Essa é a LG UT8000 de 43 polegadas, que é a TV 4K mais barata da LG, e agora, com o sistema WebOS atualizado. Não mais você terá que trocar de TV se quiser algum recurso novo. Pelo menos por um tempo. Será, então, que essa é a melhor TV para quem quer economizar?
LG 43UT8000
- Tamanhos de tela: 43″
- Resolução 4K (3840 x 2160px)
- Frequência da tela: 60Hz
- Tipo de tela: LCD IPS
- HDR10
- 3 entradas HDMI e 2 entradas USB
- SmartTV com Sistema WebOS
A LG sempre lança uma TV apenas com a versão de 43 polegadas, e outra para modelos de 50 até mais de 80 polegadas. Ano passado, era a UR7800, de 43 polegadas, e a UR8750 para os maiores. Antes disso, a menor era a UQ7500, e a maior era a UQ8050. Às vezes existem alguns modelos alternativos no meio, mas essas foram as principais versões de cada tamanho.
O detalhe importante aqui é o começo do nome. A TV que só tem a versão de 43 polegadas, costumava ter o número 7, e agora tem o número 8. O problema é que isso pode confundir o pessoal, porque a TV maior da nova geração também se chama UT80. Elas mudam no nome completo, UT8000 e UT8050, mas na caixa, o nome grande, é o mais curto.
Tem que tomar cuidado aí, principalmente se você está pesquisando na internet alguma analise. Aí você vê alguém postando algo da UT8050, de 50 polegadas, e acha que ela é equivalente a UT8000, de 43.
Conectividade e design
Essa aqui é a TV feita para ser mais simples, principalmente na construção, começando pelo controle, que é totalmente diferente. A UT8000 é a única TV 4K da LG que pode vir com o controle simples, ao invés do Smart Magic. Isso se a LG fizer igual a UR7800.
No caso da TV mais antiga, você pode comprar ela hoje com o controle simples, ou pagar 40 reais a mais e levar o Smart Magic. Por enquanto não tem esse “combo” para a UT80 no site oficial, mas inicialmente, o combo não existia para a UR também, então vale ficar de olho nisso.
A diferença entre os controles, além da aparência, é que o Smart Magic tem o ponteiro mágico, uma espécie de mouse para você digitar e escolher algo na tela. Para deixar claro, independente da versão da UT8000 que chegar na sua casa, com ou sem o controle Smart Magic, ela será compatível com ele.
Se você quiser bastante, dá para comprar depois também, que vai funcionar. Aí você terá o microfone, o ponteiro, e o design diferente.
Olhando agora para o controle simples, ele é bem cheio de botões, não segue exatamente um visual moderno, mas é bastante funcional.
Além dos botões auto explicativos, eu gosto bastante que você pode configurar os aplicativos nos numerais. Só segurar, por exemplo, o 1, com o YouTube aberto, que ele forma esse atalho. E depois, sempre que você segurar o 1, você abre o YouTube.
Dá para fazer isso com qualquer aplicativo, do número 1 até o 9. É bem prático e eu sempre uso. Fiquei feliz que, pelo menos por enquanto, os numerais vão continuar aqui nos controles da LG. Para ficar melhor, só se eles carregassem por USB-C também.
Voltando o foco para a TV, em construção ela é basicamente idêntica ao modelo do ano passado. As bordas da tela são bem grandes, indo um pouco na contra mão do que vemos nos outros modelos novos, tanto da LG quanto de outras marcas, que tem corpo e borda mais finos.
Existe a opção aqui de montar ela na parede, com o suporte VESA, ou então a montagem no móvel, mais tradicional, com dois pés paralelos. Eles ficam bem afastados um do outro e são parafusados.
Comparado com seus rivais, a LG não tem diferenciais. Os modelos da TCL possuem bordas menores, e da Samsung, tem a montagem simplificada sem ferramentas.
Eu não diria que essa questão entra como fator de compra, mas é evidente que houve um corte de custos nesse modelo. Principalmente comparado com as próprias LGs de mais polegadas.
Outro fator que não deve te influenciar tanto também, são as entradas dessa TV. Não porque elas não são importantes, é claro que são, mas porque as TVs da categoria estão todas iguais.
A UT8000, assim como a maioria das concorrentes e os modelos do ano passado, possui 3 portas HDMI, todas compatíveis com 4K a 60 Hz. Uma delas funciona como eARC, para passagem de som, e você encontra também duas portas USB, saída digital óptica de áudio, antena, e entrada para o cabo de internet.
Elas ficam bem separadas nessa linha de TVs, o que não é tão comum, mas só seria um problema em tamanhos maiores. Como a UT8000 só existe em 43 polegadas, todas as portas são fáceis de acessar.
A LG ainda manda umas espécies de presilhas na caixa. Para te ajudar na arrumação dos cabos. É um detalhe legal se você ainda conecta muitas coisas na TV, e não tem uma solução a parte.
O design é básico, porém dentro do esperado. Algumas marcas trazem pequenos diferenciais, seja no tamanho da borda, espessura da tela ou na montagem, mas a LG preferiu ir pelo caminho mais simples, seguir com a mesma linguagem de sempre.
Qualidade de som e imagem
A UT8000 até que manda bem no som, pelo menos no contexto que está inserida, com um conjunto padrão de 2 canais, 20 W de potência, que um monte de TV tem. E não é só TV se entrada não. Muita intermediárias são assim também, e tem topo de linha que chega perto.
Mas o detalhe é que a LG, como empresa, sempre priorizou bastante o som, e isso é refletido num software muito bom.
Ele consegue simular um sistema mais completo. Não sei se é tão equivalente a um 9.1.4, igual a LG mostra no site, mas tem uma qualidade legal.
Você vai sentir falta de graves com mais presença, mas os modos cinema e música conseguem deixar o áudio bem encorpado. Não é um som sem graça.
Aqui no EscolhaSegura eu reclamo bastante do som de TVs, que são todos muito simples, só com 2 canais, e que dependem muito de software. Porém isso é um problema para as TVs mais caras. Para essas mais baratas, considerando o valor que você paga, os avanços melhoram muito a experiência sonora.
Passando agora para o tópico de imagem, você pode copiar e colar o que eu falei no software do som, aqui para o software de imagem, que funciona igual. O único problema é que a configuração de fábrica, talvez, não reflita tão bem isso.
No colorímetro, a TV é capaz de reproduzir até 78% do padrão de cinema – que é a gama de cores chamada DCI-P3. O brilho máximo é de 243 nits e o contraste fica um pouco abaixo de 1200:1.
Eles são os valores mais altos que eu consegui, mas deixa eu explicar eles melhor. O valor das cores, de 78% DCI-P3, é bom, pois em gerações passadas, uma TV dessa categoria ficaria ali em 70% ou menos, que é o padrão para uma tela LCD básica.
Com esses 8% a mais, a tela consegue mostrar uma cor mais rica e com mais detalhes. Subir para uma TV mais cara, com painel diferente – por exemplo QLED, seria melhor, mas para uma tela apenas LCD, 78% é um bom número.
Já o brilho é apenas razoável, porque 243 nits não é forte. A UR8750, por exemplo – modelo do ano passado – alcançava em torno de 350 nits. E como eu falei, esse é o melhor valor. Existem modos que esse brilho cai para 180 nits.
O mesmo vale para o contraste 1200:1 está dentro do esperado para um painel IPS. Porém sem as opções que aumentam o contraste, eu cheguei a medir valores bem menores, como 500:1.
“Ah, mas não é só deixar a opção sempre ligada?” Sim, porém não são todos os modos da TV que conseguem ativar o recurso. Por exemplo, com o HDR ativado, pode ser que a TV precise desativar alguns recursos, para conseguir lidar com o fluxo maior de dados.
Modo Gaming também, que tem delay menor, reduz todos esses valores. De cor, contraste e brilho. Ou seja, a imagem da UT8000 é boa, mas ela precisa de recursos de software para conseguir essa qualidade bem agradável. Não é uma capacidade natural do painel.
Os recursos funcionam bem, e isso graças aos avanços do processador da tela. No entanto, ainda é um processador de entrada, e também não dá para ele fazer milagre sozinho. Teremos alguns casos que a imagem pode ficar pior.
E isso é algo para você prestar atenção, principalmente se quiser usar a UT8000 como monitor. Um uso que faz sentido por conta do tamanho dela.
A UT80 funciona bem, tem uma nitidez boa, mas você tem muitas perdas se ativar o modo HDR. Recomendo deixar ele desligado. As cores podem não ficar tão ricas quanto no uso do dia a dia.
Já para outros tipos de conteúdo, minha recomendação de configuração é: ligar o contraste dinâmico (alto ou no médio), e, se possível, ativar também o mapeamento de tom dinâmico. Esse segundo é o mais importante, pois deixa a imagem bem mais interessante.
Em modos de imagem, evite o Vivo e o Padrão. Normalmente é melhor deixar o modo Filmmaker, mas aqui eu também achei legal o especialista claro. Muita gente acha o Filmmaker muito apagado e muito quente, aí acredito que o especialista possa agradar mais.
Para PC ou dispositivos HDMI esse especialista funciona bem também, caso você não precise do delay baixo do modo de jogos.
Ainda no assunto imagem, eu comentei já que a TV tem HDR, que é o HDR10. Mas, estranhamente, ela não tem Dolby Vision. A LG sempre se orgulha de ter o formato nas suas TVs mais avançadas, mas ela nunca trouxe para as TVs mais simples. Algo que sua atual grande rival TCL oferece.
Por um lado, o Dolby Vision é um formato de imagem realmente avançado. É um salto grande no fluxo de dados, com muito detalhe, trazendo coisas que essas TVs de entrada nem conseguem exibir direito.
Mas, apesar de nunca conseguir alcançar o que uma OLED consegue. Mesmo uma TV LCD simples, tem um resultado um pouco melhor com o Dolby Vision, comparado com o HDR padrão.
Talvez a LG ainda não veja como um gasto necessário, ou talvez ela queira baratear e oferecer um produto mais em conta que as outras marcas. Mas seja qual for o caso, ela vai ficar para trás nos conteúdos compatíveis com Dolby Vision, como filmes e séries novos do Max e Prime Video.
Sistema Smart TV
As novas TVs da LG, a partir de agora vão receber 5 versões do WebOS, 4 além da que vem instalada de fábrica, atualizando todo ano. Para a UT8000, serão as versões WebOS 24, 25, 26, 27 e 28. Qualquer mudança, melhoria, ou piora, que eles trouxerem, a UT8000 também terá.
É um pouco diferente do que acontece hoje, onde, de vez em quando, alguns modelos recebem uma interface com cara nova, mas não é uma atualização profunda. Muda o visual, uma ou outra coisa, mas nada muito grande – e sem nenhuma certeza que chegará.
É algo bem legal, que eu queria há anos, e finalmente chegou. Espero que estimulem outras marcas a fazerem igual.
Sobre o WebOS24. Ele não é tão diferente do 23, o que não é problema. A grande atualização veio de 22 para 23, e agora, do 23 para o 24, só tivemos alguns pequenos detalhes novos.
O que eu realmente gosto dele, é algo que já tinha antes e que não mudou, o menu rápido. Essa tela é muito útil e totalmente customizável. Te permite vários ajustes, e a resposta é mais rápida também. Isso é algo que o Tizen da Samsung, e principalmente, Google TV, precisam muito melhorar.
A parte da tela inicial do WebOS, continua sendo a mais simples dessas três, mas você ganha customização também, principalmente para retirar anúncios.
A outra vantagem do WebOS, são as configurações mais profundas, onde eu sempre tenho mais facilidade de encontrar o que eu quero. Também é algo que a LG está na frente do Tizen e do Google TV.
Como possível desvantagem, o WebOS está menos fluido do que já foi. Isso é algo que anda assombrando todos os modelos simples, independente da marca, porque elas querem sistemas mais bonitos, mais cheios de recurso, e tudo isso deixa o sistema mais pesado e mais lento.
Por enquanto, não é um problema. Funciona ainda, mas de vez em quando você repara uns engasgos. A questão é ver se daqui 3 ou 4 atualizações, ela continua assim. Por hora, vamos ficar confiantes de que vai dar certo, para todo mundo começar a atualizar.
Conclusão
A UT8000 é uma TV com potencial. Com a tela de apenas 43 polegadas, ela é uma candidata forte para melhor TV pequena, principalmente se o preço cair para menos de R$ 1.900. É o caso da UR7800, que veio antes dessa, mas temos que ver se a UT cai de preço rápido.
Em setembro do ano passado, você já encontrava a UR7800 em ótimas promoções, mas como esse modelo demorou um pouco para chegar no mercado, não é certeza que ela fique super em conta logo para Black Friday, por exemplo.
Deixe um comentário