Qual é o melhor liquidificador?

Um liquidificador é o tipo de eletrodoméstico coringa. Ele sempre nos acompanha e está ali para o que precisar, seja um suco, vitamina, massa ou bolo. E até por isso, cada pessoa tem uma necessidade diferente e o mercado entrega uma lista grande de opções. Como escolher então o modelo certo pra você? É isso que queremos te explicar hoje. Eu passei um bom tempo tomando boas vitaminas, sucos e até mesmo fazendo bolos em diferentes modelos pra conseguir te contar.

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O modelo da Mondial é o mais básico deles. A jarra é de polipropileno de 2,2L para líquidos. A gente comprou na cor vermelha, mas tem em preto também. E uma coisa me chamou a atenção nele: tem um separador de líquidos e sólidos, que tem o objetivo de triturar objetos sólidos e separá-los do líquido.

Normalmente, esse separador é uma malha metálica bem fina que não deixa o resíduo passar, mas aqui essa malha não existe. O que seria a malha metálica é um plástico, e a separação não fica tão bem feita. Eu também não entendi por que a marca, que é brasileira, usa no seu copo o nome em inglês cups, ao invés de xícaras.

São apenas três velocidades aqui, embora ele tenha o nome de Turbo Power. E faz falta uma potência maior, já que esse foi o único que ainda guardou pedaços grandes de banana, mesmo depois de três minutos de preparo de vitamina nas três velocidades, e olha que ele tem uma função pulsar, para uma batida mais potente e rápido.

O que me preocupou foi durante o preparo de um bolo, que é uma massa densa, mas simples, e que deu pra ver que ele não aguentaria mais que 4 minutos na velocidade 3. Senti um cheiro de queimado forte e, pelo bem dos nossos testes, segui apenas com o preparo leve com ele.

Nas especificações técnicas, ele conta com 550W de potência, que a Mondial diz que tem o melhor desempenho para receitas do diaa dia, como vitaminas, bolo, sucos e sopas.

A tampa tem um medidor de 40ml e, pra não dizer que eu só tenho críticas a ele, o encaixe das peças é fácil e ele é muito leve, pesando 2kg. O esconde fios ajuda a não deixar nada muito aparente, além do risco de esbarrar no cabo e o liquidificador cair, e a função autolimpeza adianta bastante o trabalho de tirar resíduos que insistem em grudar, especialmente quando a gente está preparando massas.

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Avançando um pouco em termos de preço, tem o Philips Walita Problend 6, que mantém a característica de ser leve na construção, pesando 1,9kg e mais potência. Os 1000W garantem cinco velocidades, e capacidade real de triturar gelo, por exemplo, ou dar conta de uma massa de torta.

Pra quem precisa fazer massa, a capacidade é um pouco maior que a do Turbo Power da Mondial, com 2,4L. Ele também conta com filtro para sucos sem sementes ou bagaços, mas é um filtro de verdade. A fabricante trouxe uma jarra feita de copoliéster, que é uma espécie de tritan, e garante que ele é livre de Bisfenol.

Ele tem seis lâminas, três voltadas para a parte superior e três para baixo, e graças a elas eu tomei minha vitamina matinal sem pedaços de banana, ou uma limonada suíça como ela deve ser. Além disso, ela deu conta da massa de torta sem nenhum problema ou cheiro de queimado.

Mas tem uma coisa que eu não gosto dele, que é o botão giratório. Eu acho mais prático e fácil ter um botão físico para cada função, mas preciso lembrar aqui que ele é um custo-benefício clássico, e até por isso não tem jarra de vidro. A ideia aqui é potência bruta mesmo, só que com uma construção mais simples, mas que também é fácil de limpar.

Por falar na jarra, a Walita confia tanto na durabilidade dela que dá cinco anos de garantia somente nessa peça, e dois anos para o motor em si.

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Eu tenho o Oster Versatile desde 2012, quando eu me casei, e descobri que existe uma versão atualizada dele sendo vendida no varejo, só que o preço é um pouco salgado, a partir de R$ 540. É caro? É, mas são 12 velocidades aqui. Além disso, é uma jarra de vidro bem espessa, que torna o preparo saudável e o liquidificador mais resistente. Ele pesa 3,6kg.

Apesar de ter apenas 450W de potência, como ele é o meu liquidificador, eu sei que ele é capaz de fazer tudo que eu já falei aqui antes. Mesmo na velocidade mais baixa, ele aguenta bem uma limonada suíça e um whey protein, e aumentando a velocidade, ele dá conta de uma torta ou um bolo sem problema nenhum.

São quatro lâminas bem afiadas aqui, e eu gosto muito da facilidade para limpar. Dá para desencaixar tudo e lavar individualmente. Esse modelo tem um sistema que liga o motor diretamente nas lâminas, que permite triturar até mesmo gelo.

Ele ainda é compatível com todos os acessórios da marca e consome 0,45kwh. A única pena é que seu copo é pequeno, de apenas 1,5L, mas compensa pela capacidade. Não tem um filtro para separar, mas confesso que eu não sinto tanta falta assim dele.

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Por fim, chegou a hora do diferente. O Hamilton Beach Pro tem 400W de potência e cinco velocidades, além do pulsar e das funções extras, que são suco, smoothie e gelo moído. Ele tem jarra de vidro de 1,5L que vai na lava-louças, mas o seu principal detalhe é a proteção silenciadora, que diminui, mas não zera, os ruídos que são naturais da sua utilização. O conjunto de design é bem robusto, e não por acaso ele é o mais pesado dos quatro modelos, com 3,8kg.

Eu fiz uma bela torta de presunto e queijo e gostei demais da massa ter ficado homogênea sem que o liquidificador fizesse grandes esforços. Para quem gosta de luzes, os botões vem acompanhados de um LED no fundo que ajuda a localizar o botão mesmo no escuro, se alguém precisar fazer uma receita com pouca luz.

Mas o lado ruim aqui é que, apesar de a união entre jarra e motor ser feita apenas por um encaixe simples, sua desmontagem é menos fácil, até por conta da proteção silenciadora.

As quatro lâminas fazem um bom trabalho, e tem um detalhe aqui diferente dos demais. Esse é o único nesse guia com um botão externo de liga/desliga que fica na lateral, e esse é indicado para uso profissional. Então se você tem uma pequena confeitaria ou começou a fazer algumas receitas para vender, esse modelo pode te atender bem.

Como escolher um liquidificador?

É claro que cada pessoa terá um tipo de necessidade. Tem aqueles que só querem bater um suco de manhã para o café, tem quem precise para fazer massas mais densas e que precisa de bastante tempo batendo ou ainda triturar gelo, mas eu vou apontar aqui cinco fatores que vão te ajudar a nortear a sua escolha.

Potência

O primeiro e mais importante é a potência, que está ligada diretamente à capacidade de processar alimentos ou misturar massas mais pesadas. Quanto mais potente, melhor ele é, simples.

Se você precisar fazer trabalhos mais pesados, o ideal é partir para um modelo com 600W de potência ou mais, e esse mesmo raciocínio vale para o tamanho da jarra, ou melhor, a sua capacidade.

Capacidade

Quem precisa de modelos mais potentes precisa também de capacidades de mais de dois litros e, se a família for grande, 2,5L é uma capacidade ideal. Mas se for um uso mais individual, não precisa tanto assim.

Vale prestar atenção num detalhe, que é o fato de muitas vezes o aumento no vidro não vem acompanhado de lâminas de trituração maiores, e isso acaba fazendo efeito na hora de usar o liquidificador, mesmo, já que ele demora mais para conseguir triturar os alimentos.

Material da jarra

Por falar na jarra, vale ficar atento ao material delas. Sem dúvida alguma o vidro é o melhor material, por alguns motivos: primeiro por não liberar nenhum resíduo nos alimentos, o que o torna mais saudável, depois, por não guardar nem cheiro, nem manchas, e por fim, por aguentar preparos com alimentos quentes sem problemas. Aliás, esse é o material presente desde o primeiro liquidificador, inventado lá em 1922.

Mas o vidro não é a única opção, tem inox, que também não absorve cheiro ou calor e também é fácil de lavar, mas é mais leve e não quebra.

Tem modelos mais em conta, feito em acrílico, que apesar de ser mais custo-benefício, tende a ficar mais esbranquiçado e ganhar riscos com o tempo e alguns modelos ainda usam o SAN – Estireno Acrilonitrilo – que é uma espécie de acrílico, mas que tem a vantagem de não riscar com tanta facilidade e ainda ser livre de Bisfenol, ou BPA, que é uma substância química que pode ser liberada quando entra em contato com alimentos em altas temperaturas.

O problema é que SAN também fica esbranquiçado com o tempo. Ainda tem policarbonato e polipropileno, que são tipos de plástico que têm os seus problemas. Ainda na jarra, quanto maior a espessura, mais resistente ela é. Se tem liquidificadores que variam de 2 a 9 milímetros, um modelo com material resistente e pelo menos 5mm de espessura pode satisfazer uma boa parte das pessoas.

Velocidade e facilidade de limpeza

Falei bastante, mas faltam ainda dois pontos importantes, que são as velocidades, que aumentam conforme a potência, e aí entram também aquelas funções extras, como pulsação, turbo ou trituramento de gelo, e a facilidade de limpeza. Dá para remover as lâminas? A desmontagem é pratica? Tem modelos que entram na lava-louças e aí tudo fica ainda mais prático.

Padrão dos testes

Escolhemos alguns modelos que já tínhamos, como o Oster Versallite e o Pro Blend 6 da Philips Wallita. Depois incluímos o básico Mondial Turbo Power e o Hamilton Beach ‎53600-BZ127, que tem proteção silenciadora.

Pra poder te falar sobre cada um deles, eu fiz algumas coisas em todos eles. Uma vitamina de leite com banana, limonada suíça, com as cascas de limão, suco de abacaxi com pedaços grandes, whey protein e receitas com massa, como bolo e torta, em cada um deles, e assim a gente padroniza os testes. Ah, os quatro modelos têm tomadas de dois pinos e funcionam em 127V.

Conclusão

Esse foi o nosso guia de liquidificadores para quem quer usar em casa ou profissionalmente. O que você achou: gostou, sentiu falta de algum modelo? Conta pra gente aqui nos comentários e, quem sabe, a gente aumenta esse guia mais para frente com sugestões que vocês trouxerem.