Se você está procurando um celular barato e gosta da Samsung, provavelmente chegou até o Galaxy J2 Pro como opção. Esse é o novo modelo de entrada da empresa, mas apesar de bonitinho, será que ele vale realmente a pena?
O J2 Pro foi o último celular da leva Pro a chegar aqui no Brasil, e sim, apesar dele ser o mais baratinho de todos, ainda mantém algumas características importantes dessa última linha Samsung. A primeira delas é a caixa com os desenhos do artista Loro Verz, que pretendem atingir o público mais jovem e que são diferentes do que é visto lá fora.
Design
Tirando ele da caixa, é possível ver o design minimalista na traseira com bordas chanfradas em um ângulo muito parecido com o da linha S7, que também está presente no Galaxy J5 Pro e Galaxy J7 Pro.
A diferença está no acabamento todo em plástico, que sim, ainda mostra que este é um celular barato. Tem também o fato da tampa ser removível – dando acesso às duas entradas de chip e a opção de uso de cartão micro SD em paralelo. Então dá para ter dois números de celulares e colocar um armazenamento interno extra.
Os botões de volume estão do lado esquerdo, o de liga e desliga na direita e eles pelo menos parecem mais resistentes do que a maioria dos outros modelos de entrada. E temos cores bem bonitas por aqui, preto, rosa e dourado – que é o que temos em mãos e que me remete bastante ao Moto G5S Plus.
Apesar de bem bonitinho, o chato mesmo desse aparelho é o fato de o alto falante estar na parte de trás. Gente, na boa, não faz sentido. Primeiro que o som vai contra o seu sentido, fazendo com que o volume que já não é alto fique ainda mais baixo. Depois, é bem fácil acabar tampando a saída principalmente quando usado na horizontal.
Tela
Um ponto engraçado desse modelo aqui é a sua tela de 5 polegadas. Ela surpreende pelo brilho e por seu contraste e cores, coisa que a tecnologia super amoled traz para essa nova linha Pro. O problema é que a Samsung manteve nesse modelo a resolução de 960x540px. Não influencia tanto no dia a dia, mas estraga o consumo de mídia na minha opinião, já que a resolução máxima passa a ser 480p tanto no YouTube como Netflix.
Se esse for o seu principal uso, vale a pena investir um pouco mais em outro modelo Samsung com resolução melhor, como o próprio J5 Prime ou J5 Pro.
Desempenho
No topo do aparelho veio um adesivo da Qualcomm, então mesmo que a Samsung não informe qual é o modelo exato, dá para chutar através do quadcore de 1,4GHz que temos um Snapdragon 425 por aqui.
Devo dizer que fiquei bastante surpreso com o desempenho dele junto com os 1,5GB de RAM, já que Traffic Rider rodou sem problemas, bem como Angry Birds 2. PUBG mobile é jogável mas tem umas quedas e travamentos quando tem mais gente na tela ou um pouco mais de coisa rolando, que é justamente a hora que você não quer lag.
No dia a dia, todos os aplicativos demoram um pouquinho para abrir e alguns mais pesados como o Facebook podem até dar uma engasgadinha se você descer eles com muita vontade, mas na boa, rola tudo que precisar. Como a memória RAM é o mínimo aceitável atualmente, você vai perceber que é só sair e entrar de novo em um aplicativo mais pesado que ele terá de ser carregado do zero novamente, coisa que faz você sentir o celular um pouco mais lerdo.
Esse modelo aqui consegue fazer atividades em paralelo já que traz a Samsung Experience 8.5 com base no Android 7.1.1 como seu sistema operacional. Isso quer dizer que além de ter um layout muito parecido com todos os modelos mais recentes da marca, até mesmo o Galaxy S8 e Note 8, o J2 Pro tem funções extremamente úteis como o dual messenger, que permite duplicar aplicativos de comunicação e um gerenciador de bateria bem legal, com diversas opções de ajustes e configurações.
Vale comentar que apesar de possuir entrada para cartão micro SD esse modelo aqui não permite instalação de aplicativos no cartão, tornando os 10GB livres – dos 16 que temos nesse modelo – extremamente importantes. Quer dizer, esses 10GB precisam ser bem gerenciados, então nada de lotar de coisa do zap zap.
O botão de home não possui sensor de digitais como em modelos um pouco mais caros. É um corte de custo que eu acho bem justo, mas que já dificulta meu dia a dia, que o Wi-Fi também não é dos mais atualizados e que não pega rede 4G.
Pelo menos, o GPS até que funciona bem se o aplicativo não demandar demais do processador e o alto falante frontal para ligações e o microfone também não decepcionam.
Câmera e bateria
Em questão de câmeras, não dá para esperar muito de um celular de entrada, mas eu gostei da câmera traseira de 8 megapixels desse modelo aqui. Você consegue ter um resultado até que legal em boa luz e claro, fotos bem granuladas em baixa luz.
A frontal de 5 megapixels conta com uma qualidade mais fraquinha mesmo, mas a presença de um flash e uso da tela branca para dar ainda mais uma iluminada é uma boa. Ah, o flash está presente na traseira também. O celular grava em 1080P nas duas câmeras e falta bastante estabilização, bem como um foco mais rápido.
Com relação à bateria, temos um conjunto de tela super amoled de baixa resolução com um processador também bem econômico e 2600mAh. Com isso, você chega no final do dia fácil com mais de 20, 25% da bateria sobrando. Ou seja, dá para usar com mais afinco durante o dia.
O chato é que o carregador é lerdo e o aparelho não aceita carregamento rápido nem que você tenha o carregador, então ele demora quase 3 horas para carregar completamente. A dica é carregar de noite mesmo.
Conclusão
Para concluir, o J2 Pro foi lançado por R$749, preço que não vale nem aqui nem na China, já que temos modelos que vão melhor em todos esses quesitos e adicionam funções por esse preço.
Você já encontra ele a vista no varejo por uns 600 reais, mas se daqui uns meses encontrarmos o J2 Pro perto do preço do J2 Prime, que tá saindo logo abaixo dos 500 reais, aí sim teremos um aparelho competitivo.
Nessa faixa ele entrega uma tela mais bonita e câmeras ligeiramente melhores que os concorrentes, além de uma construção que agrada e a segurança de um Samsung. No que pode perder é sensor de digitais e falta de armazenamento interno.
Deixe um comentário