JBL Boombox 3 Wi-Fi: o que era bom ficou ainda mais prático

A JBL Boombox 3 Wi-Fi é a uma das caixas mais amadas do Brasil. Ela é um sonho pra muita gente, principalmente quem gosta de dar uma festa com música forte, muita batida e graves envolventes. Recentemente a JBL fez uma atualização desse modelo para a versão Wi-Fi. Nesse review eu quero entender duas coisas: o que mudou e por que todo mundo compra essa caixa aqui.

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Construção

O design da Boombox 3 Wi-Fi é muito semelhante aos demais produtos da empresa. O sucesso desse modelo grande também influenciou um pouco nos equipamentos adjacentes pra ficar um pouco mais parecida com ela, nas caixas concorrentes.

O formato de pílula permeia várias linhas de produtos da JBL e as pessoas nem precisam ver o nome estampado na frente para saber que se trata da marca.

No entanto, para não haver dúvidas, na frente está bem grande o nome da empresa, enquanto o nome do modelo fica na alça, necessária para carregar os quase 7 kg de alto falantes.

Claro, também temos bateria, mas a maior parte desse peso não tem a ver com o componente de energia, acredite.

Na frente, além do nome gigante, temos os botões de controle de volume, energia, Bluetooth e um coração – é o favoritos – que eu explico mais para frente.

Na parte debaixo, ainda na frente, temos uma linha de LED, que vai diminuindo, indicando a porcentagem da bateria. Porém, eu não achei ela muito útil, porque eu posso ver essa informação no aplicativo e ele me notifica quando a Boombox está num nível crítico de energia.

Na parte de trás, nós temos uma tampa que revela a entrada de energia e uma porta USB-A, para saída de força. Então, se a caixa estiver carregada, mas o celular de quem está comandando a festa começar a arrear, dá para recarregar o smartphone direto na Boombox 3 Wi-Fi.

Apesar de eu saber que você está curioso para saber a razão desse nome, deixa eu falar um pouco do que está por trás da malha de nylon.

São cinco saídas de áudio, sendo uma de 80 W RMS de subwoofer, duas de 40 W médios e dois tweeters de 20 W RMS cada. Na bateria eles caem um pouco de potência, ficando em 60, 30 e 10 W RMS, na mesma ordem, o que ainda é tão forte quanto.

Ainda temos a fonte, embutida no aparelho, facilitando a nossa vida, porque isso nos livra de carregadores proprietários, ou carregadores lentos. Só precisa lembrar que com a portinha aberta, a proteção IP67 não vai funcionar, beleza?

E, já que eu toquei nesse assunto, também não recomendo manter ela muito tempo em ambientes com muita poeira, terra, ou mergulhar ela na piscina.

Essas proteções são mais para quando acontece algum acidente, como uma chuva inesperada, ou alguém derruba o pote de farofa em cima da caixa.

Ainda precisamos falar de uma especificação que a JBL não divulga muito, além de falar sobre o tempo, que é a bateria.

A empresa promete 4 horas de carregamento bivolt e 24 horas de reprodução, mas é claro que não estamos falando do volume máximo. Mas, nos meus dias de uso, foram dois dias para drenar a bateria toda e pouco mais de cinco horas para recarregar a Boombox 3 Wi-Fi, o que eu achei bom demais.

Também não podemos passar para a próxima parte do review sem destacar quais são as principais diferenças entre o modelo Wi-Fi e o Bluetooth, que não é muita coisa, já adianto.

Além da alça com detalhes laranjas, o modelo anterior também tem dois tweeters de 10 W, que são menos potentes, sem contar que a recarga da bateria declarada pela JBL é mais demorada, demorando 6 horas e 30 minutos, contra 4 horas da Boombox 3 Wi-Fi.

São poucas as diferenças no hardware, mas eu ainda preciso te contar o motivo de eu achar a versão atualizada bem melhor!

Conectividade

Depois de falar bastante sobre o que a JBL Boombox 3 Wi-Fi traz no hardware, precisamos conversar sobre a nossa experiência com o áudio dela, e eu posso adiantar que é uma das melhores possíveis.

Tanto na conexão por Bluetooth 5.3 como pelo Wi-Fi, que pode ser tanto 2,4 GHz como de 5,0 GHz, e isso me deixou bem empolgado. A maioria das pessoas usa roteadores das empresas que fornecem a internet.

Esses aparelhos permitem a configuração de uma rede no formato AC, mas a maioria mescla as duas redes, e os smartphones hoje sempre priorizam essa última, principalmente com o Wi-Fi 6E.

Então você pode se perguntar, para que eu vou querer uma caixa de som conectada no Wi-Fi, se ela não é inteligente, com Alexa, Google Assistente ou alguma outra proprietária?

Bom, a maior vantagem é ter seu telefone livre para ouvir e mandar seus áudios no WhatsApp ou fugir um pouco da muvuca da festa, e não ficar picotando o som porque o Bluetooth está perdendo a conexão.

E, se você configurar para ela não parar quando você estiver fora do alcance, a música vai continuar aleatoriamente e ninguém vai perceber que você deu uma fugida.

Além de tudo isso, se seus amigos quiserem enviar uma playlist para a Boombox 3 Wi-Fi, não vai ter aquele papo chato de “desconecta o seu celular”, ou então “deixa eu conectar meu celular um pouco aí”. É só tocar no ícone de AirPlay ou Chromecast e começar a enviar as músicas para a ela.

Como ela tem conexão via AirPlay, Alexa Multi-Room Music, Chromecast built-in e Spotify Connect, o smartphone só precisa iniciar uma playlist, e o resto é entre a Boombox e a internet.

Mas, é claro, também dá para usar o bom e velho Bluetooth, caso algum amigo ou convidado não esteja conectado na sua rede Wi-Fi ou não consiga compartilhar as músicas via rede sem fio.

No entanto, eu achei um pouco complicado fazer toda essa primeira configuração, porque no aplicativo não tem um tutorial direcionando a forma de fazer essa conexão com o roteador.

Para facilitar, vou indicar a você o caminho que eu fiz para adicionar a minha caixa de som na rede de casa. No aplicativo JBL One, você entra na engrenagem e vai em “adicionar novo produto”. Depois, é só procurar pela sua caixa de som e seguir os passos.

Como a JBL é uma marca pertencente a Harman, que por sua vez é subsidiária da Samsung, eu esperava um pop-up eliminando todo esse processo. Quem sabe, na Boombox 4 Wi-Fi.

Qualidade de som

Agora, quando o assunto é qualidade sonora, eu gostei muito da Boombox 3 Wi-Fi, não só por causa dos graves fortes, mas também porque dá para perceber todas as nuances em uma música, desde o mais agudo, passando pelos médios e com muita clareza nas vozes.

Também gostei que ela deu conta de um ambiente com mais de dez pessoas, em um espaço bem aberto, coisa que é difícil para alguns modelos de caixas de som.

Se eu fosse compará-la com modelos que eu testei recentemente, dá para dizer que ela supera a LG XG9 e a Samsung Sound Tower, que nós usamos há um tempo aqui no canal.

Porém, o que a JBL não conseguiu superar ainda foram os preços desses dois modelos que eu citei.

Começando pela mais barata, a Sound Tower está R$ 899 no varejo on-line, enquanto a LG XG9 sai por R$ 1.899. Quando falamos do preço da JBL Boombox 3 Wi-Fi, o mais barato que eu achei foi R$ 2.745.

Se você quiser economizar um pouco, pode abrir mão da conexão Wi-Fi e comprar a versão que vem só com Bluetooth. Para diferenciar uma da outra, na borracha da alça os detalhes são em laranja, enquanto a Boombox 3 Wi-Fi é preta.

Conclusão

Eu sei que a caixa está bastante cara, mas se ela cair um pouco de preço nos próximos meses e ficar mais perto dos concorrentes, a caixa da JBL vai ser a melhor opção. Por enquanto, se o foco for som bom pelo menor preço, a recomendação é a Sound Tower, entretanto, ela é menos portátil.

Para continuar com uma pegada mais próxima da Boombox, a LG XG9 é a melhor escolha no momento, mas vale ressaltar que ambas são mais fracas do que a JBL, tanto o modelo Bluetooth, como o Wi-Fi.

Com isso, eu posso concluir dizendo que ter a facilidade de usar uma caixa de som com AirPlay, Chromecast e mais alguns outros protocolos que facilitam a conexão foi muito bom, porque isso deixa o celular livre para eu conseguir ouvir um áudio no WhatsApp e ver um vídeo curto nas redes sociais.

É bem chato quando estamos ouvindo uma música ou um podcast e o celular começa a tocar e receber notificações, atrapalhando esses momentos.

Porém, ainda não considero uma função tão importante assim, ao ponto de pagar mil reais a mais que no modelo Bluetooth ou na vendida pela concorrente.