O Galaxy Watch 3 é o mais novo, mais top e mais completo smartwatch da Samsung, feito para dominar o mercado premium, pelo menos quando consideramos o mundo dos Androids. Essa é uma atualização necessária, esperada e que como sempre, embaralha a escolha de quem fica entre o Active e essa opção mais sóbria. Nesse review nós vamos explorar o que ele é capaz de oferecer que justifica um investimento mais alto.
Samsung Galaxy Watch3
- Tela AMOLED de 1,4″ (360 x 360px)
- Bluetooth 5.0 e frequência cardíaca
- GPS + GLONASS
- Caixa de 45mm e 41mm
- IP68 e certificação ECG
- Bateria de 340 e 2247 mAh
- Compatível com Android e iOS
Design
Para começar, não se engane com o nome, porque o Galaxy Watch 3 é um upgrade direto do Galaxy Watch de primeiração, lançado no segundo semestre de 2018. A Samsung resolveu pular o 2, o que pode gerar um pouco de confusão por conta do Active 2 desse ano, e que é o upgrade do Active. Até aquele momento, o smartwatch mais completo da empresa.
Acredito que podemos considerar então esses dois, o Active 2 e o Watch 3, como smartwatches da mesma geração. Afinal, em funcionalidades eles são bem parecidos, apenas trazendo um design diferente.
Pela própria construção você já nota que esse é o modelo premium. Ele vem com a pulseira de couro, seu corpo é de metal, com visor redondo, porém com um design mais elaborado e mais sério.
Ele está disponível em dois tamanhos diferentes, cada um com suas cores específicas: o preto de 45mm, e prata ou bronze para o de 41mm, fazendo o par com o novo Galaxy Note 20.
Em ambos os tamanhos, eles estão menores que os seus equivalentes lá do Watch 1, que tinha 46mm e 42mm, só que maiores que os Active 2 de 44mm e 40mm. Eu tive um pouco de problema com de 40mm, mas nesse modelo deu para ajustar a pulseira sem chegar no seu limite, o que é importante, pois ela precisa ficar bem firme para os seus vários sensores terem uma leitura mais precisa.
A coroa rotatória é característica própria dessa linha, e, apesar da tela do Watch 3 ser uma amoled de ótima sensibilidade, ter o feedback físico me agrada bastante, e eu acabo mexendo nele bem mais por conta dela. O Active de primeira e segunda geração implementaram atalhos de “coroa” na borda da tela recentemente, mas na boa, definitivamente não é a mesma coisa.
Usabilidade
Sabendo disso, o uso no geral é algo bem parecido entre todas as versões, mas se você não conhece, basicamente dá para deslizar para baixo para ter acesso a um centro de controle parecido com o celular, e por ali você vê a bateria, desliga o relógio, ativar o modo avião e tudo mais.
Além disso, da tela inicial, deslizando com o dedo de um lado pro outro, ou girando a coroa, você tem acesso as suas notificações, e às várias funcionalidades do smartwatch, que a gente comenta mais pra frente.
Ele ainda tem dois botões na lateral, onde o de cima retorna para a tela anterior com um clique, e ao segurar você ativa o Samsung Pay. No debaixo, o clique único vai para tela inicial, e se já estiver lá, ele abre o menu com os aplicativos instalados no relógio.
Você também pode dar um duplo clique para ver os aplicativos recentes, ou segurar para ativar a Bixby. Pelo menos é assim que vem de fábrica, mas essas funções adicionais do botão de baixo podem ser reconfigurados para qualquer outra função.
E isso é uma das melhores partes do Galaxy Watch, onde quase tudo é configurável e customizável, tanto diretamente pelo Watch 3, como pelo aplicativo no celular. E sim, o “Galaxy Wearable” tem controle de absolutamente tudo, dá até para baixar faces diferentes para tela inicial ou baixar e instalar os aplicativos. A sincronia é quase instantânea, então se você quiser, nunca vai precisar abrir um menu pelo relógio.
Mas vale comentar que por ser um produto Samsung, a integração com os celulares da marca está melhor, mais direta que com outros Androids, onde, apesar de não perder nada, você vai precisar baixar vários aplicativos e plugins para fazer tudo funcionar. Não se preocupe, você não vai ter que advinhar nada, o processo de instalação é bem simples, só é chato que ele fica te mandando para play store toda hora, e algumas partes são meio demoradas.
Agora, num iOS a história muda, e para pior. Primeiro que a própria sincronização é bem demorada, isso quando ele acha o celular, e parece que algumas funções realmente ficam de fora.
Tudo isso é meio que próprio da Samsung, que apesar de não bloquear o acesso ao iOS como a maça faz com o contrário, dá uma certa prioridade. A Mi Band e a Amazfit, funcionam numa boa no iPhone, então fica aí a dica, prefira outras marcas se você está no mundo da maça.
Continuando com as notícias ruins, a disponibilidade de aplicativos para o Watch 3 também não está legal. Primeiro que quase não existem aplicativos de terceiros bons disponíveis, e segundo que mesmo os que estão lá, ainda não estão funcionando tão bem.
Eu esperava que pelo menos os serviços da própria Samsung fossem de boa, mas saindo dos básicos, eu tentei instalar o Smart Things, para receber notificações da minha lava roupa, e até ver se era possível controlar a TV pelo relógio, mas não rolou.
Para os apps de música, o Spotify está lá, e esse é basicamente um dos únicos relógios capazes de fazer download de músicas, mas fora ele não existem muitas opções. Sempre falo que o Tyzen é bom por ser um dos poucos sistemas que permitem aplicativos de terceiros, mas falta um carinho da Samsung para atrair mais opções para cá.
Saúde
Voltando para as aplicações do smartwatch, em questão de saúde, o Watch 3 traz tudo que você espera, e ganhou algumas funções novas. O leitor de batimentos cardíacos está aqui, e agora ele lê também a oxigenação do seu sangue, apresentando resultados até próximos de um oxímetro tradicional. Ambos funcionam junto para fazer uma avaliação ainda melhor do seu sono, que é provavelmente um dos monitoramentos que você mais vai utilizar.
Além disso, o Watch 3 ganhou a capacidade de fazer eletrocardiograma e monitorar a pressão arterial. Nenhuma dessas duas estará disponível num primeiro momento, pois elas precisavam de autorização da Anvisa para poder funcionar, que inclusive já saiu, só que não foi a tempo do lançamento.
A Samsung vai liberar uma atualização que deve liberar os sensores para funcionar livremente. Outra novidade é o detector de quedas, que vai começar a berrar se você cair, até você desativar o alarme, caso contário ele manda uma mensagem para os números escolhidos, avisando sobre a queda.
Todas essas inclusões são importantes principalmente para o Galaxy Watch 3 não ficar para trás do Apple Watch, mas também porque amplia a proposta de monitoramento de saúde dos produtos dessa categoria.
Só lembrando que esse relógio não substitui um médico ou uma análise mais completa em um local especializado – ele meio que te mostra só a tendência, e em alguns casos, precisa ser recalibrado periodicamente.
Esportes
Com isso a gente entra nos esportes, que dada as condições atuais do mundo, eu não pude testar tão a fundo quanto eu gostaria. Mas basicamente, ele ganhou alguns modos quando comparado lá com o Watch 1, passando dos 40 exercícios para você escolher, inclusive com alguns tutoriais e sugestões dentro do aplicativo.
O Watch 3 também é capaz de detectar sozinho alguns tipos de exercícios, só que para outros é mais prático deixar o celular ligado e iniciar manualmente a leitura de cada série, para você ter certeza que está tendo uma boa precisão.
Na corrida, a historia é parecida. Até é possível você sair de casa sem o celular, pois ele tem GPS e suporte a rede 4G, mas como sempre, eu tive problemas para começar a corrida. Tal como o Active 2 quando vai bem, vai bem, mas cerca de 300 metros de informação eram perdidos quando comparado com o celular em algumas ocasiões.
Os números de batimentos cardíacos também são mais constantes do que no Active 1 e bem parecidos com do Active 2, mas ainda sim tive corridas com buracos de análise e eu sempre acho que ele exagera um pouco nos valores, como alguns picos de 200 batimentos por minuto.
Bateria
Pensando em bateria, utilizar esses modos, o GPS, e outros sensores de forma constante, são boas maneiras de acabar rápido com ela. A promessa é de 2 dias e meio de uso, mas no meu caso, que para ser sincero, foi um pouco mais pesado nos monitoramentos passivos, não chegou a dois dias.
O problema é que ele usa apenas carregamento sem fio, que é um pouco menos eficiente, resultando em 2 horas para uma carga completa. Isso significa que, para mim, que perco 50% por dia, e demoro uns 30-40 minutos para tomar banho e me arrumar, o que dá uns 30% de carga, fico num déficit de 20% por dia, isso sem considerar o modo corrida ou algo parecido.
Talvez, se você desligar alguns recursos e aumentar o intervalo de monitoramento, dê para chegar no equilíbrio de carregar e usar sem se preocupar tanto com a carga, mas é quase certeza que se você vai precisar colocá-lo para carregar depois de um exercício.
Conclusão
O Galaxy Watch 3 realmente está bem completo, bastante útil, principalmente se você se preocupa em monitorar alguns aspectos do seu dia a dia.
O ponto negativo por aqui é que, de tudo isso que eu comentei, apenas a aparência do Smart Watch realmente é diferente do Galaxy Active 2. Isso seria normal se a distância no preço deles não estivesse tão grande, quase mil reais em lançamento e mais de 1500 reais em preço real.
Função por função, o Active 2 é mais custo benefício, mas se você quer ter uma cara mais séria, o Watch 3 é basicamente o melhor relógio para se usar com um Android no geral.
Para esportes você pode querer um Garmin, Ppor exemplo, mas ele não terá todas as funcionalidade de mensagem e ligação com o celular que o Watch 3 tem.
Sozio diz
Quando se usa a função LTE, ou seja, o relógio independente do celular, a bateria não dura NADA, no máximo 2horas na melhor das hipóteses. LAMENTÁVEL. Não compensa o investimento!
T.Martins diz
obrigado pela informaçao!
Roberto diz
Alguém sabe me dizer se dar pra instalar ele num celular xaiome note 8?