A LG UM7300 é a TV 4K de entrada da empresa para 2019, que vem para brigar de frente com um modelo que nós já avaliamos por aqui, a Samsung RU7100. Como esses são os dois modelos mais consistentes em termos de tecnologia e funcionalidades, vamos para o review dessa LG para você saber se essa pode ser a sua primeira TV 4K.
Design
A LG UM7300 tem aquele design básico, que você encontra em quase todas as TV. Seu corpo é todo de plástico, as bordas são finas e a base são dois pés em paralelo, próximos dos cantos da tela, que me dão um pouco mais de segurança quando comparado com a base central. É bem complicado chegar perto ou passar das 50 polegadas sem usar esse tipo de suporte.
Basicamente, a LG não se aventurou em nada muito diferente, mantendo o básico para esse produto que já é tão manjado e que vem caindo de preço ano a ano.
O design é clean, a TV é legal, mas não temos aqui nada que te ajude a arrumar ou esconder aquele monte de cabo que fica pendurado da TV, principalmente se você tem um home theater, um console e um decodificador para deixar instalado na sua sala. Pode parecer pouco, mas a Samsung traz isso no seu modelo. Vocês vão ver que é basicamente um “toma lá dá cá”.
Depois de usar tal gerenciamento de cabos eu passei a me importar mais com isso. Não chega a ser um ponto divisor de águas, mas espero que a LG implemente algo parecido nas próximas gerações.
Para fechar esse overview de todo o corpo, estão distribuídos, pela traseira, duas entradas HDMI e uma porta USB apontando para a lateral e mais uma de cada apontando para trás, junto da componente, AV, cabo ethernet e saída ótica de áudio.
Em quantidade, esse é o padrão para a categoria, mas ter as entradas laterais ajuda bastante na hora de conectar qualquer dispositivo novo, tanto com a TV presa na parede ou mesmo apoiada em um rack perto da parede.
Tela
Só que o mais importante, quando o assunto é TV, é a qualidade da imagem. Essa é uma característica meio estagnada nas TVs 4K mais baratas, evoluindo pouco ano a ano. Por aqui, a UM7300 traz basicamente a mesma qualidade de imagem que a UK6570 lançada no final do ano passado, só que com a constante redução de preço, está cada vez mais viável ter uma smart TV 4K que é realmente smart e realmente 4K.
Então sim, aqui a resolução é de verdade, sem pixels branco, num painel IPS que traz bons ângulos de visão, brilho superior ao modelo anterior, cores bem marcantes e pretos até que ok para uma tela que não é OLED.
O único problema, do meu ponto de vista é que eu achei que ela vem um pouco “mal calibrada”. A uniformidade dos pretos é ruim, então ao optar por um IPS você basicamente troca melhores ângulos de visão por um preto um pouco pior.
Além disso, as TVs de hoje em dia estão dependendo cada vez mais de um hardware robusto, uma consequência das tecnologias cada vez mais pesadas que elas carregam e que aumentam a qualidade em diversos tipos de mídia. Dentre elas, temos duas que eu acho que merecem mais a nossa atenção, o HDR e o Upscaling.
O primeiro, a princípio, funciona de maneira análoga à tecnologia de mesmo nome para fotografia. Ele aumenta a faixa dinâmica da imagem deixando a imagem com mais contraste e com cores mais verdadeiras.
Esse tipo de sinal HDR pode ser enviado através de alguns padrões específicos que a TV precisa interpretar. Temos diversos formatos diferentes, que seguem a mesma ideia, e que diferenciam em alguns pontos mais técnicos, que eu não quero abordar tanto.
Por aqui, o suporte é apenas ao HDR10, que é também o formato mais difundido, presentes em serviços como Netflix e Amazon Prime, e até em Blu-ray. Um formato que está crescendo e que não está presente aqui é o HDR10+, o problema não é a curto prazo, mas dependendo de como crescer a adoção desse formato, a falta de suporte nessa TV da LG pode fazer falta no futuro.
A segunda tecnologia mais exigente é o upscaling. Para quem não lembra ou não conhece, ela adapta e amplia a resolução de mídias HD ou Full HD para o 4K, algo importantíssimo, já que essa resolução mais alta ainda não está presente em tantos lugares.
Quem assiste TV pelos “meios normais” poderia ser ainda mais afetado, já que o sinal de TV ainda é apenas HD. Felizmente, aqui o upscaling é muito bom, quase a par da nossa Nanocell, quase três vezes mais cara que a UM7300. Qualquer jogo em Full HD no PS4 ou até no nosso PC mais barato, fica bem bonito.
A UM7300 também inclui um modo gaming, que diminui o tempo de resposta de quase 120 milisegundos, que é o normal das TVs, para 11 milisegundos, bem mais próximos de um monitor próprio para computador.
Usabilidade
Pensando em conectividade, a UM7300 se conecta pela internet pelo cabo ethernet, localizado na traseira, ou pelo Wi-Fi, com suporte as bandas de 2,4Ghz e 5Ghz. A transferência de dados foi boa, conseguindo fazer streaming em 4K sem qualquer problema.
Só que você provavelmente vai preferir usá-la pelo Wi-Fi, ao invés vez do cabo, e não só porque é muito provável que o roteador não esteja perto da TV, mas também porque pela rede sem fio, a TV consegue ser controlada pelo seu smartphone através do aplicativo da LG, desde que conectado na mesma rede. Por ele você consegue controlar tudo e ainda ganha um trackpad para quase dispensar a necessidade do controle Smart Magic.
Falando nele, está aí outro ponto que a LG poderia melhorar, o seu controle. Como eu já comentei, a empresa vende avulso o controle Magic Control, que é mais prático que usar o smartphone, mas também mais caro. Acho difícil convencer alguém a comprar um controle especial, que já podia vir numa versão simplificada, em vez dá inclusão do controle tradicional, cheio de botões e com uma cara pouco moderna.
A TV inclui também Bluetooth na versão 5.0, que pode ser utilizado para conectar dispositivos de som ou até mesmo ligá-la pelo smartphone, quando os dois não estão conectados pelo Wi-Fi.
Só que tudo isso seria bem chato caso se o sistema fosse ruim. O que certamente não é o caso. O WebOS está atualizado para sua versão 4.0 e traz uma interface bem limpa e fácil de navegar. Só poderia ser um pouco mais rápido na hora de mudar alguma configuração, mas talvez isso seja mais culpa do controle do que propriamente do sistema.
Áudio
Com relação ao áudio, apesar da UM7300 trazer apenas dois falantes de 20 watts de potência, no total, o volume e a qualidade do som são até que satisfatórias. O volume máximo não é tão alto quanto algumas TVs mais caras, porém para uma sala pequena ou média, assistindo um filme ou show, dificilmente você vai precisar passar do 50.
O volume já fica ótimo por aí. A definição também é mais limitada, mas deu para sentir as batidas das músicas. Ainda seria melhor você comprar uma soundbar ou home theater, caso você queira um som bom de verdade, mas para a faixa de preço, esse é um dos meus favoritos, com software que faz diferença e um som competente.
Conclusão
A UM7300 entrega bem tudo que ela se propõe a entregar, ou seja, ela tem boa imagem, bom som e boa conectividade, quando comparamos com as outras TVs de entrada 4K. Só faltaram alguns detalhes menores, como Apple TV, um sistema um pouco mais fluido e o visual sem cabos, que deixa sua sala bem mais bonita.
O painel IPS melhora os ângulos de visão, mas até por conta do seu preço, o brilho ainda é baixo para locais muito iluminados e os pretos poderiam ser melhores. Pelo preço que ela se encontra, um pouco abaixo até da Samsung, ela tem pontos melhores e piores, e sinceramente, não tem como errar se você quer fazer um upgrade da sua TV antiga Full HD, e encontrar a UM7300 em boa promoção.
Higor diz
Hoje, 16/01/2020, estive em uma loja para comparar as imagens da RU7100 e UM7300.
Achei a Samsung muito clara, esbranquiçada. Já a LG está mais realista, mais equilibrada, algo totalmente diferente da minha última LG UH6100.
Infelizmente, não tinha como testar o áudio das TVs, mas acredito que a LG manteve o bom grave do modelo UH6100 (bom para uma sala pequena, como a minha).
Este artigo foi muito importante, complementou a experiência que tive na loja.
CARLOS PERILO LARANJEIRA PAES BARRETO diz
Onde vc pegou a informação que essa tv tem 11 MS?