Esse é o Samsung Odyssey G3, a atualização do monitor gamer de entrada da marca. A linha Odyssey é uma das mais famosas quando falamos de produtos voltados para o público gamer. Mas diferente do que alguns pensam, a marca não tem apenas produtos entusiastas com telas curvas e OLED. No review de hoje foi contar se esse modelo vale a pena para o seu tipo de uso.
Construção
O corpo é inteiramente em plástico, mas aqui eu percebi um esmero na traseira por parte da Samsung, já que outros concorrentes diretos como o AOC Q27G2 tem um desenho bem mais sem graça do que esse.
Temos uma textura formada por linhas que ultrapassam toda a traseira do equipamento, com um aumento no relevo próximo ao centro, onde fica o acrílico de encaixe.
E vale ressaltar que essa peça, vem separada do corpo do monitor dentro da caixa, então é recomendável tomar um pouco mais de cuidado no momento do encaixe para não acabar quebrando.

Pelo menos a experiência de montagem é bem simples, precisando de apenas uma pessoa. E um último aviso sobre esse círculo transparente, é que ele não conta com o LED RGB como nos modelos mais caros da linha.
Sobre os pés, eles são bem finos, o que pode dar uma sensação de desequilíbrio, mas na minha experiência, mesmo o monitor balançando um pouco mais durante a arrumação na mesa, o pé se manteve firme. Sem contar que essa escolha de design deixa o produto com uma cara mais elegante.
Além disso, o que ajuda na sustentação do painel não são apenas os pés, né. O suporte é mais grosso que a base e traz uma robustez maior ao produto.
Ele também conta com o logotipo da linha na parte da frente, e a borracha organizadora de cabos na parte de trás para não deixar os fios aparentes no meio do setup.
O design frontal do monitor, embora deixe claro que se trata de um produto gamer com pontas mais agudas e vários detalhes abaixo da tela, ele consegue ser mais sóbrio do que outro concorrente do mercado como o AOC Hero, já que não tem nenhum elemento colorido ou iluminado para chamar a atenção.

Agora em relação aos ajustes, o Odyssey G3 também não faz feio. Ele te permite ajustar altura, rotação, angulação e pivô, para deixar o monitor na vertical. Esse é um baita ponto positivo.
Para quem gosta de usar mais de uma tela em cima da mesa, esse tanto de opção aumenta as possibilidades. Deixa a arrumação mais ergonômica.
Em relação às conexões, o conjunto do G3 é básico mas honesto. Temos uma entrada HDMI 2.0 que já te permite atingir a taxa máxima de 180 Hz do monitor, um DisplayPort 1.4, plug para fones de ouvido, entrada de energia e mais uma USB para ligar algum acessório.
Por fim, na parte de baixo do monitor está localizado um botão. Como ele não vem com um controle remoto, vai ser por aqui que você vai acessar qualquer tipo de configuração.

Eu não gosto tanto dessa posição, prefiro mais para o lado, mas pelo menos não é tão ruim quanto atrás. A linha M da própria Samsung faz isso, assim como a geração passada desse modelo. O antigo G3 ainda tinha botões separados, e era necessário ficar ali, procurando os botões certos.
Mas pensando em como usar o botão, é clicando nele que você tem as opções de desligar o monitor, ativa o modo de proteção ocular para reduzir a luz azul, mudar a fonte de vídeo entre o HDMI e DisplayPort, ou então acessar o menu.
Tela
Estamos falando de de um painel VA, com resolução Full HD, que atinge 99% do espectro sRGB e 89% do DCI-P3. Em nossos testes o brilho teve um pico de 252 nits com contraste de 3.130:1. E por último, o tempo de resposta é de 1 ms.
São valores muito bons, mas na prática, a imagem tem limitações. É como se fosse aquele aluno nota 7-8. Não é o melhor, mas já é bem satisfatório. Ainda mais se tratando de um produto de entrada.

O que acontece é que as cores são saturadas, e o bom contraste do painel VA aparece. É uma imagem bem viva, certamente melhor que a média. Mas como o painel é um LCD simples, sem aquelas tecnologias mais novas, como o QLED, falta aquela naturalidade que um bom monitor IPS teria.
Fora isso, a taxa de atualização é uma das principais novidades desse modelo de 2024, que agora chega até 180 Hz com suporte ao AMD FreeSync.
Mas é bom lembrar que existem várias versões do produto com nome Odyssey G3. Como eu disse antes, esse modelo é o 2024. Se você procurar no mercado de usados, provavelmente vai encontrar versões de 2 anos atrás, que tem 144 Hz de atualização e 24 polegadas. Esse aqui além da taxa de atualização mais alta, a tela têm 27 polegadas.
Outro aviso importante sobre atualização da tela é que, depois que você tirar da caixa, vale abrir as configuração e certificar de que ele esteja no máximo das taxas de quadros, beleza?
Digo isso porque na minha experiência ele chegou configurado em 60 Hz. E a gente sempre escuta relatos de pessoas que ligaram o produto pela primeira vez e acharam que está com algum defeito, ou que usam daquele jeito mesmo, sem perceber a fluidez menor.

E ainda nos ajustes, o Odyssey trabalha com o básico: temos vários perfis de imagens pré-configurados para diferentes tipos de jogos (FPS, RTS e RPG), além dos perfis “Cinema” e “Pessoal”. Esse último foi o que eu mais usei na real, mas é legal ter outras opções.
Além disso, outro recurso é o HDR10, que deixa mais equilibrada a diferença entre os tons claros e escuros da imagem.
Entretanto, quando ele está ativo, todos os modos de imagem que comentei antes não ficam mais disponíveis. Aí só conseguimos escolher entre “HDR Padrão” ou “Dinâmico”.
Mas nesse caso, vou ser sincero e falar que nem sempre ele é o melhor. Ao mesmo tempo que o HDR deixa as áreas iluminadas mais equilibradas, também tira um pouco da saturação que a imagem do perfil “Pessoal” traz. Logo, vai depender do seu gosto, assim como nos smartphones e TVs da marca.
Alguns, que são como eu, gostam de uma imagem mais viva, principalmente pra jogar. Outros vão ativar o recurso, ter uma imagem mais equilibrada, porém com cores mais sóbrias.

E vale ressaltar que, independentemente do tipo de imagem que você escolhe, a possibilidade do usar o tempo de resposta de 1 ms se mantém.
Eu falo em “possibilidade” porque esse tempo de resposta também tem algumas opções diferentes. São eles: Padrão, Mais rápido, Extreme e Extreme MBR, que é a sigla para Motion Blur Reduction, que reduz o efeito de desfoque de movimento das imagens.
Com o HDR ativado, a única opção que impossível de ser selecionada é a Extreme MBR.
Conclusão
Para saber se o Odyssey G3 pode ser um bom custo-benefício para um segmento específico do mercado, vamos conversar sobre o preço dele.
No momento em que esse review foi escrito, o monitor estava saindo a R$ 1.399 no site da Samsung. Por esse valor, ele ainda está um pouco salgado, já que outros modelos com características semelhantes estão na faixa dos R$ 1.000 a R$ 1.200.
Só que ele lançou a pouco tempo. Todas as marcas, mas principalmente a Samsung, costumam lançar bem acima do valor que ele estabiliza depois de uns meses.
Então minha recomendação é de que você fique de olho, porque com uma redução no preço, passa a ser uma escolha interessante.
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