A JBL Flip 5 é a mais nova atualização dessa caixa de som bluetooth que marcou muito o mercado de áudio aqui no Brasil, afinal, muita gente já teve tanto o modelo original como o falso. Duvido que algum de vocês nunca tenha ido a um churrasco com uma dessa. A minha ideia hoje é explicar um pouco mais sobre os benefícios, diferenciais e problemas da Flip 5 e mostrar se realmente vale a pena.
O começo das caixinhas de som bluetooth foi claramente dominado pela JBL aqui no Brasil, não necessariamente por ser a melhor, mas por ser confiável. Há alguns anos, qualquer caixinha barata ou até intermediária parecia meio fraca e lembrava aqueles rádios à pilha.
Foi apenas nos últimos 4 anos que nós começamos a ver empresas brasileiras trazendo white labels de respeito e outras empresas como a Logitech, LG e Sony passaram a produzir equipamentos realmente legais. Mas elas chegaram um pouco atrasadas, na minha opinião.
Sabendo disso, a JBL Flip pegou um segmento de intermediários e sempre teve como foco entregar um som legal com bastante bateria, para durar a festa toda. Aliás, essa é uma caixinha que pode não parecer, mas foca nesses ambientes.
Quando comparada com a Flip 4, a Flip 5 retirou alguns detalhes para conseguir focar no que realmente importa. Primeiro que a entrada P2, que servia para plugar algum outro tipo de equipamento foi embora, tornando a única opção de conexão o bluetooth.
Com a maioria dos smartphones intermediário até as linhas premium retirando essa conexão, está cada vez mais difícil eu sair de casa com um cabo p2, então achei até que justo. Isso reduz a usabilidade como uma caixa de apoio para o meu computador, mas ele também já tem bluetooth, e assim a tecnologia evolui.
Outro ponto que ficou de fora foi o microfone embutido que servia para controle de voz e ligações. Você só passa a encontrar isso no modelo Link 10 ou Link 20, que tem como foco ser uma caixa com assistente, compatível com Alexa quanto a Assistente do Google.
O que a Flip ganhou foi uma bateria maior com carregamento mais rápido. A caixinha passou de 3000mAh para 4800mAh e com o USB-C, que também já é uma tecnologia mais atual, o carregamento ocorre em 2 horas e meia, um pouco mais rápido a versão anterior. O louco, é que apesar de ter mais bateria, o tempo de uso dela continua perto das 12 horas, que é basicamente uma baita de uma rave.
A empresa tenta então explicar um pouco disso com drivers ligeiramente maiores, de 44 milímetros e uma amplificação de 20W contra 16W da anterior. Eu tenho de ser bem sincero e dizer que eu não lembro do som da Flip 4 quando comparado com essa. Mas eu tenho como explicar o que achei dela.
Para mim, a JBL sempre se saiu bem em ser a caixinha de som do churrasco, e eles sabem bem que é pra isso. A proteção contra agua IPX7 serve para poder cair na piscina, tanto sem querer quanto por querer. Só lembrando que o sinal bluetooth não passa pela água, então nada de funcionar embaixo da água, mas dá para fazer uma guerrinha de água com ela por perto sem se preocupar.
O que me impressiona na verdade é a forma como o som se dissipa em várias direções, e optar por frequências com cortes nos graves ajuda nisso, nós já vimos uma situação muito similar na Wonderboom da Ultimate Ears.
Aliás, a Wonderboom tinha um som ainda mais magro e que a deixava pra trás dentro de casa, mas que era bem mais 360º. A Flip 5 parece ficar um pouco mais no meio do caminho, perdendo um pouco de som na sua traseira ou quando colocada em pé, uma posição em que as bordas não retas permitem que o grave vase um pouco.
Eu acho que apesar das pequenas mudanças dependendo do lado essa é uma caixa basicamente 360º. E essa decisão das bordas onduladas refletem bem como eles querem que você a use de qualquer maneira possível.
Como eu disse, eu gosto dela ir bem para espaços abertos, mas sou muito mais fã de caixas um pouco mais graves como a LG PK5 ou mesmo a Blitzwolf WA2, que trouxeram um som mais encorpado, mas que acaba até embolando um pouquinho mais se não tomar cuidado. Essas duas que comentei, vão melhor dentro de casa, mas perdem para JBL em lugares abertos.
Aliás, a Flip 5 não tem opção de equalização dentro do aplicativo da JBL. É nesse aplicativo onde rola também o modo de PartyBoost para dar efeito estéreo com 2 caixas, mas temos de atentar para o fato de que a conexão só funciona com equipamentos mais novos. Precisa ser uma Flip 5 ou uma Pulse 4, então sem retrocompatibilidade.
Outro ponto um pouco estranho é justante a presença do Bluetooth 4.2, onde já dava para esse equipamento vir com a versão 5.0, já que com a nova tecnologia tem muito mais capacidade de dispersão. Mesmo assim, eu não tive problemas de perda de conexão ou soluços com esse equipamento, não só na minha casa como em espaços abertos.
Com tudo isso em mente, a primeira impressão que eu tenho é que a concorrência chegou para a JBL e já conseguimos encontrar caixas com mais funções e com tipos de som diferente no mercado, mas fico feliz que a Flip 5 ainda atenda muito bem o que se propõe – uma caixa com bom volume e que funciona muito bem em espaços abertos.
Ela faz isso por mais de 10 horas ou com um carregamento rápido. Se você precisa de alguma função específica ou mais graves pode acabar querendo pegar algum outro modelo que citamos aqui no review.
Ze diz
Nao comprem nao tem alta voz é uma merda
Sintia diz
Só se for a sua do camelô…pq a minha é top e tem o som absurdo de alto. 890 reais bem pagos!