8cm de comprimento e 8,3cm de altura e largura quando fechado, o que é bem pouco pra um drone mais resistente como esse.
Seu corpo é de plástico rígido, justamente para não ficar tão pesado, mas ainda sim ele é resistente. Esse lance de peso ajuda a diminuir a necessidade de potência. Aliás, aproveitando o tema, deixa eu comentar sobre isso: a bateria, nessa versão que estamos testando, a Platinum, dura em torno de 30 minutos.
Na versão normal do Mavic Pro, a bateria dura uns vinte e sete minutos, porém, nos testes práticos, você vai ter uns vinte ou vinte e cinco minutos, já que você tem que contar o tempo de decolagem e pouso.
A bateria é a mesma entre os dois modelos, o Pro e o Pro Platinum, mas esse modelo que temos aqui tem ainda as hélices com uma aerodinâmica melhorada, e consequentemente ganha em dois pontos: menor consumo de bateria e menos barulho, que faz diferença na hora de decolar e fazer cenas baixas, não nas altas.
Acessórios e controle remoto
Outro ponto que vale comentar, e na verdade indicar, é a compra do combo Fly More com baterias adicionais para você conseguir ter mais tempo de voo e possibilidade de carregar outras baterias enquanto gasta a primeira, já que ela demora uns 45 minutos para ser carregada.
Já a bateria do controle é mais tranquila, porque dura umas três ou quatro horas de funcionamento. Ela é responsável por manter o seu smartphone ou tablet sem descarregar enquanto está conectado a ele via UBS. Inclusive, já no pacote, vem 3 cabinhos, pra ser compatível com qualquer dispositivo, seja Android ou iOS.
Os joysticks do controle são bem sensíveis, o que facilita a operação do drone e conta com botões exclusivos para foto, vídeo, função de pause, que cancela alguma ação automática do drone durante o voo e também dois scrolls, para controle de foco e da rotação do gimbal do drone.
Além disso estão disponíveis alguns botões customizáveis, que podem ser configurados via aplicativo e funcionam como atalhos para as mais variadas funções durante o voo.
O principal diferencial perante os modelos mais baratos é que esse controle conta com frequência de rádio de 2,4GHz e você consegue levar o drone a 7km de distância. Para falar a verdade isso varia muito do local onde você está decolando, já que ele pode sofrer com uma certa interferência eletromagnética, principalmente em grandes centros urbanos.
Nos nossos testes aqui não passamos de dois quilômetros mas isso foi por cagaço nosso, não por falta de sinal do drone, que vai muito melhor do que a conexão que o Mavic Air tem com o seu controle para efeito de comparação. Se você quer ir mais longe e com uma resposta mais rápida, esse é o modelo pra isso.
Funcionalidades
Essa melhor comunicação com o controle é super importante quando você decide usar o modo esporte, que deixa o equipamento atingir velocidades de até 65km/h para fazer cenas com mais ação.
Como ele tem GPS, o detalhe que mais chama atenção é a capacidade do Mavic Pro voltar sozinho para o ponto de partida, ou home point, caso perca o sinal com o controle. É bom você se atentar para onde começou a pilotar e configurar a altura de retorno para não bater em nada.
Esse modelo também trouxe alguns incrementos como o modo de identificação de gestos, ideal para selfies, que funciona sem a necessidade do controle em si, usando somente seu smartphone com o aplicativo.
Esse aplicativo, o DJI Go 4, é bem completo e é através dele que você tem um preview do que a câmera está gravando e seleciona os modos de voo automáticos. Um deles é o modo de follow me, que te segue durante a gravação e funciona muito bem pra te seguir caminhando ou na bike, mesmo em uma velocidade considerável. Ele tem também os quickshots, que produzem um tipo de cena específica. Estão presentes por aqui o Dronie, Rocket, Helix e Circle, incrementados posteriormente com mais duas opções no Mavic Air.
Qualidade de imagem
Através do aplicativo ainda é possível modificar algumas configurações da câmera do gimbal como abertura, ISO e velocidade do obturador. E por falar em câmera, esse modelo aqui conta com um sensor CMOS de 1/2.3″, com 12 megapixels de resolução, que acompanha lentes de 28mm com abertura de f/2.2.
Ela traz faixa de ISO de até 3200 para vídeo e até 1600 para foto, no geral, eu comentei dessas especificações porque ele lida de forma melhor que o Mavic Air no quesito baixa luz.
Apesar de possuírem especificações parecidas em suas câmeras, o Mavic Pro entrega uma imagem ligeiramente mais nítida, muito puxada pelo pós processamento do aparelho do que o Air. O modelo mais recente aliás, puxa a imagem processada para o verde e o Pro para o roxo, com uma captação de luz um pouquinho maior.
Em termos práticos, a câmera consegue captar ótimas cores e uma faixa dinâmica bem interessante, já que ele não é da linha profissional da DJI.
Nós fizemos algumas imagens com ele e o resultado final é bem satisfatório, mesmo pra gente, que não é nada profissional nessa arte.
Mas caso essa seja a finalidade de uso, você tem na mão a opção de usar o perfil de cor próprio da DJI, chamado D-Cinelike, que mantém uma gama de cores e contraste maior e ajuda muito na hora de corrigir isso tudo no seu software de edição favorito.
Com relação aos vídeos, o Mavic Pro Platinum consegue captar em resolução 4K a 30 frames por segundo e 60Mbps de bitrate. Ele tem uma boa estabilização e boa possibilidade de movimentação da câmera, o que ajuda bastante.
Para fazer um slow motion mais pesado, você vai precisar usar o Mavic Air, mas por aqui ainda temos 1080P a 96 frames por segundo.
Conclusão
O Mavic Pro Platinum foi um drone que nos agradou bastante. Apesar de ainda estar faltando o modo de câmera lenta e do Mavic Air ter umas funções a mais, o modelo Pro é bem mais consistente na comunicação e isso ajuda bastante na hora de ir mais longe ou guiá-lo mais rápido por ai. Ou seja, te abre opções, que no nosso caso foram mais válidas que os novos modos do Air ou seu slow motion. Além disso, ter mais bateria faz também diferença.
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