O Samsung Odyssey G7 é um monitor gamer curvo completo de 27 polegadas e que tem tudo aquilo para quem gosta de jogar: tempo de resposta rápido, alta taxa de atualização, design futurista e suporta Nvidia G-Sync e AMD FreeSync. Apesar de existir o G9 acima dele e muito mais caro, esse modelo está longe de ser barato e é por isso que precisamos entender tudo o que ele é capaz, seus diferenciais e claro, te ajudar a descobrir se ele serve pra você nesse review.
Samsung Odyssey G7
- Tela curva 1000R de 27 polegadas
- Resolução QHD (2560 x 1440px)
- Frequência de 240 Hz e tempo de resposta de 1ms
- Profundidade de cor 10-bit e HDR 600
- AMD Freesync e NVIDIA G-Sync
Construção e design
Eu lembro de ter falado no ano passado que o Odyssey G9 era tão grande que funcionava como se fossem dois monitores acoplados sem uma faixa preta no meio. O G7 é como se fosse um corte exatamente no meio, quase como um Odyssey G4,5.
Mas a Samsung não quis seguir a minha dica e o posicionou de forma diferente. Esse G7 pode estar relacionado com o seu design de 27 polegadas na proporção 16:9 – uma configuração bem padrão.
Ele não é extravagante igual a versão maior, e até por isso pode ser mais chamativo para todo tipo de gamer, que pode usar esse cara aqui como uma tela principal e depois adicionar de forma mais barata uma segunda tela mais simples pra acompanhar sua stream.
E quando eu falo que ele é menos extravagante, calma, porque ele não perde o que é mais importante para os gamers: LEDs RGB! São duas saídas na parte inferior e outra na traseira do monitor capazes de iluminar o setup e dar aquele clima para a jogatina.
Mas não é só no LED que ele ficou mais contido, já que o design da traseira é mais sóbrio também. Primeiro, podemos comentar sobre o acabamento preto e fosco, que apesar de bem bonito, não tem aquele branco futurista do G9. Eu acho esse um baita de um monitor bonito e com uma textura legal, mesmo que o logo da linha Odyssey descentralizado não agregue tanto assim.
Acho bem interessante também a caixa de LED enorme no centro que dá uma cara de um núcleo de energia para o monitor, que ajuda a esconder cabos e que ainda pode ser personalizada.
Um ponto de atenção é que o pé é bem grande, e se você não tem uma mesa espaçosa, talvez o melhor caminho seja colocar o G7 na parede – tem um suporte VESA 100 x 100 na caixa – ou com um braço articulado, que a gente geralmente recomenda. É importante pegar um suporte mais resistente porque esse monitor é pesado – por contar uma construção em metal -, chegando a ter 9 kg quando está com a base.
Na parte traseira temos um dos primeiros diferenciais desse cara: todas as saídas ficam na parte traseira inferior e voltadas para baixo, e a parte metálica que sustenta o Odyssey G7 tem um espaço para os fios, e é só passar cada um deles na canaleta que o acabamento em plástico se encaixa e ajuda a deixar o setup mais clean. Para quem precisa de mais espaço para organizar os fios, uma pecinha de plástico ajuda a deixar tudo arrumado, e isso é importante para regular a altura.
Ele ainda guarda um suporte para headset, uma ideia legal, apesar de não muito prática, já que a traseira do monitor normalmente fica em um lugar que não é de tão fácil acesso.
Para aqueles que querem montar um setup gamer e ir alterando ele com o tempo, o Odyssey G7 abre um leque de opções bem legal ao permitir um grande número de opções de regulagem – altura, modo retrato e ângulo.
Conectividade
Para entrar um pouco mais a fundo nas conexões, nós temos uma configuração um pouco diferente. São duas portas DisplayPort 1.4 que estão mais presentes em placas de vídeo e que permitem alcançar a resolução QuadHD em 240 Hz.
Isso já mostra um pouco mais a intenção desse monitor, que conta com apenas uma HDMI 2.0 para console ou algum notebook. Essa conexão HDMI limita em 144 Hz a taxa de atualização com a mesma resolução, algo que um PS5 ou um notebook já vão sofrer pra fazer.
Para fechar, temos uma entrada para fone de ouvido e duas entradas USB, que geralmente utilizamos para ligar mais algum RGB, lâmpada ou até mesmo algum periférico.
Tela curva
O Odyssey G7 traz um display curvo que virou marca registrada da Samsung mesmo em categorias mais básicas como o CF390, e por aqui temos mais um diferencial – o fato da curvatura com 1000 de raio ser muito mais fechada que a maior parte de seus concorrentes, que costumam ficar entre 1500R e 1800R.
A Samsung promete maior conforto visual e uma sensação de imersão ao jogar e também nas tarefas do dia a dia, mas, na prática, não é uma diferença tão significativa. Mas por quê? Porque ele tem tamanho e proporção de tela que não são tão exagerados como acontece no G9. Ter um raio menor em um monitor ultrawide faz muito mais sentido do que por aqui, onde a tela se divide de forma mais homogênea.
O monitor curvo pode ter alguns efeitos no ângulo de visão, já que ele é feito para o uso individual, e se a ideia é que mais pessoas consumam conteúdo nele, pode ser que quem não estiver exatamente na frente do monitor tenha a visão prejudicada, mas não foi algo que notei por aqui enquanto testava, até porque o tamanho do escritório não permite que muita gente fique nele.
Aliás, o fato de não ser um ultrawide tem seus próprios benefícios e malefícios. Para aqueles que dividem o monitor para trabalhar e jogar, a produtividade será um pouco reduzida na minha opinião, já que telas em paralelo possuem menos área útil.
Mesmo assim, a Samsung conta com o aplicativo Easy Setting Box, que permite que você abra até seis programas ao mesmo tempo. É legal? É, mas não funciona em todos os apps. Dá para baixar no site da Samsung, e o passo a passo é bem simples. Ele reconhece o monitor e sugere várias possibilidades de divisão do display, mas no nosso tempo de uso, a mais confortável foi com dois aplicativos ao mesmo tempo dividindo a tela ao meio.
O lado bom é que para jogos você mantém um bom desempenho ao mesmo tempo em que não fica com bordas pretas. Hoje em dia tem muito jogo que já está adaptado para o formato ultrawide, mas sempre vai exigir mais do seu PC ao saltar de um 16:9 para um 21:9.
Qualidade de tela
Com relação ao display em si, não tem como ser muito melhor não. Primeiro que o G7 conta com uma taxa de atualização de 240 Hz, característica que vem sendo cada vez mais usada para jogos competitivos e menos pesados como CS:GO e em alguns momentos até para Fortnite.
Só que o G7 também pega emprestado alguns recursos das TVs caras da Samsung, e tem resolução WQHD de 2560 x 1440 pixels e display QLED, que é a imagem formada por pontos quânticos e que geralmente traz não só cores mais realistas e nítidas, como um contraste melhor. Como não temos OLED ainda em monitores gamers, esse monitor promete ter um dos melhores contrastes do segmento. Some isso ao HDR600 e temos um display bem relevante.
Segundo nossos testes, o G7 conseguiu atingir valores bem próximos dos 600 nits de brilho, colocando-o realmente como uma opção para lugares mais iluminados. Para aqueles que querem usá-lo para trabalho de cor, também é possível, já que segundo nossa análise com o Spyder PRO ele cobriu quase 100% do espectro sRGB, um resultado bem dentro do esperado quando a gente lembra que a Samsung cobra mais de 4 mil reais por ele.
Funcionalidades
Mas de nada ajuda ter um monte de hardware e faltar capacidade de ajuste e de software. Por aqui, o brilho e contraste podem ser ajustados diretamente no monitor, com uma chave que fica posicionada de forma bem discreta na parte inferior dele.
O menu tem um desenho bem futurista e permite fazer todos os ajustes de imagem mais complexos, como regular luz de fundo, acentuar ou suavizar os pretos, usar um dos pressets de imagem já definidos pela Samsung e até usar o modo de conforto para os olhos, que filtra a luz azul.
Mas as regulagens não acabam por aqui. Regulagem de cor e efeito dos LEDs do monitor, assim como todas as funções para jogos, como o FreeSync, a definição do tempo de resposta, o tamanho da tela que será utilizada e a taxa de atualização.
Tem também um modo Picture by Picture destacado, que serve para você ativar uma das funções mais importantes dele – que é usar com duas entradas diferentes, plugando uma entrada HDMI e uma DisplayPort e colocar as duas lado a lado. Quer ligar um note para trabalho e o seu desktop gamer? Na medida do possível dá para usar os dois no G7.
Conclusão
No fim, o Odyssey G7 é um baita monitor, e que até que se posiciona bem no segmento. Ele consegue juntar várias características que os concorrentes ainda não tem, o que facilita a escolha nesse segmento – tanto dele como dos concorrentes.
Por exemplo, o Acer Predator X34 sai por quase o mesmo preço, tem mais tamanho com 34 polegadas em tela curva, mas só 120Hz de frequências e tempo de resposta de 4ms.
O Dell Alienware AW2521HF, tem os 240Hz e 1ms de resposta do modelo da Samsung, mas tem uma tela plana de 25 polegadas que é apenas Full HD, então apesar de mais barato, é menor e com menos resolução. No geral, você tem de ver valor nesse cara para ele fazer sentido pra você, já que o preço não é baixo.
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