O Sony WH-1000X M3 é o último e mais “potente” fone de ouvido com cancelamento de ruídos da marca. Lançado pouco tempo depois do WH-1000XM2, esse é provavelmente um dos modelos mais completos da categoria. O problema é que isso vem junto de um preço mais elevado, mas será que vale a pena pagar caro nesse caso?
O mercado de fones de ouvido com redução de ruído cresceu bastante nos últimos anos, mas os modelos que estão no topo da cadeia alimentar continuam não só os mesmos como evoluindo. A terceira versão do WH-1000X veio incrementar e atualizar alguns pontos da versão M2 do ano passado, com melhorias pequenas mas significativas.
Ele está mais leve, reduzindo de 275g para 250g, acrescentando o padrão USB-C, e claro, implementando uma melhoria do processador responsável pelo sistema de cancelamento de ruído. A Sony afirma que ele é até quatro vezes mais efetivo na sua faixa de trabalho. Basicamente melhoraram o que já estava bom e modernizaram o equipamento pra não faltar nada.
Contrução e qualidade de áudio
Na minha opinião, a qualidade de construção é muito importante. Ele não parece ser um fone que vai quebrar logo depois de um ano de uso, e nem deveria ser pelo preço que se paga. Até os pontos mais sensíveis, como as dobradiças utilizadas para guardá-lo são firmes e bem estruturadas.
Agora, vamos falar de qualidade de áudio, que é boa demais. O M3 trabalha nas frequências usuais de 4 a 40 mil hertz e sua sensibilidade chega até 104,5 dB com o fone ligado e conectado por cabo p2. Ela desce um pouco no bluetooth ou desligado – só no modo analógico.
A principal função desse fone é sua capacidade de cancelamento de ruídos, essa tecnologia vem se aprimorando com o tempo e a Sony traz uma das melhores soluções nesse campo. Disso eu não tenho o que reclamar, até mesmo no metrô eu não ouvia nada.
Aliás, eu nem recomendaria usar na rua para não ficar alheio ao mundo. O único problema foi que às vezes eu senti um incômodo causado pela pressão interna do fone, mas parece ser questão de costume. Nem todos aqui no estúdio tiveram esse problema.
Usabilidade e funções
Em questão de usabilidade, você pode colocar a mão no lado direito para ligar o modo “som ambiente” que amplifica os sons externos e diminui o volume da mídia que estiver tocando no momento. Esse é um dos diferenciais dessa linha da empresa e é pensado para aqueles momentos que você precisa bater um papo rápido e já vai voltar para o som.
Para aumentar ou diminuir o volume você pode fazer movimentos com o indicador na vertical, pular músicas passando o dedo na horizontal, e também um duplo clique para pausar a música ou atender uma ligação no celular.
Além disso, os fones da marca tem um app próprio que permite um ajuste fino do noise cancelling e configurar os modos de funcionamento. Na configuração automática do noise cancelling, o app tenta reconhecer se você está andando ou parado, qual é a pressão atmosférica e mais uns dados, aplicando os presets corretos para você não precisar se preocupar com isso, uma função bem interessante.
Está presente também um equalizador próprio que também permite adicionar alguns efeitos “3D” para o som. Isso é importante para ter uma diversidade melhor no som e principalmente porque o principal concorrente deste fone não te dá tanta liberdade assim para mexer nesse quesito. Eu consegui alguns resultados legais adicionando um pouco mais de médio, que é o jeito que eu curto.
Adorei o fato de que quando conectado com o seu celular é possível acessar o Assistente do Google, coisa que ando fazendo cada vez mais, no geral.
Como esse é um modelo voltado para quem viaja e se incomoda com o barulho do avião, na caixa você encontra um cabo USB-C, adaptador de tomada de avião e o cabo auxiliar p2. Você até consegue usar o fone enquanto ele está carregando pelo cabo p2, mas ele desliga o cancelamento de ruído e o bluetooth, então o ideal seria deixá-lo carregando antes de você precisar dele.
Aproveitando o tema, o carregamento até que é rápido. Em 3 horas no carregador ele fica disponível para até 30 horas de uso, dependendo da intensidade e do número de funções que você deixar habilitado. Esse é um tempo bom de uso, mas saindo de modelos com mais bateria eu senti um pouco de falta de precisar carregar menos. O interessante é que ele vai te avisando a porcentagem. Isso é bem legal.
Conclusão
Esse é um dos melhores fones e um dos melhores fones com redução de ruído. Ponto. Ele deve chegar perto da casa dos R$1.600,00, e olha, por esse preço tem de ser bom mesmo.
Eu realmente acho que não tem muito o que reclamar dele. a bateria poderia ser um pouco maior e eu me incomodei um pouco com a pressão, mas outros não. A questão é que só pelo som você acha outros modelos de boa qualidade bem mais baratos, mas para ter o ANC não tem jeito. É ele ou o Bose, que também sai caro.
Leandro Martins Alves diz
Vocês chegaram a avaliar o microfone dele também? A pessoa do outro lado ouve bem mesmo em um ambiente meio barulhento?
Eu tenho um VX Case que tem um som otimo, mas as pessoas que falam comigo ao telefone ouvem mais o ambiente à minha volta do que minha voz….
Bruno diz
Leandro, no vídeo abaixo o cara faz um teste e compara o Sony WH-1000xm3 com o Bose QC35 II. Dá pra vc notar que o foco de ambos não é na qualidade do microfone pois ambos são bem fracos nesse quesito. Porém, o Sony é um pouco melhor (o Bose é péssimo):
https://www.youtube.com/watch?v=Chvcxg4wRDE
Thiago diz
Cara, levando em conta só o som, que modelos mais baratos você recomenda?