A Samsung TU8000 é a mais nova TV 4K da linha de entrada da fabricante que tem tido bastante sucesso em sua empreitada para ser a primeira 4K de muita gente. Ela não é mais o modelo mais barato, mas está posicionada no preço onde mais buscamos os televisores e também por substituir uma queridinha que já abordamos por aqui. Nesse review de hoje, a ideia é analisar e comparar com modelos mais antigos ou concorrentes para dizer se ela realmente vale a pena.
Samsung TU8000
- Tamanhos de tela: 50″ 55″ 65″ 75″ 82″
- Resolução 4K (3840 x 2160px)
- Frequência da tela: 60Hz
- Tipo de tela: LCD VA
- HDR10+
- 3 entradas HDMI e 2 entradas USB
- Smart TV com Sistema Tizen
Para começo de conversa, precisamos posicionar a TU8000. Ela veio ocupar o espaço da Samsung RU7100, com características e preço similar, se descontarmos o dólar. O modelo TU7000 então, apesar de manter o 7, desceu uma categoria, perdeu o controle simplificado, algumas entradas, modo jogo avançado e mais alguns detalhes pequenos, que vão torná-la mais barata.
Design e construção
Voltando para TU8000, isso não quer dizer que ela não pegou uma coisinha ou outra do modelo de mesmo nome anterior. Logo que tiramos ela da caixa, já dá para perceber o acabamento traseiro um pouco diferente, mas que segue o mesmo padrão do último ano. A espessura foi reduzida, apesar de ser quase imperceptível, e faz com que a Samsung afirme que é a TV mais fina do segmento.
Podemos ver uma diferença maior nas molduras da TV que receberam uma bela redução e impacta mais na experiência. O tamanho total não baixou muito, já que temos alguns centímetros de bordas pretas no topo e nos lados da imagem, mas eles já são na altura do painel, o que dá um acabamento mais atual e premium para a TU8000.
Outro ponto interessante dessa nova linha são os seus pés. Não só o acabamento está ligeiramente melhor com uma pintura fosca, como é possível acoplá-los apenas com um encaixe, sem precisar de nenhum tipo de chave.
Eles estão mais angulados que no ano anterior, o que promete dar um pouco mais de estabilidade para a TV, coisa que eu não tinha para reclamar nem do modelo anterior. Para fechar, o suporte VESA traseiro recebeu um pouco de reforço para se adaptar ao novo layout. Nada enorme, e como sempre dá pra ficar despreocupado ao colocá-la na parede também.
Foi bem traquilo desembalar ela. Eles deram uma melhorada nos protetores da tela, para que você possa virá-la com o display para baixo em uma superfície e encaixar os pés. Como tem muitas instruções explicando como fazer isso bem, eu imagino que tinha muito modelo quebrado por mal ‘instalação’ anteriormente.
Qualidade da imagem
A Samsung veio com o bendito nome de Crystal UHD para dar uma confundida e os usuários pensarem que existe alguma tecnologia nova no painel, mas o Crystal é o processador atualizado e não o display por si só, que continua o mesmo LED VA que antes, com pequenas alterações perante a RU7100 do ano passado.
No geral, esse é um display que entrega o esperado de uma TV de sua faixa de preço, com um brilho que não melhorou ano a ano e que dificulta o uso em ambientes iluminados.
Tivemos pequenos avanços no contraste, que até trabalha bem com a função de dimming em cenas mais escuras, mas esse painel não é tão uniforme nas bordas, criando uma pequena sensação de vinheta. Se você não tiver como comparar lado a lado, dificilmente perceberá a diferença entre o modelo mais antigo e o mais novo.
Como esse é um painel VA, os ângulos de visão são ruins – não tanto quanto um monitor 4K que tenho da Samsung -, mas ainda sim não permitem que você fique muito angulado para ele sem perder cor e brilho. Basicamente é melhor limitar em até 4 pessoas ao mesmo tempo para não estragar a experiência para ninguém.
O modo ambiente é outra função que desceu de modelos mais caros e deu as caras por aqui. Ele reduz o brilho da tela e mexe um pouco no consumo, para que sua TV possa ficar como um quadro. Como outros modelos baratos da LG andam trazendo isso, apesar de eu não achar prático, vale ficar a par da concorrência.
Um ponto que a linha RU8000 anterior tinha, e que no fim essa daqui acabou copiando da 7100, foi o fato do painel ser de 60Hz, e não 120Hz como os modelos mais caros. Essa é uma TV que no geral tem menos de 10ms de tempo de resposta, um valor até que bom para quem quer usar um videogame.
A TU8000 mantém muito do que já vinha sendo feito anteriormente, mas adiciona um pouquinho de contraste de imagem. Ela é bastante competitiva, mas falta a LG atualizar a linha deles para conseguirmos dar o veredito.
Sistema Smart TV Tizen
A Samsung fez algumas movimentações interessantes em software para se manter na ativa. Primeiro que agora temos a Alexa embutida por aqui para permitir que a gente consiga falar com ela em português, já que nada da Bixby na nossa língua.
O problema é que as funções são bem limitadas e falta processamento para a TV fazer qualquer pesquisa mais complicada em sua base. Para pesquisar um filme, por exemplo, o atraso para mostrar um resultado é grande.
Não ficaria tão animado com a possibilidade da Alexa, já que o sistema de pesquisa da LG com seu WebOS oferecendo o Assistente do Google, costuma ter uma experiência um pouco mais rápida.
Isso no entanto, ajudou a melhorar o controle, que agora não só tem um acabamento um pouco diferente, como já traz um microfone embutido, um botão adicional para o ambient mode, e claro, um atalho adicional para o Globo Play – que é a adaptação local que a empresa sempre deixa disponível.
O microfone serve para você preencher campos de pesquisa também, mas dependendo do que você precisa falar, essa pesquisa pode ficar no limbo entre o português e o inglês.
Além dessas novas funções, o Tizen recebeu um upgrade, que não mudou muita coisa, mas deixou toda a interface na cor azul e com ícones menores, para que você tenha uma visão mais ampla de todos os aplicativos disponíveis.
Um ponto que achei interessante é o fato de ao ligar a TV termos um “Powered by Tizen” na tela, o que pode indicar que outras marcas podem adotar também o sistema em futuros produtos.
Som e conexões
Os 20W RMS que temos por aqui são o padrão para essa faixa de preço, e não só para a Samsung quanto para a LG, eu não percebi diferença ano a ano, ainda achando que faltam graves, até porque mesmo quando a TV está no volume máximo não chega a ser tão alto assim.
Se você é um pouco mais exigente nesse quesito, provavelmente vai querer uma soundbar ou um sistema de home theater para ter uma experiência melhor, ou até mesmo se simplesmente precisar ouvir em um volume mais alto, como pessoas que tem alguma deficiência ou dificuldade auditiva.
Na sua traseira, existem 2 saídas USB e 3 para HDMI. Uma delas é aquela com retorno de áudio para equipamentos de som serem controlados pelo próprio controle da TV, chamada de HDMI ARC.
O que pode ajudar é o fato dessa TV não só ter conexão com redes 5Ghz, que geralmente trarão velocidades melhores e mais estabilidade para conteúdo que precise ser carregado em 4K HDR, assim como traz Bluetooth.
A conexão sem fio pode ser interessante, já que abre a opção de usar essa TV com algum fone Bluetooth que você tenha na sua casa ou até mesmo comprar um dedicado para quando quiser assistir em silêncio. Como sempre, a TV se encarrega de dar uma sincronizada no fone atrasando um pouco a reprodução na tela.
Conclusão
No geral, a TV Samsung TU8000 traz avanços incrementais em acabamento e em funções, com a Alexa e o microfone no controle.
Essas são mudanças que aos poucos vão tornando o modelo de entrada melhor, mas ela ainda tem muito do que a RU7100 do ano passado tinha, então foque em preço quando for comparar esses dois modelos.
Outro detalhe importante é você tentar ver qual é o sistema de Smart TV que prefere, porque temos várias opções no mercado e às vezes isso pode fazer a diferença na hora de ter uma boa experiência com uma TV e conseguir assistir tudo o que você deseja sem qualquer problema.
Jaime diz
A minha, teve o display danificado no 13° mês de uso(entrou em curto)