Com hardware do ano passado, nome do ano passado e características de intermediário de um ano passado, o Samsung Galaxy A5 2017, foi um grande sucesso, mas será que ainda vale a pena?
Design e conectividade
Logo que eu abri a caixa eu já gostei bastante do aparelho. Ele não só tem uma cara de S7 como trouxe um acabamento de primeira para os intermediários sem parecer muito espalhafatoso na rua, é tipo bonito mas não chamativo, contido.
Com bordas de metal e acabamento arredondado com vidro na parte traseira, ele pode ser um pouco escorregadio e se você for estabanado, vale muito a pena comprar uma capinha pra evitar problemas.
Vale só comentar que ele não tem carregamento sem fio, apesar de ser possível.
A parte legal é que por ter certificação IP68, cair na piscina com ele não vai ser um problema tão grande assim. Mas fique atento, não é totalmente à prova d’agua, ele é resistente a água por 1,5m de profundidade por até 30 minutos.
Um ponto de discórdia é a saída de som, posicionada no lado direito do aparelho. Eu acho que é bem tipo de uso mesmo. Observe como você segura o celular para não correr o risco de se incomodar com isso.
Nada de novo nos botões e conexões. Botão de bloqueio na esquerda, volume na direita, p2 na base e USB Tipo-C.
Os sensor de digitais ainda é na frente já que não tinha chegado essa história de tela 18:9 nos modelos de 2017 e tenho um ponto aqui: ele funciona de forma inconsistente. Principalmente na primeira vez que você toca no sensor após ligar a tela, então ponto negativo nesse quesito.
Por outro lado, eu sempre ressalto as bandejas de chip que ficam no topo e na lateral esquerda. Uma delas é para inserir um cartão de memória para expandir os 32GB presentes no modelo e a outra é para os chips nano SIM.
Tela
No mais, o A5 tem boas medidas para um equipamento com tela de 5,2″, proporcionando uma pegada bem confortável. Aliás, acho esse tamanho muito melhor melhor do que 5,5″ – mas o usuário gostam, então quem sou eu pra falar.
Ainda na tela, temos um painel super amoled com resolução Full HD que, por ter uma boa taxa de brilho funciona até com incidência de luz. Porém, se você vem de aparelhos que contam com painel LCD, pode estranhar a saturação característica dessa tela que deixa as cores vívidas demais na minha opinião.
O bom é que até o balanço de branco você consegue modificar, então, com um tempinho de ajustes, você chega em uma boa tonalidade sem estranhar muito.
Com a utilização do amoled nesse modelo de 2017, passa a estar presente o always-on-display, recurso que mostra notificações, relógio e nível de bateria sem ter que ligar a tela. Apesar de ser bem legalzinho, temos de lembrar que ele gasta um pouco de bateria.
Software e desempenho
O aparelho conta com o Android 7 com a Samsung Experience 8.1, que é uma das mais atualizadas atualmente. O legal disso é que ele já trás as últimas funcionalidades do sistema Samsung, que está com um layout bem legal e unificado desde modelos mais baratos da linha J até a linha S.
O ponto chato é que por mais clean que estejam esses novos sistemas operacionais da Samsung, eles ainda tem transições mais pesadas e mais coisa instalada. Então você sente que não é tão fluido como um Android limpo.
Por falar na fluidez, aqui temos um hardware bem legal, principalmente se você não fica abrindo muitos apps ao mesmo tempo e tem um uso mais normal de um smartphone.
O Exynos 7880, que é basicamente um equivalente ao intermediário Snapdragon 625 e 3GB de memória RAM, possibilita rodar jogos um pouco mais elaborados como Breakneck ou Free Fire com gráficos melhores.
A multitarefa tem um certo atraso na transição de aplicativos e poderia ser melhor, mas entendendo essa limitação, é fácil acostumar com esse sistema sem ficar chateado por conta dessa lentidão. Quer dizer, tem gente que nem vai perceber. Ponto no quesito software por estar atualizo e bonito.
Câmera traseira e frontal
Sobre as câmeras, o A5 2017 basicamente não valia a pena na faixa em que foi lançado, perto de R$2.000, e agora com um queda de preço significativa se torna mais atrativo.
Digo isso porque quando comparado com o próprio J7 Pro da Samsung, que está com preço ligeiramente inferior, ele entrega uma melhora não tão grande assim em definição, exposição e cores na câmera traseira de 16 megapixels e abertura f1.9.
Sem o HDR a câmera tem exposição e contraste geralmente alto, me incomodou um pouco. O seu HDR também funciona bem, mas mesmo assim, a câmera faz um processamento bem forte – tal como a maioria dos samsung – que fazem o dia ficar extremamente claro e deixa a foto exagerada.
Em vídeos, a câmera não possui estabilização ótica, mas consegue até que um resultado legal utilizando o software para isso. Não é a mesma coisa, mas já está bom. O que me incomoda mesmo é o fato de que até nos modelos mais novos não existe a opção de gravar em 4K.
A câmera frontal de 16 megapixels é bem legal quando comparada com a dos concorrentes diretos de menor resolução, e provavelmente ficava muito mais a frente no começo de 2017, antes da maioria dos modelos intermediários colocarem maior resolução nela, tal como o Moto X4 e Zenfone Selfie Pro.
O problema novamente é o grande volume de processamento e como em outros modelos o fato de que o mínimo movimento borra um pouco a foto, é preciso ficar bem parado e se esforçar para tirar uma foto boa.
Bateria
Para fechar, vale falarmos sobre a bateria desse aparelho aqui. Com 3000 mAh, o aparelho tem uma duração de bateria acima da média, entregando 17 horas e 14 minutos de reprodução de vídeo contra umas 14 horas do Galaxy S8 ou 12 horas do Moto X4.
O Moto Z2 Play, bastante conhecido por conta da sua bateria tem 25 minutos a menos nesse quesito se comparado com o Galaxy A5.
O que eu quero dizer é que basicamente, eu cheguei no final do dia com uns 35, 40% de bateria, então dá para fazer um dia e meio quem sabe 2 se você usar pouco. Eu acho realmente interessante o fato de estar bem otimizado assim.
Entendendo as limitações desse aparelho em relação ao multitarefa, mas com as atualizações de software fica relativamente fácil de indicar esse modelo pra quem quer ter um aparelho com resistência à água, uma construção bem legal e o mais importante, com um preço bacana.
O aparelho é sim uma opção se comparado ao Moto G5S Plus, mas fica um pouco atrás se você comparar com o Moto Z2 Play em questão de processamento ou câmera ou até mesmo o Galaxy A7, que oferece melhor bateria. De qualquer maneira é um aparelho que vale a pena pelo que oferece.
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