A Xiaomi Mi Band 5 é a nova versão dessa que provavelmente é a smartband mais popular no Brasil. Como sempre, ocorreram evoluções de uma versão para outra, mas será que essas novidades são suficientes para que você acabe gastando mais com a quinta versão desse gadget? Esse é o assunto desse review.
Xiaomi Mi Band 5
- Tela AMOLED de 1,1″ (126 x 294px)
- Bluetooth 5.0 e frequência cardíaca
- 5 ATM (resistência à água)
- Bateria de 125 mAh
- Compatível com Android e iOS
Tela e bateria
Como já comentei na nossa introdução, até por serem equipamento baratos, focados em custo beneficio, as Mi Bands dão passos curtos de geração em geração, mas agora, no quinto modelo, ela conseguiu acumular uma quantidade legal de funcionalidades, que a tornam bem mais do que um simplesmente contador de passos com um relógio digital.
Para começar, quando a comparamos com a Mi Band 4, parece que não houve nenhuma mudança externa, mas uma pequena parte da borda preta se transformou em área útil, aumentando a tela de 0,95 para 1,1 polegadas. A resolução acompanhou o incremento, porém houve uma estranha diminuição na profundidade de cor, ou seja, a quantidade de bits utilizados para formar uma cor, que foi de 24 para 16 bits.
Para ser bem honesto, parece que uma mudança meio que compensou a outra, e mesmo uma do lado da outra, é dificil apontar alguma diferença na qualidade mesmo. O que pega mesmo é o tamanho novo, que dá mais espaço para os widgets, e te permite utilizar alguns papéis de parede mais complexos, pois os detalhes não vão ficar tão pequenos, o que é sempre legal.
Outra mudança mais fácil de perceber é no brilho, que passou a alcançar 450 nits. Não é nada que, sozinho, justificaria um aumento no preço, mas quem tem ou teve uma Mi Band 3, deve se lembrar de como o baixo brilho era um problema grave por lá, então é bom saber que isso é algo que ficou no passado. A Mi Band 4 já tinha resolvido isso, mas agora não há duvida que você vai conseguir ler a tela, mesmo debaixo do sol forte.
Ainda comparando as duas últimas versões, a bateria da Mi Band 5 diminui no valor nominal, caindo de 135 para 125 mAh, porém, no consumo, a Mi Band 4 tinha algumas falhas, que foram meio que resolvidas por aqui, chegando de forma mais fácil nos 14 dias de uso. Vale lembrar que se você utiliza bastante algum dos modos de exercício, esse tempo cai, e muito, te levando a carregar a smartband praticamente todos os dias.
Felizmente, carregar a Mi Band se transformou em um processo milhões de vezes mais simples, pois você não precisa mais tirá-la da capinha para encaixar o carregador. Agora é tudo feito pela traseira, com um conector magnético, e igualmente rápido, e menos de duas horas para uma carga completa.
O conector ainda é proprietário, então se perder, pode ser difícil de encontrar um substituto, mas só de você não ter que ficar desmontando ele toda vez que vai carregar, já facilita muito a sua vida, e eu tenho certeza que apenas essa mudança será suficiente para fazer com que algumas pessoas queiram atualizar de Mi Band, já que o processo chato é uma das reclamações mais comuns que eu vejo por aí.
Funcionalidades
O resto das melhorias foram todas no campo das funcionalidades, mas só para deixar avisado, a Mi Band 5 continua sem GPS, então você vai depender do celular para rastrear o caminho que você fez durante uma corrida, e a versão global novamente não recebeu o NFC, usado na China para pagamentos por aproximação, por exemplo.
Essa forma de pagamento tem ganhado mais espaço aqui na capital, mas a Xiaomi ainda não vê alguma grande justificativa para trazê-la para o mercado mundial.
Pensando agora nas funções novas, você pode separá-las em 3 categorias, as funções de rastreio de exercícios, saúde, e assistência pessoal.
No campo da saúde, a Mi Band 5 continua calculando a quantidade de passos dados durante o dia, analisa a qualidade do seu sono, e lê seus batimentos cardíacos. A novidade é que esse leitor está melhorado, e lê essa informação de forma mais certeira.
Comparando o valor dado com um oxímetro de verdade, os dois não davam resultados iguais, mas estavam bastante próximos, então me parece que houve realmente uma melhoria, o que é bem importante para um aparelho que se propõe a tal atividade. No entanto, eu ainda não confiaria cegamente nele, e não recomendaria para uma pessoa que tem um problema cardíaco real.
Além disso, a leitura mais consistente também serve para analisar o seu nível de estresse. Ele tem uma certa teoria por trás, e pode ser interessante comparar a longo prazo, mas também é um valor de referência, mais do que uma leitura médica real.
Passando para o campo de exercício, que tecnicamente também é o campo de saúde, mas de uma forma mais ativa, a Mi Band 5 subiu de 6 para 11 modos de leitura, incluindo agora yoga, remo, pular corda e separando algumas atividades em mais categorias.
Eles funcionam todos de forma parecida, você o liga, a Mi Band repara que você está fazendo a atividade, dai ela conta o tempo, registra seus batimentos cardíacos, e te dá uma estimativa de calorias gastas durante o exercício.
Depois você pode fazer o upload dessas informações para o app Mi Fit, e de lá, você pode acompanhar a sua evolução, ou até mesmo usar o novo “Indicador de Atividade Fisiológica” apelidado de PAI, que basicamente gamifica todo o processo, e te dá uma nota no final do dia.
E finalmente, no campo de assistente pessoal, ou seja, como atalho para o seu smartphone, a Mi Band recebe notificações, chamadas de telefone, configura alarmes e muito mais.
Gosto bastante do controle de música e das previsões de tempo, e uso mais do que eu gostaria o localizador de celular, mas a grande novidade por aqui é o controle da câmera. Você precisa abrir o app antes, diminuindo a chance de acabar tirando uma foto sem querer, e o botão na pulseira basicamente simula o clique normal do celular, garantindo assim que ele funcione em qualquer modo, até para iniciar uma gravação.
Você pode, então, só deixar o celular montado em algum lugar, dai em vez de usar o timer e sair correndo, você configura tudo antes, vai calmamente para a posição e faz a pose, facilitando bastante o uso da câmera em varias situações.
Conclusão
A evolução continua devagar, mas constante. A Mi Band 5, é mais clara, tem mais bateria, com tela maior, adiciona algumas funções, mas também custa mais no bolso, saindo atualmente por 230 reais importada mais frete.
Como o quinto modelo só melhora e facilita o que já vinha sendo feito, se você precisar economizar pelo menos uns 50 reais, 60 reais, a quarta geração pode ser uma opção, ou até mesmo a terceira geração, já que o básico todas fazem.
Mas se puder colocar um pouquinho mais, eu particularmente acho que vale a pena o investimento maior na quinta geração, nem que seja pelo consumo um pouco menor de bateria, pelo carregador infinitamente mais pratico, ou pelo bob esponja mesmo, né? quem sou eu para julgar! Eu fico feliz que a miband continua evoluindo em um mercado que tá cada vez mais competitivo – e se vocês gostaram, lembrem-se dos links lá na descrição, e deixem um comentario me dizendo se vocês pretendem trocar a mi band 3 ou 4 pela 5, e o porque. Deixa também um like que nos ajuda muito e se inscrevam, pois tem vídeo de guia de compra e tecnologia saindo todos os dias.
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