Um dos equipamentos que mais nos ajuda na hora de filmar eventos ou fazer alguma cena externa é o DJI Osmo Mobile. Para mim ele já era perfeito, mas foi quando a DJI lançou o Osmo Mobile 2 com algumas melhorias e suporte para gravação vertical que deixou o modelo anterior defasado.
Esse aparelho, cuja única tarefa é estabilizar vídeos, fez uma grande diferença no nosso fluxo de trabalho e provavelmente no de muita gente, mas sejamos sinceros, o seu preço de 300 dólares na primeira geração, era um belo de um impeditivo.
Com isso, empresas chinesas como a Zhyun começaram a gerar opções mais baratas e com funções um pouco diferentes. O Osmo Mobile 2 parece uma resposta a esses projetos mais em conta, já que chegou ao mercado americano por 130 dólares, uma redução de quase 60%.
Design
O que mais “sofre” por assim dizer é a construção do equipamento. Não é que ela é ruim. O aparelho tem sim um design interessante e bastante ergonômico, que seus colegas chineses tentam replicar.
Outra coisa que faltou é um grip melhor que o Mobile 1 tinha. Apesar disso eu prefiro a queda de preço que o grip anterior por um preço mais alto.
Em todos os outros pontos a segunda versão vai melhor ou igual. Tem só mais um ponto chato. Enquanto no primeiro Osmo Mobile você conseguia alguns tipos de cena virando o equipamento, no segundo você tem de girar manualmente, o que é até melhor em algumas situações onde você quer ter um pouco mais de liberdade.
Aliás, o suporte para o tripé também mudou. Enquanto no primeiro era no meio do corpo, no Osmo Mobile fica em sua base. Ela é larga o suficiente para dar confiança e deixar o bicho em pé sem medo.
Dá para perceber que desta forma o centro de peso do estabilizador fica pior, mas abre bem mais possibilidades, já que para eu conseguir colocar o Osmo Mobile 1 em um tripé, precisava de um adaptador com cabeça móvel. Nesse é só colocar e ligar, usando tanto na posição de retrato quanto paisagem. Basicamente ele ficou mais versátil na hora que não está na sua mão.
Até agora, um Zhyun Smooth Q entrega basicamente o que o Osmo Mobile 2 entrega, e o diferencial começou a aparecer pra mim no momento em que instalei o aplicativo da DJI.
Aplicativo e estabilidade
O reconhecimento de rostos é bem melhor e mais rápido, além de claro, ele ser capaz de realizar esse tracking tanto no horizontal quanto na vertical. Com isso, se tornou possível fazermos os vídeos lá pro IGTV onde o Osmo Mobile 2 vai seguindo meu rosto mesmo quando eu sento, me mexo ou mostro um celular pra tela. Realmente, tornou o processo bem fácil.
Devo dizer que no começo passei um pouco de raiva porque era necessário parear com o celular, regular todos os “braços” dele para o mínimo na hora de usar na vertical isso, mas depois melhora.
Talvez por ter mais recursos quando ele surta, ele realmente surta. Diferente do anterior que era mais contido. Ele me pareceu também um pouco mais suscetível ao peso do celular. Modelos com mais de 200 gramas ficaram um pouco mais bambos. Depois que você começa a usar o resultado é basicamente o mesmo.
Funções e bateria
O que eu senti falta mesmo foi do gatilho traseiro que se transformou em um botão frontal que dificulta um pouco o uso da funcionalidade, que serve pra fazer algumas cenas um pouco mais complexas.
O Osmo Mobile de primeira geração é mais focado no usuário que procura possibilidades no modo paisagem, enquanto que a segunda geração é mais versátil, em detrimento de funções específicas.
Ele também consegue mais rotação que o anterior, mas não tanto quanto o Smooth Q que faz 360º.
Isso pode ser percebido também na bateria, que teve um belo incremento de 5 para 15 horas, mas que agora é fixa, sem possibilidade da troca essencial para filmmakers que não podem “parar” a gravação.
Eu sinceramente acho que o incremento resolve o problema, já que dificilmente você vai passar mais de 15 horas direto gravando, e pelo preço, vale mais comprar mais um DJI Osmo Mobile 2 pra reposição.
Um lado muito, mas muito bom mesmo, é que a conexão não é mais proprietário, e sim micro USB. Eu já esqueci o cabo do modelo anterior em casa e me ferrei. Com esse daqui, eu certamente teria outro cabinho para carregá-lo.
Além disso, ele tem uma saída USB para você conseguir carregar seu celular em quanto usa. A bateria não é muito grande para esse tipo de finalidade, com 2.600mAh, então é só para casos extremos.
Conclusão
O Osmo Mobile 2 é bom pra caramba, principalmente agora que está mais barato. Por ser barato sua construção está um pouco mais simples e eu senti falta do gatilho.
Se eu não tivesse começado a fazer vídeos na vertical com mais frequência, o primeiro Osmo Mobile ainda seria meu principal estabilizador, mas parece que as coisas vão mudar por aqui e vamos para o Osmo Mobile 2.
Se você quer melhorar suas imagens eu realmente recomendo esse modelo aqui. Para gastar menos pode até ir com o Smooth Q, mas o DJI tem um tracking facial e aplicativo ótimos.
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