O Windows 11 é oficial! Depois de anunciar o novo sistema em Julho, agora os computadores estão começando a receber a atualização gratuita para a nova versão do sistema operacional. A gente testou o Windows 11 em alguns computadores diferentes e vamos passar pelas principais funções e te dizer se vale a pena atualizar ou não o seu computador.
Compatibilidade
Nesse primeiro momento, a Microsoft está atualizando o Windows 11 aos poucos e a ideia é que todos os aparelhos que cumprem os pré-requisitos recebam o update até meados de 2022.
E antes de mais nada deixa eu te passar essas exigências pra poder baixar o novo software: um processador dual-core de 1 GHz, 4 GB de memória RAM, mínimo de 64 GB de armazenamento interno e compatibilidade com o TPM 2.0.
Mas o que é esse TPM 2.0? É a sigla para Trusted Platfrom Mode, uma peça de hardware que gerencia a comunicação com software de forma confiável. No entanto, o resto deve ter dado a impressão de que qualquer computador até que mediano consegue ter Windows 11, não é mesmo? Só que não é bem assim.
Algumas máquinas não tão antigas ainda não estão elegíveis, e se você quer saber quais modelos vão receber o update, baixa o PC Health Check, da Microsoft.
Se a sua máquina já é compatível, o processo é simples. É só baixar a ISO do Windows 11 no próprio site da Microsoft e o assistente de instalação trabalha de forma automática. Aliás, por falar em instalação, o visual do Windows 11 é mais amigável e as informações não ficam tão apertadas como era antes nas caixas de texto.
A Cortana era o elemento central desse processo, mas a assistente virtual da Microsoft é a maior ausência desse Windows 11, tanto que ela nem vem ativada por padrão. Dá pra acionar, mas dá um trabalho.
Aliás, essa ausência da Cortana é um sinal claro de que a Microsoft não pretende seguir na disputa por assistentes de voz, deixando o caminho mais aberto para Google, Apple e Amazon.
Configuração inicial e mudanças
A primeira visão quando a gente abre a tela inicial do Windows é a barra de tarefas centralizada, e essa talvez seja a mais impactante de todo o sistema.
E como esse impacto pode ser estranho pra algumas pessoas, quem preferir o design das versões anteriores consegue voltar para o alinhamento à esquerda clicando com o botão direito sobre a barra. A Microsoft disse que a intenção do novo sistema operacional era colocar o usuário no centro do processo, mas o que tá no centro mesmo é a barra de tarefas.
A outra grande mudança está no menu iniciar. Lembra daquela barra lateral de programas em ordem alfabética e daqueles ícones quadrados ao lado? Então, mudou tudo. No topo fica o campo de pesquisa, depois um campo com alguns programas escolhidos pela Microsoft, mas se eles não forem o suficiente, é só clicar em “Todos os Programas” e pronto, está tudo lá.
A novidade aqui fica por conta da aba “Recomendações”, que reúne os últimos aplicativos usados ou arquivos abertos, deixando mais fácil continuar uma tarefa de onde parou. E lá no fim ficam as opções de conta e o menu de desligar.
Já o menu de contexto, aquele que abre ao clicar com o botão direito do mouse sobre um arquivo, foi um dos mais redesenhados na atualização do sistema. Ficou bem melhor que as versões anteriores do Windows, com aquele monte de opções em texto na caixa cinza. Os comandos de recortar, copiar, colar, renomear, compartilhar e excluir ficam sempre perto do cursor do mouse e são representados por ícones.
Outra coisa que mudou bastante foi a zona de ações rápidas, que fica no canto direito inferior da barra de tarefas, e está bem parecida com o painel de controle do Android ou mesmo do iOS.
Através dela, é possível controlar o som , sinal de vídeo ou áudio que estiver sendo reproduzido, intensidade de brilho e volume do sistema, além de acessar as opções de conectividade, como Bluetooth, Wi-Fi, modo avião, assistente de foco, acessibilidade e gerenciar o modo de economia de bateria.
Pra quem tem notebooks com tela sensível ao toque ficou mais fácil de acessar. Agora, é só clicar em um dos três ícones representativos – Wi-Fi, som e bateria – que você tem acesso à todas as ações rápidas.
A Microsoft aprimorou o painel de calendário e notificações, que é acessado quando você clica sobre data e hora, e agora também tem um ícone no menu iniciar que dá acesso direto aos wigdets, que lembra bastante o feed do Google Discover, ou a própria página de widgets do iOS 15.
Até então, eles não tinham um espaço próprio no sistema, e essa versão buscou organizar essas informações de uma forma fácil de personalizar de acordo com os interesses dos usuários.
Usabilidade e integração
Olhando essas mudanças iniciais, dá pra perceber que a principal característica do Windows 11 é aproximar usuários da experiência de uso de smartphones, diminuindo o fosso que sempre separou os sistemas pra celular e computador.
Há um motivo para isso, já que dessa forma o Windows absorve melhor pessoas que tiveram o primeiro contato com tecnologia no celular, diferente de outras gerações, que migrou do computador para o smartphone.
E claro que as mudanças visuais propostas no Windows 11 não ficam apenas no menu inicial. O redesenho dos ícones e a proposta de uma navegação com menos texto passa pelo “Explorador de Arquivos” e pela loja da Microsoft, por exemplo.
No caso do “Explorador”, houve uma grande redução na quantidade de opções visíveis no menu superior. O espaçamento entre as linhas parece maior, e dá para ver uma renovação nos ícones também, mas nada que mude o comportamento do programa.
Já a loja oficial de aplicativos do Windows passou por uma mudança leve de layout, mas ainda tem bastante problemas de curadoria que acabam misturando aplicativos úteis com outros pagos que não têm grande usabilidade, como um guia para o Firefox, que custa R$22,45 e está disponível na loja, quando o navegador em si não está por lá.
Ainda na loja tem uma notícia boa e uma ruim. A Microsoft promete trazer aplicativos do Android para o Windows, aproximando ainda mais os mundos dos desktops e notebooks do celular, mas esse recurso ainda não está liberado. E quando for, vai ter um problema.
Como o Android pertence ao Google, os aplicativos estarão disponíveis para download na Amazon App Store, e quem não assina a Amazon vai precisar de mais uma conta e ceder seus dados a mais uma empresa.
Interface antiga e Teams
E é no novo painel de controle que a gente vê um dos principais problemas dessa atualização para o Windows 11. Quando você abre as configurações do sistema dá pra perceber o esforço pra que essa experiência fosse também parecida com a do celular, mas algumas funções não estão ali, aí o “velho” painel de controle entra em jogo, só que ele ainda não recebeu as mudanças gráficas da nova interface, tanto que a função “Programas”, para desinstalar ou reparar um aplicativo, ainda tem um CD representando.
Para quem precisa de mais produtividade, a Microsoft ajudou a vida de quem usa mais de uma aplicação ao mesmo tempo. Se antes você precisava utilizar atalhos do sistema, agora é só passar o mouse no comando maximizar e o próprio Windows se encarrega de sugerir um espaço.
Só que esse comando não funciona bem com mensageiros, por exemplo. E outro ponto do sistema que ainda carece de melhorias é o modo escuro. Várias aplicações do próprio Windows, como o Paint, ainda não possuem suporte a essa opção.
Ainda no tema produtividade, a Microsoft remodelou o recurso de desktops virtuais, que permite ter áreas de trabalho distintas para diferentes perfis de uso.
Logo depois do menu iniciar e da pesquisa, um ícone com janelas sobrepostas aparece e basta passar o mouse sobre ele e já aparecem as opções de área de trabalho, com a possibilidade de criar uma terceira. Com a interface visualmente mais atraente, a utilização de diferentes áreas de trabalho fica mais fácil.
Ainda no objetivo de atualizar a experiência e deixar tudo mais próximo do uso nos smartphones, o Windows 11 empoderou o Microsoft Teams, e esse talvez seja o maior legado dos tempos que vivemos, fazendo muito mais chamadas de vídeo do que antes, e elas também deixaram de ser apenas profissionais pra serem algo do nosso cotidiano.
Por isso, o acesso ao aplicativo foi muito facilitado. Um ícone na barra de tarefas dá acesso rápido ao Teams, que abre como uma pequena barra e mostra, no topo, os contatos favoritos e, acima deles, dois botões de ação – reunir-se e chat – diminuem a quantidade de cliques para começar uma conversa.
Se precisar pesquisar por outros contatos, é só utilizar a barra de rolagem. Se for a necessidade, você tem acesso ao abrir o aplicativo em tela cheia com todas as opções na parte de baixo da aplicação. Mas para que o Teams vire mesmo um aplicativo de vídeo chamadas do dia a dia, algumas ferramentas da versão corporativa precisam migrar para a pessoal.
Conclusão
Passamos por bastante coisa e eu ainda não respondi a pergunta: está na hora de atualizar meu computador para o Windows 11? Bom, depende.
Porque, na prática, Windows 11 lapidou algumas melhorias visuais no sistema já trazidas pelo Windows 10 e buscou diminuir o abismo entre a experiência Android e a oferecida nos computadores.
A ideia é deixar o sistema atrativo e sem dificuldades de adaptação para quem usa mais o celular do que o computador, só que essas melhorias não significaram ganhos reais de performance, porque testes de benchmark rodando as duas versões do Windows mostram um empate técnico entre eles.
Claro que conta muito a configuração dos computadores mas, na prática, os resultados mostram que quem atualizar seu computador ou notebook não terá na versão do Windows um diferencial que garanta melhor desempenho em jogos ou no uso geral do sistema.
Ou seja, sem o marketing envolvido, dava para chamar de Windows 10s, vai. O momento ideal pra atualizar é quando chegar o suporte aos apps de Android e ao DirectStorage – API da família DirectX que leva a um carregamento mais rápido de jogos graças a uma leitura veloz de dados –, o que ainda não chegou.
As mudanças promovidas pelo 11 são mais visuais e, como a atualização é gratuita, não há nenhum motivo para não atualizar, contudo, se a sua máquina não cumpre os requisitos pedidos pela Microsoft, também não há motivos para correr atrás de um novo equipamento, já que a Microsoft oferecerá suporte ao Windows 10 até 2025.
JOSE MAURICIO MARTINS SARAMAGO diz
Não consegui ler até que data o windows 10 pode continuar no computador?
Leo diz
“contudo, se a sua máquina não cumpre os requisitos pedidos pela Microsoft, também não há motivos para correr atrás de um novo equipamento, já que a Microsoft oferecerá suporte ao Windows 10 até 2025.”
Elisabeth diz
Esta muito lento
Gilmar diz
Essa lentidão Elisabeth, pode acontecer se vc estiver usando o navegador Google Chrome.
Recomendo usar somente o próprio navegador da Microsoft Edge.
Vc vai ver a grande diferença
Ricardo augusto diz
👍✌