O Moto G24 Power é um intermediário que foca muito em bateria, pra você não ficar na mão em nenhum momento do dia. Eu quero te falar das vantagens e desvantagens dele nesse review. Quer saber quais são?
Motorola Moto G24 Power
- Processador Mediatek Helio G85
- 128GB e 256GB com 4GB de RAM
- Tela: IPS LCD de 6,56″ (720 x 1612px)
- Câmera principal: 50MP (f/1.8) + 2MP (f/2.4)
- Câmera selfie: 8MP (f/2.0)
- Bateria: 6000 mAh
- Android 14
Construção e design
O Moto G24 Power não tem esse nome por ser um celular poderoso em desempenho, mas pela sua bateria enorme que se destaca entre os concorrentes.
Na construção, a Motorola está mantendo uma coerência entre a linha Edge e a G, com um design bem semelhante. Já nos acabamentos, quanto mais barato, mais simples ele vai ser.
A tampa de plástico tem o acabamento diferente, com aspecto perolado, mais fosco e que lembra uma textura, no entanto, isso não se reflete na pegada do telefone, porque você não sente na mão. É bonito de ver e não vai incomodar no toque.
Já no relevo para a câmera, ele sobe numa peça inteira, sem recortes, envolvendo as lentes e o flash. Uma forma mais simples e bonita, sem misturar tantos materiais.
A Motorola foi a primeira do mercado a remover a entrada de 3,5 milímetros para fones de ouvido dos seus smartphones, porém, ela ainda traz a conexão no Moto G24 Power. O que pode ser uma vantagem para muitas pessoas.
Confesso que já estou adaptado a usar fones e microfones sem fio no meu celular, mas o público que procura um smartphone mais básico sempre preza pela praticidade e o fone com fio ainda é bem prático e fácil de usar.
Na lateral direita, você encontrará os botões de volume e energia, além de um discreto e pequeno leitor de digitais. Não esperava ele nessa posição, pelo tamanho do sensor, mas está funcionando bem e é isso que importa.
Nas conexões, tudo que um smartphone de 2024 precisa ter, ele traz. USB-C, Bluetooh 5.0 e Wi-Fi dual band. A Motorola está entendendo que em algumas coisas não vale economizar.
Tela
Já na parte da frente, talvez ela precise colocar em prática esse conceito, porque 720p num painel IPS é doido demais. Dói de verdade, nos olhos. O painel tem 90 Hz, mas o SoC não consegue suportar. Falarei mais sobre isso em breve.
No brilho, os 537 nits não são suficientes para um dia ensolarado, uma vez que os reflexos do sol batel direto no IPS, ultrapassando o vidro e distorcendo as cores. Agora, dentro de casa, ou num estúdio, como é nossa realidade, ele consegue ir melhor.
Portanto, se você usa o celular frequentemente na rua, evite a luz solar direta na tela para manter a visibilidade.
A tela tem 6,56 polegadas e ficou confortável na mão, deixando também um espaço bom para exibir conteúdo. As bordas estão discretas e o furo para a câmera frontal é um pouco grosseiro.
No entanto, preciso reconhecer que é necessário, uma vez que o IPS não é tão fácil de manipular como o OLED. O problema é que as concorrentes estão colocando telas melhores e cobrando o mesmo.
Desempenho
Mas, calma que essa tela tem um benefício para você, acredite. Por ter menos pixels, o celular precisa de menos processamento para exibir as imagens, logo, ele consegue processar com mais facilidade as tarefas.
Não se iluda, eu não estou dizendo que é fluido, mas que ele tem menos processo gráfico, aliviando a pressão no Helio G85, da Mediatek.
As versões disponíveis no Brasil têm 4 GB de RAM e variam entre 128 ou 256 GB de armazenamento. Entretanto, a própria Motorola está divulgando seu telefone como se tivesse o dobro de memória volátil, com o RAM Boost.
Esse que testamos, o Power, está bem lento e engasgado. O que eu acho bem estranho, já que o Moto G04 apresentou um desempenho melhor na interface e também nos jogos.
No Moto G24 Power eu percebi que ele é travado para abrir o teclado, a câmera, fazer fotos e rodar os jogos. No Speedstorm ele engasgou bastante e deixou muito a desejar, assim como no Genshin Impact.
Para quem quer um telefone que faça essas tarefas, mesmo que de forma bem básica, eu ainda recomendo o Moto G04.
Bateria
Entretanto, o foco do Moto G24 Power não é desempenho, ou até mesmo jogos. O destaque desse cara é sua bateria enorme de 6.000 mAh de capacidade, que vai te acompanhar sem dificuldade por dois dias de uso moderado.
Entretanto, ele está gastando bastante com os jogos. No caso, temos as mesmas porcentagens, porém, com mais tanque de energia, ou seja, 20% dessa bateria dá 1.200 mAh, enquanto num tanque de 5.000 mAh, isso representa 1.000 mAh.
Simplificando ainda mais, é pegar o G24 Power e colocar ele para rodar Genshin junto do Redmi Note 13 4G e o smartphone da Motorola descarregar junto ao Redmi, por gastar mais no intervalo de uma hora.
No tempo de carregamento, no entanto, a Motorola foi generosa, colocando 33 W de potência, que já vem na caixa, ao contrário do seu concorrente Galaxy M15, que vem com carregador de 15 W na caixa.
O tempo na tomada ainda é longo, se compararmos com os smartphone da Xiaomi e Realme, que trazem 65, 90 e 120 W, mas uma hora e treze minutos para reabastecer o tanque em um smartphone de menos de R$800 é muito bom para mim.
Nas tarefas do dia a dia, o G24 Power acabou indo um pouco melhor que nos títulos pesados, consumindo 8% de YouTube, 9% de Chrome e 16% em gravação de vídeo.
Para Genshin foram 20%, CoD 14% e Asphalt 9 12%. Como SpeedStorm rodou muito mal no SoC da Mediatek, eu estou acreditando que é mais um problema da desenvolvedora, que não dá o suporte necessário para o chip.
Câmeras
Na parte de fotografia, bom, acho que sabemos que esse não tem sido o foco da Motorola nos últimos anos. Portanto, não vamos ficar pesando nesse quesito.
As fotos não estão boas e o HDR na câmera traseira de 50 MP não está funcionando como eu queria. Ele estourou bastante em alguns momentos, mas depois entendeu o ambiente ensolarado e conseguiu se ajustar.
Não são as melhores fotos e nem as cores mais fiéis que eu já capturei em um telefone de 800 reais, mas estamos caminhando para uma fase nova da dona Motorola, onde ela está evoluindo sua linha aos poucos e melhorando as câmeras.
Tanto que o sensor de 8 MP desse cara está tão bom quanto as fotos com os sensores de 16 MP, dos outros smartphones da marca.
Ele tem um problema com foco e estabilidade algumas vezes, mas quando acerta, compensa o trabalho.
O modo retrato, tanto na frente, como na traseira também está legal, errando só uma vez, no recorte do meu óculos, mas era uma tarefa difícil, então dá para relevar.
Conclusão
O Moto G24 Power é um smartphone com uma construção bonita, uma tela que não é tão legal, mas que foca num uso bem mais básico para o dia a dia, com mensageiros, redes sociais e se você quiser muito, dá para arriscar algumas partidas, bem mal jogadas de títulos pesados. Se o título for mais leve, vai ser mais tranquilo.
Porém, assim como nas fotos, a parte de jogos é mais um quebra galho. Eu recomendo por ser barato, mas ele não está tão otimizado para o tamanho da bateria dele.
O Galaxy M35, que é bem mais potente, está gastando menos energia, mas o preço dessa otimização é de quase 600 reais a mais que o Moto G24 Power.
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