Se o som da sua TV não é o suficiente pra você, a LG SHN5 é uma soundbar daquelas bem completas, que chegam perto de um home theater e que podem incrementar a sua sala pra ela quase virar um cinema. Com 600W, capacidade de funcionar totalmente sem fio e alguns detalhes interessantes, essa é a soundbar que aterroriza os vizinhos do prédio. Nesse review a gente conta se realmente vale a pena.
LG Sound Bar SNH5
- 600 W RMS em 4.1 canais
- Soundbar: 9,89 x 9,60 x 125 cm
- Subwoofer: 38,6 x 19,0 x 13,7 cm
- Conexões: 1 USB, 1 saída HDMI ARC, 1 entrada HDMI e 1 ótica
- Bluetooth 4.0
- DTS Virtual:X e AI Sound Pro
Uma das primeiras coisas que chamaram a atenção quando a caixa da LG chegou foi o seu tamanho. A soundbar tem uma largura bem grande e que ultrapassa o tamanho de uma TV de 43 polegadas. A caixa pesa 15kg no total, com a barra sozinha contribuindo para quase 7kg, e o subwoofer 5kg.
Apesar de exigir alguma força no braço, instalar é bem fácil. A SNH5 foi feita pra ficar em cima de um rack e até por isso tem um peso acima da média, e não vem com um gancho para ser pendurada na parede. Se você quiser, vai ter de fazer alguma prateleira ou instalação diferente pra usá-la na parede.
Conectividade
O lado bom é que apenas três cabos já resolvem toda a instalação e você nem precisa usar todos eles. O óptico serve para se comunicar com a TV e é bom se você precisar usar todas as entradas HDMI para outros aparelhos. Mas se você conectar a TV na SHN5 com o HDMI ARC, conseguirá controlar o volume da soundbar junto com o controle da TV, que é algo bem mais cômodo. Para fechar, o cabo de energia vai na tomada e pronto.
Aliás, esse na verdade é o único cabo realmente necessário, já que a soundbar também é capaz de se conectar via Bluetooth 4.0 com qualquer televisor. Para quem tem um display LG, o TV Sound Sync facilita ainda mais a conexão sem fio, utilizando também inteligência artificial para otimizar o processo.
Tudo isso mostra uma tendência muito clara das empresas focarem na facilidade de instalação nos últimos tempos. Nada mais de um monte de caixinha espalhada pela sua sala, cabo passando da frente pra trás do sofá e aquela sensação de que está tudo desarrumado.
Ainda tem home theater da LG no mercado. O LHD625 é até mais barato que a SHN5, por exemplo, mas eu acho muito mais prático não precisar ter um monte de conexões. E a única diferença é o incremento de um som 4.1 para 5.1 – uma vantagem que se aplica mais pra quem é muito fanático.
Design e construção
Na construção, ela é bem sóbria e tem aquela cara de produto premium, sabe? Ponto pra LG. O design é reto, com curvas bem leves, e o acabamento é feito todo em plástico fosco, com os quatro botões sinalizados em branco, de forma discreta, mas com sensação de touchscreen.
O subwoofer é uma caixona, simples assim. Aqui o acabamento é feito em madeira preta e fosca, só que mais resistente, porque a LG sabe que você vai acabar colocando no chão. Dava para ter um cabo maior ligando os dois equipamentos, para ter uma sensação de imersão maior, por exemplo, colocando a soundbar e o acessório em lados opostos, mas só se você comprar um cabo maior por fora. A notícia boa é que o som fica muito bom mesmo assim.
A SNH5 é grandona, com 1,25m de comprimento, e ela precisa desse tamanhão todo para abrigar os quatro alto-falantes. Cada dupla faz uma função bem específica: dois deles mandam o som de forma direta e outros dois trabalham para simular um áudio 360º, mais envolvente.
Tecnologia
Esse recurso é combinado via software, com a tecnologia DTS Virtual X. A ideia aqui, apesar desse nome bonito, é basicamente emular, apesar das limitações que o formato de soundbar possui, a experiência do home teather com várias caixas espalhadas pela sala. O som de 4.1 canais é exatamente a soma entre os quatro falantes e o woofer, sem o falante central que geralmente está presente em home theaters 5.1.
Outro recurso que eu gosto bastante aqui é o AI Sound Pro, que usa inteligência artificial para entender o que a TV está reproduzindo e faz um preset específico – assim você não precisa mudar a equalização quando sai de um show para um filme, um vídeo no YouTube ou uma série.
Isso, como a gente já comentou funciona ainda melhor com TVs da LG, mas facilita muito a vida para qualquer outra TV. Se você preferir um ajuste único, é só escolher nas opções e deixar ele travado.
Qualidade de som
Essas funções me deram mais conforto para aproveitar a potência da SNH5. São até 600W que produzem um som bem alto e encorpado, e eu achei legal que ela não distorce em volume máximo.
O subwoofer trabalha para dar um grave tão forte que até a minha cachorrinha se assustou. Eu moro num apartamento de 60m² com outros três no mesmo andar, e a minha sala não é tão grande assim. Por isso, 50% do volume é mais que o suficiente para ser ouvido do hall de entrada e até mesmo uns dois andares abaixo no elevador.
No dia a dia do uso, eu tentei usar a soundbar pareada no Bluetooth da TV e o som é ótimo, mas senti os graves do subwoofer um pouco mais tímidos do que no uso comum, e também tem o problema que toda conexão desse tipo, por melhor que seja, sempre tem algum atraso – que fica um pouco mais acentuada em jogos ou em sinal de TV.
Quando falamos de aplicações direto na TV, ela geralmente já gerencia esse problema atrasando o vídeo, mas com conteúdo ao vivo, TV a cabo e afins, esse gerenciamento é complicado e mesmo assistindo YouTube eu sempre sentia um pouco.
Por isso acabei optando pela conexão com cabo óptico, e a experiência foi ótima. Eu não precisava usar o controle remoto para ligar a SHN5, já que ela inicia assim que você começa a usar a TV, e ela já fica configurada para a conexão que você escolheu da última vez, e você pode simplesmente esquecer dos botões de volume da TV, já que todo o som fica por conta do eletrônico da LG. Além disso, deixei espaço para outros equipamentos no HDMI.
Isso fez diferença porque o modelo de televisor que eu tenho em casa é um 4K de entrada da TCL que, apesar de ter recursos legais, não tem um som tão premium. Para esse cenário, o salto de desempenho foi enorme. Entregando um áudio muito mais imersivo.
Deu para perceber essa imersão em filmes de ação, em que a trilha sonora fica equilibrada e bem perceptível sem abafar as falas, que são mais importantes naquele momento.
Na música, o equilíbrio tonal é exatamente o esperado para um equipamento da sua faixa de preço, e aí a tecnologia com 4.1 canais mostra o ganho quando comparada a modelos mais baratos, que optam pelo 2.0 ou 2.1, que acabam sacrificando os médios em troca dos graves parrudos e os agudos mais presentes.
Conclusão
Quando vale a pena apostar numa soundbar tão parruda? Pelo que eu pesquisei, o menor preço que a gente achou para a SNH5 foi de R$ 1600, que não é tão distante de um televisor 4K de entrada, por exemplo.
Se você pegar uma TU8000 da samsung por 2500, dá pra subir para uma Q70T por mais 1500. O mesmo vale pra LG – sair de uma UN7500 para uma Nano 86 é possível com esse valor adicional.
Então se você preza mais por imagem e funções, um upgrade da TV pode funcionar, principalmente porque vem com avanços também no som. Mas a única TV que realmente tem um baita som legal que não precisa ser substituído é a Q80T, que sai 5 mil reais no modelo de 55 polegadas.
Então se você estava pensando em gastar 3.500 ou 4.000 reais, recomendo o upgrade para a Q80T. Para todos os modelos mais baratos, acho que sim, faz sentido incrementar o som, principalmente se você valoriza bastante um som de qualidade.
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