Qual é o melhor aspirador robô?

O que você precisa levar em conta na hora de comprar um aspirador robô e quais modelos vale a pena apostar? É o que vamos contar nesse guia. Nesses últimos meses a gente testou alguns robôs aspiradores, e cada um com uma característica diferente. Isso nos deu bastante experiência pra entender como eles se comportam e o que levar em conta na hora de comprar o seu.

Esse racional é importante para você não se decepcionar lá na frente – você precisa entender como ele pode te ajudar. A primeira coisa que eu preciso te falar então é que um aspirador-robô, por melhor que seja, não substitui aquela faxina na sua casa… 7

Mas calma, não fecha o vídeo, não! Deixa eu te explicar. Eles aspiram bem a casa e alguns modelos até passam pano, mas não vão entregar a mesma qualidade de limpeza que a gente tem quando faz manualmente, mesmo os mais inteligentes – e olha que dá pra gastar uma grana preta.

Mas na correria do dia a dia não dá pra fazer faxina pesada, então o aspirador robô vira um auxiliar para manter sua casa minimamente limpa de forma mais constante – e você dá aquele tapa final de tempos em tempos.

Melhor ter uma casa 80% limpa todos os dias do que esperar ela chegar naquele nível que não dá mais pra aguentar pra só então limpar. É dessa forma que o robô aspirador ajuda… ele mantém bem, principalmente quando você tem animais.

O segundo ponto é que ele sempre vai precisar da sua ajuda, mas essa dependência vai diminuir quanto mais caro ele for. Você paga mais por conforto geralmente. Um robô mais básico apenas aspira, precisa ser ligado na tomada, e não consegue voltar sozinho pra base, enquanto modelos intermediários ganham ligação com assistente de voz, controle remoto, app e claro, pra modelos mais caros aparecem as funções de mapeamento.

Além disso, a quantidade de modos de limpeza vai aumentando conforme o preço. Quanto menos modos de limpeza e funções, mais ele vai precisar que você o ‘oriente’ na limpeza da casa, fechando cômodos ou criando rotas para que ele seja mais correto, na limpeza, deixando menos cantos faltando.

E por fim, aquela dica que a gente dá em todos os vídeos. Na hora de usar, prepare o ambiente. Tire tapetes menores, passadeiras e qualquer coisa que atrapalhe a passagem do aspirador, e tome cuidado com escadas porque, por mais que todos tenham uma tecnologia que evita quedas, acidentes acontecem.

Com tudo isso em mente, é bom você saber também que os preços variam muito, e a gente vai apresentar modelos que vão do mais básico ao avançado. Se o investimento não for tão grande, tem modelos de até 400 reais, mas se não pesar no bolso, tem robôs que passam dos 5000 reais. Vamos a eles?

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O Multilaser HO041, o popular joaninha, por causa da escolha das cores em vermelho e preto, é bem básico mesmo, e serve como uma porta de entrada para quem quer automatizar a tarefa de aspirar a casa. A gente já falou sobre ele há um tempo nesse vídeo. Ele tem 7,6cm de altura, o que facilita a entrada embaixo de todos os seus móveis, como rack, cama e até um sofá. Ele não tem uma base carregadora, então a fonte alimenta a bateria direto no aparelho.

São três modos de limpeza: automático, espiral e cantos, que o próprio aspirador define quando ativar, mas como é natural em modelos desse preço, ele enfrenta dificuldades em ambientes grandes, e precisa da sua ajuda para conseguir limpar sozinho um cômodo maior, e muito disso é por conta da falta de mapeamento, já que os mais baratos têm apenas sensores para evitar quedas.

Ele passa pano, mas o que eu vou dizer aqui serve para todos os modelos: ele não é o suficiente para o que a gente imagina que é uma limpeza na casa, mas pode ajudar em um cômodo pequeno, talvez.

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Ainda nessa mesma faixa de preço, mas pouca coisa mais caro, está o WAP ROBOT W100. O modelo de entrada da marca tem características muito próximas do seu concorrente da Multilaser, mas aposta num design mais sóbrio, feito apenas na cor preta. São os mesmos 27cm de diâmetro, mas um milímetro a menos de altura, ou seja, 7,5 cm.

Não espere aqui base carregadora ou qualquer outro acessório extra, mas ele é potente o suficiente para dar conta de uma limpeza mais corriqueira sem grandes esforços. Ele alterna bem entre os três modos disponíveis, mas ele sempre privilegia o seu lado direito, então vale o mesmo raciocínio aqui: monitore sempre a limpeza.

Os 250ml do reservatório são suficientes para um ciclo de limpeza numa casa média, como a minha, de 77 m². Ou seja, você vai sempre precisar esvaziar o compartimento antes de uma nova limpeza.

Eu gosto da bateria do W100, que dá uma autonomia de 2 horas, o suficiente para uma passada apenas aspirando e outra passando pano. Dá para achar o W100 por R$ 440 em alguns varejistas, mas vale dizer que os dois são muito parecidos.

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Depois de passar pelos básicos, é hora dos modelos custo-benefício. E aqui a gente abre na mesma marca, com o WAP ROBOT W300, que é uma evolução dentro da zona de conforto quando comparado com o W100.

Ele ganha 3 cm a mais de diâmetro, chegando aos 30 cm e é pouca coisa mais alto, com 7,8 cm. Aqui já entra um necessário controle remoto e a base carregadora, que é legal, mas esse processo do aspirador voltar para a base é basicamente tentativa e muitos erros. Ele aguentou 1 hora de limpeza e demorou outras 4 horas para chegar de novo aos 100%.

O sensor de queda dele é um infravermelho que entende a distância das paredes e evita quedas ou pancadas mais fortes. A Wap apostou aqui no acabamento em vermelho e preto que pega marcas de uso rápido, mas as escovas laterais que o acompanham são mais duráveis, e vêm com peças de reposição na caixa.

Porém, o melhor acessório aqui é o controle remoto, que corrige a rota na hora da limpeza, além de dar acesso aos cinco modos de limpeza que você pode usar como quiser. Talvez eu não ache que o upgrade do W100 para o W300 seja tão grande, mas o controle remoto é algo que me faz pensar, e como já achei o W300 por R$ 790, ele faz mais sentido. Mas saiba que não tem aplicativo dedicado, nem suporte a assistentes de voz, a não ser que você faça uma pequena gambiarra.

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O POWERbot-E VR5000RM é o mais novo modelo da Samsung no Brasil, que a gente pode chamar de aspirador intermediário premium, com características que vão desde a construção até integração com o aplicativo dedicado que te permite controlar tudo pelo celular, já que o aspirador da Samsung é Wi-Fi.

Essa é, basicamente, a principal vantagem do robô sul-coreano, já que dá para agendar limpeza, modos e saber até mesmo se filtro e escovas laterais precisam ser trocadas. Além disso, quem tem celular Samsung pode usar também com o app Smart Things, proprietário da empresa, e agendar tarefas por lá.

Ele não conta com mapeamento, embora tenha sensores aprimorados de presença e de quedas, mas é o mais potente que testamos, e sua bateria não foge do padrão, com autonomia média de 2 horas de uso.

Ele também passa pano, mas você não precisa molhar diretamente o mopi, já que ele conta com um reservatório de água de 300 ml dedicado para isso. O coletor de resíduos aguenta dois ou até três ciclos de limpeza, dependendo do intervalo entre eles e da quantidade de poeira na casa.

Assim como todos os outros que passaram por aqui, o Powerbot-e enfrenta dificuldade para tirar sujeira de quinas, até pelo próprio formato circular, e nem as escovas laterais conseguem tirar tudo.

Na altura, são 8,5 cm, e é bom dar uma olhada na altura dos seus móveis, e se algum ficar muito próximo dessa altura, é bom evitar que ele passe por lá para não riscar. Por falar em manutenção, trocar as peças extras é fácil, assim como limpar o reservatório de poeira. Ele chegou por R$ 2700, mas tem varejistas vendendo por R$ 2100.

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Pra quem quiser subir ainda mais a aposta, a própria Samsung tem o Powerbot VR7200, que é mais caro, em torno dos R$ 3700, e promete mais eficiência em pisos duros, mas a gente não testou esse cara aqui pra te contar mais detalhes. Quem passou pela nossa mão foi o iRobot Roomba 675, que trouxe a tecnologia para o nosso dia a dia e é o mais premium que vimos.

Em nossos testes, notamos duas coisas legais: a primeira é que a iRobot afirma que o 675 tem mais de 60 sensores, e sim, eles funcionam, o robô diminui a velocidade quando chega perto de uma parede, dando na verdade só um toquinho, não uma porrada com tudo. Ele também circula os objetos bem de perto e em uma velocidade também menor.

O outro ponto é uma tecnologia que eles chamam de dirt detect, que faz o robô dar meia volta e passar novamente em algum local que esteja com mais sujeira. Eu já vi ele se enganando de achar que tinha sujeira, mas nunca observei ele passar direto por um local sujo e não voltar, então ele pelo menos é precavido.

Ele também não tem mapeamento, característica da série 800 da iRobot, mas é conectado, e toda a configuração é feita pelo smartphone, e em português, inclusive a voz que sai do robô. O app dedicado ainda manda um sinal se for o caso de você perder o Roomba 675 de vista, além de permitir programar lavagens de forma remota e ter informações de bateria, que aguenta 1h30m de uso.

Aqui é tranquilo conectar o robô ao Google Assistente ou Alexa, mas é basicamente usar a voz para iniciar a limpeza ou programar uma rotina. Uma de suas desvantagens é que pode ser bastante barulhento. Ele não é tão mais caro que o Powerbot-e da Samsung, saindo perto dos R$ 2700.

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Conclusão

Você deve ter reparado que formato, funções de limpeza e o básico rola da mesma forma em todos os modelos, e o que muda é a conectividade e as facilidades que cada um te oferece.

Portanto, a compra depende do quanto você está disposto a investir, claro, e o quanto você quer trabalhar em parceria com o seu robô. Todos eles limpam a casa, mas têm limitações naturais que não deixam você simplesmente abandonar o hábito da faxina semanal ou quinzenal.