O Blitzwolf VP1 é provavelmente o projetor mais barato que começa a valer a pena comprar. Ele tem várias limitações, mas a pauta de hoje é tentar te responder se dá para pagar pouco num projetor e ainda ter uma boa experiência.
Não faz tanto tempo que a gente falou do Blitzwolf VP2 aqui no canal, que é basicamente a versão melhorada e mais cara desse aqui. Ele era um projetor bem mais parrudo e que mesmo assim era de certa forma limitado.
O preço do VP2 era ainda basicamente o dobro, e com isso, o VP1 acaba sendo ainda mais atrativo para quem quer se aventurar no mundo dos projetores, porém, pagando o mínimo possível.
Tamanho e qualidade
Por volta de R$500, o Blitzwolf VP1 teve então que poupar em praticamente todas as características, mas o tamanho menor pode ser uma vantagem. Ele é só um pouco mais largo que um roteador ou um receptor de TV, e cabe tranquilamente numa mala ou numa mochila normal.
Essa mobilidade pode ser legal para você levá-lo, por exemplo, numa viagem ou na casa do amigo para assistir filme de terror, desde que não tenham tantas pessoas assim nesse evento.
Isso porque, o Blitzwolf não consegue proporcionar uma qualidade legal para uma projeção grande. Sua resolução é apenas 720p, ou seja, HD, e apesar das especificações indicarem que ele pode ficar de 1 a 3 metros da parede, a definição fica bem mais ou menos depois dos 2 metros, o ideal para ter praticamente um monitor.
Essa distância deixa a projeção com umas 50 polegadas, o que realmente não é muito. A TV da sua casa deve chegar perto disso, mas além dela ser mais cara, é bem difícil de transportar ela por aí.
Quer dizer então que é tudo propaganda enganosa? Não, também não é esse o caso. Filmes e partidas de futebol não costumam sofrer tanto se a qualidade da projeção for menor, principalmente em grupo, onde todo mundo deverá prestar menos atenção na quantidade de pixels na tela.
Nessas situações dá para deixar o projetor a mais de 2 metros, chegando numa tela que passa das 90 polegadas com certa facilidade, e dá para perdoar a resolução baixa. Daí para jogar algo, é melhor deixar a tela menor, que ainda vai ser bem maior do que você conseguiria por um monitor ou TV nesse preço.
Estrutura e brilho
Vale comentar ainda que até dá para deixar o VP1 numa mesa de centro, mas é muito provável que você vai precisar de um suporte ou de um tripé para deixá-lo numa altura legal.
O importante é que ele fique completamente paralelo ao chão e de preferência na sua frente, para não precisar de um ajuste muito grande de inclinação. Coisa que apenas modelos mais caros fazem com qualidade.
Vai dar para notar pequenas distorções no canto da tela de qualquer jeito, mas quanto mais próximo ele estiver dessa situação ideal, menor esse problema será.
Você também terá que tomar muito, mas muito cuidado com o brilho, que acaba sendo um dos pontos mais fracos desse produto mais barato. Se a gente lembrar lá do VP2, o seu brilho era de 6500 Lumens, enquanto que o VP1 cai para 2800 Lumens.
Esse é um valor até melhor que alguns produtos dessa faixa de preço, que costumam ser de 1800, mas para conseguir simplesmente enxergá-lo num nível que dê para assistir um filme, todas as luzes precisam estar apagadas e o projetor estar mais dentro de 2 metros da parede. Ele até tem algumas opções para tentar compensar uma luz acesa, mas o tamanho da projeção teria que ser reduzido para alcançar uma qualidade realmente boa.
Vale lembrar que esse número de Lumens anunciado pelo marketing não são iguais aos ANSI lumens que geralmente vemos em aparelhos nacionais. Os 2800 lumens aqui equivalem a algo perto de 200 ANSI LUMENS, um valor que dificilmente se segura com as cortinas abertas.
Falando em opções, a interface do VP1 é mais simples que a do seu irmão mais caro, mas ainda assim ele é bem completo e já vem acompanhado de um controle. Não é nenhum grande diferencial para o segmento, mas ele tem as opções típicas de cor e contraste, com presets, e opções específicas para tentar compensar uma parede colorida. Provavelmente você nem vai mexer em muita coisa, e o melhor ainda são paredes brancas ou cinza, mas pelo menos, nada de importante passa batido.
Som e entradas
Em questão de som, o VP1 traz alto falantes de 4 Watts, que não são tão altos nem muito bons, mesmo considerando que esse é um equipamento voltado para salas menores. Pela saída P2, você pode conectar algum dispositivo externo e compensar essa falha, ou usar um fone de ouvido se você estiver sozinho, mas isso é algo a ser levado em conta, pois pode encarecer o seu setup final.
Além dessa saída de som, na lateral do projetor, o VP1 traz as entradas de imagem HDMI, AV e VGA. Quase tudo igual ao VP2, só que com apenas uma HDMI, em vez de 2. Essa limitação não é um problema pelo mesmo motivo que o som, já que o equipamento não foi feito para salas grandes, então dificilmente você se encontrará numa situação onde duas entradas seriam necessárias.
Existe ainda uma entrada USB, e, por ela, você pode rodar alguns poucos formatos de áudio, vídeo e imagem. A quantidade suportada poderia ser bem maior, principalmente para áudio, mas ele suporta o MP4, que é o formato mais comum para filmes, então, mais uma vez, está bom pelo preço.
Conclusão
Por um pouco mais de 500 reais, não é tão fácil de encontrar algo muito melhor que o Blitzwolf VP1, mas é importante entender em que ambiente ele se dá melhor.
Numa sala de aula? A falta de definição e o áudio ruim vão tornar a experiência não tão legal quanto um equipamento próprio para isso. Pelo mesmo motivo, assistir um jogo de futebol junto de um time de futebol pode não ser o ideal, mas ele é ótimo se você estiver numa sala pequena, com um grupo menor e assistindo um conteúdo que não dependa tanto de uma resolução boa.
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