A SEMP SK8300 é a TV 4K de entrada da marca para o mercado Brasileiro. Com preço competitivo e foco no sistema Android TV, que está cada vez mais escasso por aqui, esse é um modelo com mais cara de SEMP que TCL, ou pelo menos é isso que eles querem passar. Será que esse modelo vale a pena para você ou melhor ficar em uma Samsung ou LG com seus sistemas operacionais próprios?
SEMP SK8300
- Tamanhos de tela: 50″
- Resolução 4K (3840 x 2160px)
- Frequência da tela: 60Hz
- Tipo de tela: LCD LED
- 3 entradas HDMI e 2 entradas USB
- SmartTV com Sistema Android TV
Design e conectividade
Para começo de conversa, o fabricante dessa TV, a SEMP TCL, é, como o nome sugere, a união da conhecida SEMP – empresa brasileira de 1942 que já manja da burocracia brasileira e tinha uma base fabril boa por aqui – com a chinesa TCL, que trouxe tecnologia e conhecimento de uma grande potência mundial no segmento.
Como as duas empresas tem marcas bastante consolidadas, parece que nos últimos semestre decidiram continuar com lançamentos próprios, que, para falar a verdade, geralmente tem mais semelhança do que diferença, e acabam se canibalizando no mercado das econômicas. É melhor que escolham entre dois modelos seus do que de um concorrente. A Samsung já percebeu isso há um bom tempo.
A SK8300, que leva o logo da SEMP, não é exatamente da mesma linha da P8M da TCL, mas tem um preço bastante similar atualmente. É um pouco mais completa que a S6500 que já temos review também aqui no canal. Mesmo assim elas tem características parecidas que valem ser comentadas por aqui para aqueles que querem uma Android TV.
Dito isso, por fora, a SK8300 não inventa muita moda. A parte inferior da moldura é prateada, com o resto em preto, mas fora isso é tudo praticamente igual, com 2 pés em lados opostos e com a moldura relativamente pequena, mas não a menor do segmento.
Todas as conexões ficam na mesma lateral, e por lá você encontra 3 entradas HDMI e 2 portas USB, além da entrada AV, componente, áudio digital e a RJ45, para internet cabeada.
Apesar desse modelo não contar com um modem capaz de se conectar à redes 5GHz, um ponto que considero cada vez mais importante, pelo menos temos uma placa melhor. No ano passado, quando analisamos a S6500, eu tive problemas em fazer streaming 4K mesmo conectado no cabo com uma internet de 300MB, e agora isso parece estar resolvido.
Infelizmente, com o foco maior em redução de custos, mais algumas coisas ficam de fora. Primeiro que não temos passadores de cabos, que ajudam na organização do dia a dia, depois, o HDMI 2.1, necessário para fazer o 8K ou 4K 120Hz fica totalmente de fora.
Qualidade de tela
Ele seria totalmente desnecessário por aqui para falar a verdade, já que essa tela é de 60hz, algo até que comum para faixa de preço, mas que pode ser encarado como um downgrade para quem quer jogar com o PC ou agora com os novos consoles.
Aliás, falando em tela, acho que chegou a hora da gente falar daquele que pra mim é o principal ponto fraco da SK8300: o seu processador. Pois é, nos últimos anos até as TVs precisam de CPU e de memória RAM, mas é por um bom motivo. Basicamente, por mais que hoje já exista muito conteúdo em 4K, ainda existe muito que não é. E muitos lugares onde simplesmente você não tem banda para ver as coisas em 4K.
Aqui no YouTube mesmo, a maioria dos canais ainda sobem os vídeos em Full HD. No Netflix, a assinatura fica mais cara para assistir conteúdo em 4K, e na TV a cabo pode ser ainda pior, onde o plano básico, as vezes ainda está em 720p. Para resumir as TVs modernas utilizam o upscaling para transformar esse conteúdo de menor resolução em algo palatável para o 4K da tela.
O problema todo é que a SK8300 não tem, na minha opinião, um processador forte suficiente para conseguir uma imagem tão boa quanto os concorrentes com o upscaling.
Se você coloca um conteúdo em 4K em várias TVs lado a lado, a SK8300 se sustenta, mas um conteúdo em 1080p se sai melhor em uma TU8000 da Samsung ou uma 7510 da LG do que por aqui. É até complicado diferenciar o 1080p do 4K nesses outros modelos, enquanto que você perde definição nesse modelo. Não é um divisor de águas, mas é perceptível.
Isso pode ser ainda pior se você planeja jogar nela com um console que ainda não alcança a resolução máxima ou ainda num PC mais fraco, que além do jogo ficar pior, a definição da área de trabalho, com as letrinhas pequenas, não fica tão legal.
Se você estiver vendo ou jogando algo em 4K mesmo, eu reitero, a experiência é completamente diferente. A qualidade da imagem é bem boa, com um brilho suficiente pra não incomodar tanto aqui no estúdio, onde bate bastante luz.
O ângulo de visão não é igual de um IPS, mas ganha da Samsung e faz com que a pessoa que está na ponta do sofá ou deitada no chão tenha uma experiência satisfatória. Infelizmente dá para ver alguns vazamentos de luz, o que torna as imagens mais escuras e menos consistentes.
O modo de redução de latência é bem interessante e pode ser considerado um diferencial, já que diminuí a resposta de 120 ms para algo em torno de 15 ms – isso, junto com o HDMI 2.0 torna a experiência para consoles dessa geração algo ótimo.
Considerando então que você não perde nenhuma das funções mais importantes e, na situação ideal, a qualidade de imagem é equivalente a modelos de entrada mais caros, pode ser que o sacrifício do upscalling seja aceitável se você precisa economizar. Mas se você quer uma TV para ter uma imagem melhor, ou estar preparado para a próxima geração, vale a pena investir nos mais caros.
Android TV
O próximo ponto alto é justamente o Android TV. Não é exagero dizer que o sistema salvou o mercado das SmarTVs econômicas das marcas menores, pelo menos no Brasil. Elas utilizavam sistemas estranhos, bem ruins e que deixava o cliente na mão sem qualquer atualização.
A própria TCL utilizava um sistema próprio em alguns modelos do ano passado, que me deixavam com um pé atrás de recomendá-la. Agora, com a solução da Google, você tem um chromecast internalizado, com toda a integração que um chromecast padrão é capaz de lhe oferecer.
A própria configuração inicial pode ser feita pelo celular, e você consegue ainda espelhar diversos conteúdos do seu celular, notebook e até tablet, sem contar a seleção de aplicativos que, por enquanto, é uma das mais completas do mercado.
Como já falei em outros reviews, o Twitch demorou para chegar na LG e ainda não está disponível em TVs da Samsung, mas sempre esteve por aqui. Isso se aplica a outros apps tambémb.
Apesar da SEMP ainda ter colocado um pouco mais de opções do que eu gostaria no controle remoto, temos um microfone que ajuda bastante a preencher campos de texto mais longos e está interligado com o Google Assistente.
O legal do Android TV é isso, estar ligado de forma fácil com os celulares, ter um bom assistente de voz, atualizações constantes, disponibilidade de apps e a facilidade de chegar até para TVs mais baratas.
Mas sempre existe um preço a se pagar ao colocar um sistema mais completo desses em uma TV mais barata e o desempenho do Android TV não está dos melhores por aqui. Não fica tão fluido quanto deveria ser e dá para sentir umas engasgadas na interface.
Não é nada muito sério e geralmente aconteceram enquanto eu estava assistindo algum vídeo no YouTube em 4K, e tentava mexer em alguma opção do próprio aplicativo. Quando o conteúdo era mais leve, o problema era menor, o que para mim mostra que o problema é a falta de processamento mesmo, e não do sistema em si.
Por último, a SK8300 tem um problema bastante clássico das TVs da TCL. Quando você aumenta o volume do 20 para o 30, o som fica bem alto, passando a impressão que a TV consegue ficar bem alta. Só que depois do 40 mais ou menos, o som para de ficar mais alto, como se o volume estivesse configurado numa escala logarítmica.
Apesar disso, o volume máximo dos alto falantes de 8W não são ruins, conseguem alcançar um nível que preenche bem uma sala mediana, mesmo com uma quantidade razoável de barulho, mas não se engane achando que os valores seguem uma escala linear.
Conclusão
A SEMP SK8300 é uma TV no mínimo interessante. Ela tem uma tela com bom brilho, melhores ângulos de visão e com um modo de jogo legal que é ofuscado por um upscalling abaixo da média.
Você também troca um pouco de construção, fluidez de sistema e som para conseguir um produto barato e com um sistema completo como o Android TV, e para quem quer jogar pode ser uma troca bem legal, principalmente se você comprar um sistema de som melhor com o resto do valor que economizou.
Para quem quer ver mais TV mesmo ou conteúdo em 1080p, uma Samsung pode ser uma opção mais interessante por conta do upscalling e som, mas tem brilho menor e piores ângulos de visão. Uma LG terá um som mais fraco também, mas o upscalling melhor. Como sempre, são trocas, e o preço pode ajudar bastante você a escolher entre as três.
Agora vai diz
Que texto ruim. Ais ideias são sofridamente concatenadas, em um momento vai se falar da qualidade da imagem dando a entender que os aspectos da tela serão abordados e do nada se fala da reprodução dos conteúdos comparando com outros modelos, não abordado as especificações nem muito menos funções, isso do que lembro porque quero esquecer que esse texto, sem duvidas foi um dos piores publicados.
Wes diz
Qual as vantagens da p8m?
Guilherme Parreira da Silva diz
Eu tenho essa TV. Ela é muito lenta. leva 30seg para ligar e entrar em aplicativos no geral.