A LG por mais que não esteja indo bem nos aparelho mais caros, sempre faz sucesso aqui no Brasil com suas linhas mais baratas. O LG K11 Plus, depois de 6 bons meses de seu lançamento ainda aparece na lista dos mais vendidos. Com um preço quase 50% menor que no ano passado, será que ele ainda vale a pena? É o que vamos analisar no review de hoje.
Design
À primeira vista, o K11 Plus parece estar atrasado nas últimas tendências dos smartphones. As bordas são enormes, a tela é pequena e o corpo é mal aproveitado. Só que na faixa de preço que ele se encontra atualmente, abaixo do R$700,00, esse não é um ponto que chega a me incomodar.
Sua traseira de metal escovado que ficou bem bonita, mas risca fácil com o tempo. Nela, está o leitor de digitais que também serve como botão de liga e desliga, um diferencial da LG, por assim dizer. Em cima está presente o nosso querido P2 e embaixo o antiquado Micro USB – só daqui umas 2 gerações a LG deve atualizar a sua linha base para o USB Tipo C, já que o LG K12 também vem com essa conexão. Pelo menos você não precisa trocar seus cabos antigos.
O que tem no K12, mas não tem aqui é um fone de ouvido na caixa. A qualidade de áudio é sempre um forte da LG, até nesses modelos mais baratos, mas esse acessório, essencial para aproveitar o principal diferencial da marca, ficou de fora. Já o alto falante externo mono deixa a desejar, mas não é nada diferente do que você costuma encontrar em aparelhos que concorrem diretamente com ele.
Ainda no tema “antiquado”, a LG não adaptou nenhum tipo de notch para a linha K, o que é bom para quem não gosta do entalhe, mas que o faz parecer bem mais antigo do que realmente é. Mantém a tela na proporção de 16:9 com resolução apenas HD e com um brilho que sinceramente fica na média ou abaixo, e não ajuda na hora de você sair na rua. Um Moto G6 Play pode se sair melhor nesse quesito. O tamanho de 5,3 polegadas é bom, e fica bem na mão.
Desempenho
Por outro lado, 32GB de armazenamento são bons valores nesse novo posicionamento dele e os 3 GB de RAM não atrapalham nada, já que o gargalo fica no processador MediaTek MT6750. Em benchmarks ele se posiciona minimamente acima do Snapdragon 425, mas com especificações que, no papel, são melhores.
Provavelmente vai ser o suficiente para jogar os mais populares e mais básicos da Play Store. Para coisas mais pesadas como um Free Fire da vida, você já começará a sentir engasgos.
A interface no entanto roda bem, então se você não quer jogar nada ele atende bem. Só que tem um problema: diferente de uma Motorola da vida ou Samsung, o software utilizado por aqui está super atrasado, usando apenas a versão 7 do Android, sendo que já temos o 9.0 disponível no mercado. Para tentar compensar, a LG utiliza uma customização mais pesada, o que tem gente que pode gostar.
No quesito sensores, ele tem quase todos, mas falta o giroscópio, que ajuda na precisão dos aplicativos que dependem do GPS, e limita o Pokémon Go para interessados.
Agora, tenho que ser honesto e dizer que esperava bem menos da bateria. A carga total é de 3000 miliampere-hora e gastou, em média, 11% por hora no youtube e 20% jogando Free Fire, esquentando quase nada. O carregador de apenas 6 W precisa de quase 2 horas e 40 minutos para uma carga completa, então, já sabem, melhor deixar a noite na tomada para você acordar com bateria cheia.
No geral eu acho que ele até que vai bem, mas quando olhamos para algumas alternativas, como o Moto G6 Play, que tem bem mais carga e carrega mais rápido, o K11 Plus fica numa posição mediana.
Câmera
Fechando o assunto com as câmeras, o K11 Plus é bem o que você espera de um celular barato, nada a mais, nada a menos. A câmera de selfie de 5 megapixels sofre bastante em média luz, apresentando bastante chiado, o que também impossibilita o modo retrato, que é foto feito por software e com resultados bem mais ou menos.
A gravação é feita em resolução 1080p, mas sem nenhum tipo de estabilização. De novo, nada fora do esperado para um aparelho de entrada.
A câmera principal possui 13 megapixels de resolução e vai um pouco melhor, mas sofre não só em ambientes com menos luz, mas também quando a cena necessita de um HDR mais bem definido.
Por possuir apenas uma lente, não temos nenhum tipo de desfoque na câmera traseira. A traseira também grava em 1080p, mas com um pouco mais de definição. Já a tremedeira é praticamente a mesma coisa.
Conclusão
O resumo é que o K11 Plus não traz nada que o destaque. É um aparelho extremamente desatualizado, com bateria, performance e câmeras bem dentro do esperado. Apesar disso o preço é bem atrativo, principalmente para quem não precisa de muito e quer gastar pouco num celular.
Algumas alternativas são o Moto G6 play ou Galaxy J4 Plus, que transitam na mesma faixa e que podem estar em preços semelhantes, maiores ou menores dependendo de quando você ler esse review.
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