O Galaxy A32 é a atualização natural do A31 de 2020, mas a Samsung lançou apenas a versão com 5G no Brasil e isso pode desagradar alguns usuários que gostam da Samsung por algumas características bem destacas das linhas A e S que não estão aqui. Nesse review nós mostramos tudo o que tem de novo e diferente nesse modelo.
Samsung Galaxy A32 5G
- MediaTek Dimensity 720 5G
- 128GB com 4GB de RAM
- Tela: LCD TFT com 6,5″ (1080 x 2400px)
- Câmera principal: 64MP (f/1.8) + 8MP (f/2.2) + 5MP (f/2.4) + 5MP (f/2.4)
- Câmera selfie: 20MP (f/2.2)
- Bateria: 5000 mAh
- Android 11
Design e construção
A Samsung mudou a cara dos seus smartphones de 2021, o que é muito bom se você já estava cansado daquela enxurrada de aparelhos com o bloco preto retangular ou quadrado, que abrigava as câmeras no ano passado, sem falar das cores muito parecidas.
No Galaxy A32 5G, vemos um design com algumas linhas mais retas – não a ponto dele ficar em pé sozinho, mas que deixa a pegada mais robusta e diferente. O aro de plástico segue um tom um pouco mais brilhante e escuro, enquanto que o acabamento da traseira está um pouco menos brilhante, o que ajuda a esconder as manchas de gordura deixadas pelas mãos.
Já as lentes, ficam separadas, lembrando as bolhas do LG Velvet, com um pequeno degrau entre seu contorno e o resto da traseira. Eu acho que a Samsung poderia ter feito o mesmo que vemos na lente macro, que está rente ao corpo, sem nenhum salto. Ainda assim, eu fico feliz de não ver o ressalto do ressalto nas lentes, como temos nos novos A52 e A72 que ganharam um relevo extra nessa região.
Câmera
Colocando aqui na ordem em que as câmeras foram posicionadas, a lente ultrawide tem 8 megapixels e 123 graus de ângulo de visão, com um balanço de branco mais voltado para o azul, com tons mais frios, e não com a super saturação bem característica da marca.
Para fotos de paisagens ela atende bem, mas não consegue dar conta quando falamos de ambientes internos e luzes mais baixas – lembrando um pouco o que costumávamos lá na época que essas lentes começaram a aparecer nos smartphones.
A lente principal de 48 megapixels também faz bem o seu trabalho. As fotos aqui estão bem próximas de smartphones como Redmi Note 9s, Galaxy A51 e outros intermediários que tem um bom desempenho nesse quesito.
Por padrão, o modo quad pixel vem ativado, combinando toda sua resolução em 12 megapixels com pixels maiores, que ajudam a capturar mais luz e detalhes, melhorando o resultado final.
Essa funcionalidade também facilita o pós processamento, pois o tamanho do arquivo de uma foto de 48 megapixels reais seria bem maior, e exigiria mais do celular na hora de aplicar os recursos de inteligência artificial, como na eliminação de ruídos em áreas mais escuras, o alto alcance dinâmico para controlar as zonas muito e pouco expostas a luz, e o tratamento geral de cena, aumentando o tempo de espera entre o disparo e a foto final.
Você ainda tem a possibilidade de tirar fotos na resolução cheia, mas mesmo com o mínimo que ela aplica de processamento, a foto já demora bastante para finalizar, então imagina se tivesse tudo.
A próxima lente é a de auxílio para o efeito desfoque e, vejam só, fui surpreendido ao notar que ela é realmente necessária, já que, ao ser tapada, o smartphone fica mostrando uma mensagem de que não há luz suficiente ou a lente está coberta, mostrando que ela funciona.
Só que além disso, ao tentar produzir fotos com fundo desfocado sem a lente, o recorte fica ruim, parece que a gente retrocede de duas a três gerações, quando esse recurso era extremamente inútil. Então, toma cuidado para não tapar essa lente aqui.
Agora, se precisamos falar da lente macro, saiba que ela não tem consistência. Sempre que você ativa a lente, o smartphone te mostra uma mensagem para manter o smartphone distante do objeto em uma margem de 3 a 5 centímetros, mas vira e mexe ele se perde e o foco não consegue fixar no objeto que queremos fotografar.
Porém, quando ele acerta, a foto fica bonita, com cores mais sólidas e próximas do real, sem deixar aquele tom pastel de sempre ou aberrações cromáticas. Fica um efeito de fundo desfocado bastante agradável que dá um charme e deixa claro que você quis dar atenção para um único ponto.
Se continuar assim, talvez a gente até se anime mais para usar essas lentes. Por fim, logo em seguida da lente, tem o flash LED que só serve pra ser usado como lanterna, pois ele estraga todas as tentativas de fotos com o recurso ativado.
As fotos com a câmera frontal também agradam, mas ficam um pouco atrás na qualidade, dentro do esperado quando falamos de celulares com proposta mais de intermediário econômico.
Isso não quer dizer que ela é horrível e que não dá para usar, é só que eu fui positivamente surpreendido pelas fotos das câmeras traseiras e não vi esse mesmo resultado na lente de 13 megapixels. Além disso, ela também faz modo retrato, que cumpre seu papel direitinho
No geral, as fotos aqui são um pouco mais artificiais que na câmera traseira, principalmente em locais com pouca luz, onde a perda de detalhes e granulado, mas em ambientes bem iluminados, ela manda bem.
Para vídeos, não podemos esperar muito de nenhuma das lentes. A resolução máxima da lente frontal é 1080p e aqui o vídeo não tem boa estabilização e fica com bastante ruído. Androids intermediários num todo sofrem com isso, mas aqui é mais acentuado.
Para vídeos com a câmera traseira temos até um pouco mais de qualidade, vídeos em 4K, só que ele ainda sofre com a falta de estabilização e dá pra perceber que ele estoura bastante nas áreas mais claras do vídeo nessa resolução. As coisas melhoram um pouco quando você muda para 1080p, mas não espere ótimos registros, é o básico esperado para a categoria.
Desempenho
Boa parte desses resultados em câmera, são responsabilidade do novo processador MediaTek Dimensity 720 5G, que felizmente, o A32 conseguiu usar bem. A imagem dessa fabricante tem melhorado recentemente, mas em fotos ainda precisava avançar, e aqui, mostrou que agora ela consegue entregar algo um pouco mais competitivo.
Ele também é muito bom com jogos, ficando ali na cola do Snapdragon 720G. Nos testes, apenas alguns jogos rodaram com dificuldades – embora seja mais a falta de empenho da Gameloft em corrigir essa falta de compatibilidade com processadores MediaTek.
Um exemplo foi o que o Asphalt 9, que sempre depois de 3 partidas, trava e fecha no meio da corrida. É basicamente 10 minutos de jogatina por travada, que deixa todo o processo bem chato e quase impossível de se divertir.
Agora, em jogos de outras marcas, como Call of Duty e Genshin Impact, ele teve um desempenho muito bom, sem apresentar engasgos e aquecimento excessivo. Não é na melhor configuração possível, mas mesmo após uma hora de Genshin, ele não estava quente a ponto de incomodar, era uma temperatura muito de boa e eu poderia permanecer jogando por muito mais tempo que ele ainda demoraria para superaquecer e sofrer com o thermal throttling.
Já que falamos em entretenimento, é importante que o celular tenha espaço para caber tudo o que a gente precisa, e para isso, o A32 traz armazenamento de 128 gigabytes, o que te dá bastante memória para receber meme e instalar o que você quiser, sem contar as várias fotos que podem ser armazenadas.
E se necessário, ele pode receber ainda um cartão de memoria externo, graças a bandeja híbrida, que ainda pode receber um segundo chip de operadora, caso você não precise de mais memória.
A RAM tem 4 GB, que é o mínimo necessário para usar o Android atualmente, mas a One UI 3 está bem otimizada, e não deve ter problemas para receber as duas ou três atualizações que a Samsung costuma liberar para os seus intermediários. Talvez você comece a notar engasgos lá para frente, mas ainda é difícil de saber.
Preço e tela
Agora, um ponto a ser discutido aqui é a presença da rede de quinta geração em um smartphone dessa categoria, sendo que a rede só começará a ser implementada no Brasil em 2022 nas principais capitais, sendo que o plano de expansão que levará o 5G para a maioria da população só virá em meados de 2025. Isso só contribui para que o smartphone seja caro e ainda vai causar impacto na duração da bateria, tal qual foi com a chegada do 4G.
Na verdade, o rei do custo benefício hoje, dentro da própria Samsung, é o Galaxy M21s. Quando comparamos os dois, o poder de processamento do A32 é consideravelmente maior, então tudo bem ser uns 400 reais mais caro.
No entanto, o problema é pagar esse valor para um celular com display TFT – nem IPS ele é – e de resolução de 720×1600 pixels, ou seja HD+. Tudo isso num aparelho grande, de 6,5 polegadas, o que derruba bastante a densidade de pixels do aparelho. Você talvez possa torcer o nariz aqui e dizer que a Samsung errou e muitas outras coisas, mas eu garanto, o display é bom sim.
Isso foi o suficiente para um pessoal aqui no estúdio já torcer o nariz, mas em questão de brilho e cores, o A32 é bom. Não são tão vibrantes, mas comparando com a tela do Poco X3 que é IPS LCD, quase não dá para notar a diferença.
Por incrível que pareça, a minha experiência tem sido realmente boa. Não vou dizer que a tela não podia ser melhor, mas não vai atrapalhar o uso de quem não é exigente – desde que o preço diminua bastante, para fazer sentido com o que ele oferece, chegando perto dos R$1400.
Eu pude notar que a Samsung tem um truque para tentar diminuir essa questão de pixels aparentes, ao menos nos ícones de seus apps próprios. É que eles aparentam ter um pequeno desfoque em relação aos ícones de aplicativos de terceiros, como se fossem mais opacos – tentando ganhar suavidade, ao sacrificar nitidez.
Isso acabou me incomodando um pouco na hora de navegar pela gaveta de aplicativos e acho que não tinha necessidade de fazer isso, já que outros conteúdos são exibidos muito bem.
Bateria
Para segurar tudo isso duranto o seu dia, a Bateria do A32 5G tem 5.000 mAh de capacidade e ela dura o dia inteiro tranquilamente. Seu carregador de 15W, que vem na caixa – importante apontar isso hoje em dia – consegue carregá-lo de 0% a 100% em uma hora e cinquenta minutos, que não é o mais rápido que a empresa consegue entregar, mas ainda está na média do mercado.
Nos testes que fizemos, o consumo de energia foi bom, sendo que o maior consumo foi em gravação de vídeo, consumindo 18% em uma hora. Para assistir vídeos, a média foi de 8% por hora no Youtube, com o brilho no máximo. O Genshin também consumiu bastante, natural já que exige mais do processador, levando 16% por hora.
A MediaTek tem evoluído seu gerenciamento de bateria e aliado a otimização do software da Samsung, temos um bom resultado no consumo de energia, chegando no fim do dia com algo em torno de 35% comigo, mas se seu uso for mais moderado, provavelmente ele pode bater em um dia e meio de uso.
Conclusão
Com um design bonito, uma boa construção e câmeras de qualidade, o Galaxy A32 5G, junto do novo chip da MediaTek, consegue mostrar um grande evolução comparado ao modelo anterior em processamento e câmeras.
Talvez você fique com um pé atrás a respeito da sua tela, mas eu não senti que foi um Downgrade tão grande, já que a qualidade da imagem, o brilho e a coloração da tela estão muito próximos a aparelhos mais caros com painel IPS LCD.
Pelo preço que a Samsung cobra hoje nesse smartphone, você pode tentar pegar smartphones que tenham o mesmo desempenho e tela melhores, como o A71 e M51, mas talvez ele até possa se tornar uma boa opção no futuro, quando os preços baixarem.
ALDIVA COPATTI diz
Estou a procura de um aparelho que possa gravar vídeos de câmeras de Ed que tenho que guardar, achei o A 32 5 G e 128 bom.