O Samsung Galaxy A71 chegou trazendo pequenas evoluções que podem ou não fazer sentido quando pensamos no maior investimento necessário para levar um desse para casa perto da data de lançamento. Será que o A71 tem o necessário e vale a pena por aquilo que oferece? Esse é o foco desse review.
Samsung Galaxy A71
- Processador Snapdragon 730
- 128GB com 6GB de RAM
- Tela: Super AMOLED de 6,7″ (1080 x 2400px)
- Câmera principal: 64MP (f/1.8) + 12MP (f/2.2) + 5MP (f/2.2)
- Câmera selfie: 32MP (f/2.2)
- Bateria: 4500 mAh
- Android 10.0
Design
A semelhança entre as duas gerações é algo que tem assombrado o Galaxy A71, junto do seu preço alto de lançamento, que bate perto do preço atual de um Galaxy S10 em promoção.
Nós sabemos que Samsung é assim mesmo, lançando com um preço bastante alto para depois cair pela metade, e existem boas chances de você estar lendo esse review numa época onde o preço do A71 está bem mais competitivo.
Com o mercado mais maduro, os avanços do Galaxy A70 para o A71 são pequenos, mas importantes. Por fora, esse parece que será o ano do furo no centro da tela, substituindo os entalhes e os furos descentralizados do ano passado.
Só que por aqui, essa mudança não foi o suficiente para aumentar a proporção da tela, como foi o caso no Galaxy A51 contra o Galaxy A50, uma vez que o A70 já era um pouco mais esticado.
Continuamos com proporção de 20:9, numa tela de 6,7 polegadas, Super AMOLED, com a boa qualidade Samsung, que todo mundo já conhece. Esse é realmente um celular bem grande, praticamente todo tela, que deverá agradar muito quem não se importa com o tamanho.
E se você gosta de reclamar, não se preocupe, porque o A71 não ficou sem detalhes polêmicos. Basta bater o olho na traseira que você percebe a nova casa das câmeras, dessa vez num formato de cooktop que será o padrão de 2020 e que deixa a traseira bem desbalanceada quando o aparelho não está na capinha.
Fora isso, o material e a estampa são as mesmas do A51. No geral dá até pra dizer que o A71 é a versão Plus do A51, pelo menos ao olharmos os dois por fora.
O que muda em questão de cores é que o modelo branco do A51 vira o prata por aqui. O A71 ainda traz o plástico reflexivo com aparência de vidro, que diminui custos de produção.
Outra característica semelhante entre eles é o sensor de digitais por debaixo da tela, que começou a aparecer forte no ano passado, e de lá para cá evoluiu bastante. Ainda prefiro o desbloqueio facial, que não é tão seguro, mas bem mais certeiro.
Conectividade e desempenho
A tecnologia NFC também está aqui, e tudo indica que vai aparecer em mais aparelhos da linha A esse ano, já que ela é essencial para o pagamento com o celular, algo que tem se popularizado em algumas cidades, e é claro que a Samsung quer um pedaço desse bolo.
Também sem mudanças na conectividade do A71, sendo compatível com redes Wi-Fi de 5,0 GHz e bluetooth 5.0, versão que torna a experiencia com um fone de ouvido sem fio muito melhor.
A boa notícia é que ele não abriu mão da entrada de fone de ouvido. Você ainda não será forçado a comprar um Galaxy Buds. Além disso, o áudio externo apesar de ser mono é alto o suficiente, e a bandeja é tripla, permitindo que você use dois chips de operadora junto de um cartão de memória microSD.
Esse é um ponto legal mas não extremamente necessário, já que o A71 vem com 128GB de armazenamento e 6GB de RAM, uma quantidade suficiente para maioria das pessoas, e que possibilita uma boa multi-tarefa. Porém, até agora, sem grandes evoluções quando comparamos com a geração passada.
Só que o A71 abandona o chipset da serie 600 da Qualcomm, e salta para o Snapdragon 730. O aumento no desempenho é considerável, e chega a quase duplicar a pontuação no Antutu.
A grande maioria dos jogos da Play Store fica no máximo, incluindo o Call of Duty, e até é compatível com o Fortnite, aguentando jogar em configurações medianas.
Nesse ponto, o A71 avança na frente do A51 e A70. O único problema é que, fora do mundo gamer, esse ganho não traz muitos benefícios, tornando esse chipset uma boa opção para quem quer se manter mais tempo com o celular do que os batidos dois anos que as marcas consideram como período de troca.
Câmeras
Outro ponto onde o celular aproveita o chipset para ter bons ganhos é nas suas câmeras. Apenas elas já podem ser motivo suficiente para convencer alguém a levar o aparelho mais novo.
Começando pela traseira, o sensor principal possui 64MP, acompanhado de um sensor ultrawide de 12MP, um outro de 5MP para fotos macro e o sensor de profundidade de 5MP. Na frontal, são 32MP, meio que repetindo o tamanho do A70, mas com pequenas diferenças nos resultados.
No geral as cores ficam bem saturadas, deixando qualquer cena bem viva, e sem perder tantos detalhes com essa pós produção. O HDR funciona de uma forma muito boa, conseguindo controlar até a exposição do céu nublado aqui de São Paulo.
Até mesmo a câmera ultrawide puxa bem a cor, ficando às vezes, até mais brilhante que as fotos da principal, apesar de que nesse caso, a nitidez cair um pouco.
A última câmera traseira que funciona de forma independente é a macro, e tem esse valor reduzido de pixels justamente porque esse tipo de foto não precisa de sensores super potentes para tirar fotos boas. Acho a lente zoom mais versátil, mas essa daqui também pode ser legal.
E no caso da frontal, parece que já passou a época de cores exageradamente frias, mas o modo embelezamento teimoso, que não vai embora nem quando você o desliga, parece continuar por aqui.
Fora isso eu gostei dos resultados, com um pós processamento que faz sentido, modo retrato que não erra, e de novo, preciso chamar para o bom resultado do HDR, algo que câmeras frontais não costumam trazer tão bem e que deve ser ajudado pela resolução maior.
Além disso, o aplicativo está recheado de modos diferentes, incluindo o já conhecido modo noturno, que tem um desempenho bacana com a câmera principal, mas sofre um pouco com chiados e não ilumina tão legal na ultrawide e nas selfies. O que fica faltando mesmo é o modo Instagram, presente apenas na linha S e Note.
O último modo que vale a pena comentar é o de alta resolução. Com o A71 você pode tirar as fotos em 64MP, mas é aquela história de sempre, onde a câmera não é capaz de aplicar a inteligência artificial e pós processamento em fotos tão grandes, tornando quase impossível as chances das fotos ficarem melhores.
Tal como no seu irmão mais novo, o A71 consegue gravar com sua câmera traseira em 4K e habilitar o modo de super estabilização através do uso da câmera de ângulo aberto, duas funções bem interessantes. A frontal no entanto se limita a 1080p e elimina o vídeo em fundo desfocado, que também está presenta na linha S.
Depois de passar um tempo com o A71, deu para notar que seu forte são as câmeras, até mais que o A70, o que para mim, ajudou a tirar aquela imagem de celular sem novidades. Depois de uma queda de preço, se o seu interesse é câmera, pode ser melhor levar o A71.
Software e bateria
Outro motivo para escolher a geração mais nova pode ser simplesmente o fato dele se manter atualizado por mais tempo. O A71 vem com o Android 10 e a nova versão da One UI.
Ela trouxe algumas funcionalidades novas, mas a novidade que eu mais me interessei foi o botão de “Vincular com o Windows”. Esse não é um substituto ao Samsung Dex, mas uma integração de ecossistema bem parecida com a Apple. Além de te dar acesso quase instantâneo às suas fotos, você pode ver suas notificações, mensagens, fazer chamadas e até ver a tela do seu aparelho, algo que é compatível com todos os aparelhos que receberam a OneUI 2.0.
Claro que ainda está no começo e não está tão integrado quanto o iPhone e o Mac, mas é uma função que tem potencial para ser algo bem legal no futuro.
A quantidade de bateria é um repeteco do A70 com 4.500mAh, só que o consumo é relativamente alto, já que ela precisa alimentar essa tela enorme. Ainda assim dá para chegar no final do dia sem problemas, ela só não é um diferencial.
O consumo ainda aumentou um teco em jogos e gravações, quando olhamos para geração passada, por conta da potência maior do chipset, mas aplicativos mais simples foram iguais.
Para carregar foram necessárias 2 horas com o seu carregador de 25W. Um tempo até que bom considerando a carga maior, mas também chega a ser nada além do esperado.
Conclusão
O Galaxy A71 não é um baita de um upgrade revolucionário, mas trouxe melhorias em alguns campos que o tornam diferente o suficiente para ser uma boa escolha logo que baixar de preço. Ele consegue ficar a frente de concorrentes em desempenho e câmeras, além de ter uma bela tela e uma bateria bem consistente.
No preço de lançamento de R$2.800,00, com certeza ele não vale, melhor comprar um S10. A minha aposta é que daqui uns 4 meses ele fica na faixa dos R$1.800, só um pouco mais caro que seu antecessor, e que passa então a valer a pena. Nesse cenário o A71 é um modelo bem legal e que ofereceria um custo benefício razoável.
mathews diz
Boa tarde, eu queria uma opnião,
eu tenho um galaxy s8 e como ele já está com a tela quebrada e já tenho ele desde o lançamento, eu até gosto muito dele e não trocaria por um celular inferior. Queria saber se o A71 é superior ao S8 que sempre me atendeu perfeitamente.
Eduardo Munhoz diz
sim, o A71 é mais moderno e tem Android 10, 4 câmeras, tela melhor (tudo melhor que o S8)
Robson Neves diz
Acredito que a câmera principal do S8 ainda seja melhor que a do A71. De resto o A71 se sobressai.
Patricia diz
Qual melhor o s10e ou o a71?
Caroline diz
Qual o melhor A71 ou S10e?
Andressa Fernandes diz
Será que em novembro, na black friday ele ficar por uns 1800?
O que vocês acham??
Amanda diz
Eu acredito ( espero) que sim, pois já vi pelo zoom por 1700 e poucos, fora da Black Friday
Raquel Santos de Santana diz
ficou a 1799 mas eu perdi. Tô esperando janeir pra ver se chega a esse valor novamente.
Marcos Antunes Klemz diz
Não comprem, tem diversos problemas de montagem esse celular. Adicionaram componentes e estragou o mesmo. Já tive que levar 3x na garantia.
Tony diz
Fale somente por vc cara. Não gerenalize só pq isso aconteceu com vc não quer dizer que vai acontecer com todo mundo mano. Vc não tem esse direito de falar pras pessoas nao comprarem por problema que aconteceu com pois comigo nunca aconteceu nada e eu tenho deste o começo do ano
GIULIANA FERNANDES RIBEIRO diz
Estou pensando em comprar um celular novo e estou em dúvida entre o Samsung note 10 lite ou A71. Qual você me indica?
Nazaré Lassance diz
Gostaria de comprar um A71 oque vc pode me sugerir ele é bom.
Porque ouvir falar que uma pessoa já levou 3 vezes na assistência técnica. Poderia me dar uma opinião.
Alvaro Neves Jr diz
2 questões.
* O a71 filma em 60fps?
* O a71 tem ultrawide na cam frontal?
Pablo Lemos diz
O S10e ainda é um top de linha, só que de 2019.
A diferença entre os dois é enorme, tanto como câmera, processador e outros recursos que só a linha S da Samsung é capaz de oferecer.
O único problema do S10e é a bateria que somente 3000mah, dependendo do uso, vc vai precisar colocá-lo na tomada.
Em parte o S10e é o menor top de linha por ter uma tela menor que 6 polegadas, porém ele tem certificação IP68, que é um diferencial.
kesia maciel diz
Estou me duvida entre o SAMSUNG A71 e MOTO G9 PLUS… Qulal vc me indicaria?
Andreia diz
Moto g9 plus. Excelente celular.