O Warrior Kai MN101 é o primeiro monitor gamer que a Multilaser traz para o Brasil, com um design mais simples, menos RGB e maior taxa de atualização. Apesar dele não ser um dos modelos mais baratos do segmento, foi uma das experiências mais legais que tive nos últimos tempos fazendo esse review. Será que vale a pena para você?
Multilaser Warrior MN101
- Tela curva de 23,6 polegadas
- Resolução Full HD (1920 x 1080px)
- Frequência de 144HZ e tempo de resposta de 1ms
- Profundidade de cor 8-bit e brilho de 250 CD/m²
- AMD Freesync
Construção e design
A primeira impressão que se pode ter após tirar o Warrior MN101 da caixa é que ele é leve, muito leve. Tirando o fato de que você pode achar que peso é qualidade, eu acredito que seja algo bom, já que foi muito fácil levá-lo do estúdio pra casa e de casa para o estúdio algumas vezes enquanto produzia esse review.
Sua construção é totalmente em plástico, com detalhes em vermelho e perceptível esforço em reduzir custos, o que não incomoda, já que o desenho geral dele pelo menos é bom.
Esse monitor é compatível com suporte VESA padrão, e apesar do encaixe ficar do lado da mesma conexão do suporte, conseguimos retirar a peça por completo e fazer algumas trocas.
Testamos em um braço articulado que trouxe um pouco mais de movimento para ele, já que por padrão, temos apenas ajustar o ângulo do monitor. Apesar de limitado, essa é uma característica de modelos de mesma faixa de preço e pode ser incrementado posteriormente com um outro tipo de suporte. Ele ainda tem uma peça plástica para organizar os cabos na sua traseira para esconder os cabos.
Quando vi pela primeira vez o Multilase MN101, fiquei preocupado, já que não sou tão fã das tela curvas. Felizmente, tive uma grata surpresa, diferente dos modelos de 27 polegadas onde a curvatura parece maior justamente pelo tamanho da tela.
Quando falamos de uma curvatura de 1800R em 24 polegadas a coisa muda de figura e a tela nem parece ser tão curva. É quase como se quem quer algo curvo tem, mas quem quer flat não se incomodaria muito. Não é que nem aqueles monitores ultrawide de 34 ou 49 polegadas em que você praticamente é engolido pela tela.
A empresa afirma que o uso de tal tecnologia, a tela curva, ajuda a minimizar a fuga de luz das pontas e traz mais imersão, mas esse papo de imersão nada mais é que um bom termo de marketing nesse caso. Sabendo disso, acho que podemos começar a falar da qualidade de imagem, que me agradou bastante.
Qualidade do painel
Segundo nossos testes com o Spyder Pro, o espectro de cores do Warrior MN101 Kai não excede muito a dos modelos concorrentes, englobando perto de 90% do espectro sRGB, mas eu tenho a sensação dele ser melhor do que outros modelos baratos que usei até o momento.
Isso se deve ao fato de outras características irem bem. A tecnologia de painel utilizada por aqui é o VA, que consegue entregar melhores ângulos de visão e principalmente maior contraste que um painel TN.
A taxa de 8-bit por aqui, deixa o resultado bem legal. Nesses pontos, qualquer monitor VA de entrada vai ser superior à um TN. Fica mais fácil escolher assim. Claro que ele tem seus próprios problemas e o input lag geralmente é um pouco maior. Para ser sincero, esse é um detalhe mínimo, que com 144Hz e 1ms eu não notei, mesmo depois de 10 horas de Control.
Outras características também importam, como os ângulos de visão que são bons e permitem que você chame alguém pra dar uma olhada na sua jogatina do seu lado sem que a pessoa tenha de encostar a cabeça em você.
O seu brilho no entanto é apenas mediano, ficando abaixo das 300 candelas por metro quadrado – um número que é a base para qualquer monitor. Geralmente eu tenho de abaixar a cortina que ficam atrás de mim para usar com maior conforto, já que apesar de ter um acabamento fosco que retira um pouco do reflexo, falta um pouco mais de brilho.
Outro ponto que me agradou bastante é que eu não vi nenhum grande problema de imagem.
Conectividade
O “screen tearing” pode ocorrer, mas pode ser resolvido com o FreeSync, que funciona com placas de vídeo da AMD e apenas com o cabo DisplayPort.
Por aqui temos duas entradas HDMI, que funcionam apenas até 120Hz. Para atingir o melhor resultado possível em todas as situações, use o DisplayPort, cabo que já vem presente na caixa e que geralmente você só vai encontrar em desktops. Fique atento se estiver pensando em usar junto de um notebook.
Vale comentar que ele não tem saída de som. Não esperava que ele tivesse um jogo de caixas de qualidade, mas não ter nada é basicamente inconveniente, já que também não existe nenhuma saída de áudio em sua traseira.
Conclusão
Sendo bem sincero, hoje eu vejo que faz muito mais sentido e me dá muito mais prazer poder usar um monitor de 24 polegadas com boa qualidade do que um de 27 com problemas.
Pude confirmar isso no nosso teste com o monitor 4K de 28 polegadas da Samsung que também achei furada por conta do ângulo de visão horrível, falta de uniformidade na tela e cores bastante lavadas. No fim, bem melhor ter algo menor e bom, do que enorme e ruim.
R realmente gostei do Multilase Warrior Kai MN101 como monitor gamer de baixo custo. Ele não é o mais barato na categoria de 144Hz, mas certamente vale a pena pagar o que estão pedindo para ter a qualidade de cores que ele traz.
Para aqueles que querem um layout mais gamer, maior qualidade de tela e um pouco mais de funções, terão que investir mais, mas o MN101 entregou um resultado bem interessante pelo preço.
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