A linha Redmi da Xiaomi é tão conhecida que em sua segunda geração já até chegou aqui no Brasil. Já estamos na sua sexta geração. Será que vale pegar o Xiaomi Redmi 5 Plus, esse intermediário em sua versão Plus ou pular pra próxima geração então? Ou até mesmo economizar e pegar a versão comum?
Design
Como eu disse lá no review do Redmi 5, eu acho a Xiaomi bem esperta, porque logo que você pega o aparelho na mão, fica aquela sensação de já ter usado este equipamento. Ele parece muito com a geração mais antiga da linha Redmi e por não investirem tanto no design em toda geração, conseguem reduzir o custo dos aparelhos.
Desde o Redmi 3 as coisas não mudam tanto assim, então os botões de volume e power ficam na lateral do produto, na parte de baixo tem a entrada pra carregamento, que diferente do modelo mais básico é USB-C, e claro, a saída de som que além de ter uma qualidade mais ou menos é facilmente tampável, por assim dizer.
Isso significa que mesmo tendo um som alto, que só sai por uma das aberturas de baixo, falta aquela qualidade e definição nos graves.
No topo, fica a entrada de fone de ouvido junto com um sensor infravermelho, um diferencial desses modelos importados que é bem útil pra quem fica perdendo o controle da TV o tempo todo.
Por fim, temos na traseira do produto o sensor de impressão digital que realmente vai bem – como qualquer celular de entrada hoje em dia – acabou a época do leitor de digital ruim, né?
Assim como o Redmi 5, nada de fones de ouvidos na caixa, mas o legal é que a capinha de TPU transparente já vem na caixa, o que está virando um padrão, mesmo para os aparelhos chineses. De novo, modelos mais caros trazem capinhas melhores, mas nessa faixa de preço isso é o máximo que você vai conseguir.
Como modelos da Xiaomi de entrada são bastante vendidos aqui no Brasil, é fácil achar tanto o próprio celular como alguns acessórios lá no Mercado Livre. Só tome cuidado para não acabar comprando com um frete super demorado, quando na verdade o vendedor importa pra você.
Tela
Até porque, você vai ficar triste por não ter essa tela de quase seis polegadas na sua mão em poucos dias. Eu falo isso porque além de contar com uma tecnologia IPS, esse display já possui resolução Full HD com uma boa taxa de contraste.
Depois de um tempo usando, deu pra perceber que esse painel, como todos os outros modelos que usam a mesma tecnologia IPS, oferece bons ângulos de visão e cores bem realistas, mesmo sob o sol, o que é bem interessante pra um equipamento que custa a partir de R$800, já contando a taxa de importação, que gira por volta dos R$250.
Software e desempenho
Grande parte da percepção de qualidade dessa tela está atrelada a MIUI, que deixa a interface bem limpa e que apesar de ser uma personalização de Android bem pesada, agrada bastante, já que além do design, a MIUI traz um número de opções e funções bastante extenso – ela já tinha um duplicador de apps há muito tempo, por exemplo.
Outro ponto interessante é que apesar de bastante customizada, a MIUI não é pesada, então em conjunto com o processador Snapdragon 625 e 3GB ou 4GB de memória RAM, você terá um aparelho que roda sem problemas, tanto no dia a dia quanto em jogos.
Com relação ao Snapdragon 625, vocês já sabem: esse processador já está um pouco datado, porque afinal de contas ele chegou no mercado em 2016, mas ainda é capaz de rodar os aplicativos numa boa, jogos mais simples vão muito bem, e claro, se você for jogar um PUBG, vai conseguir uma experiência bastante lisa em uma qualidade um pouco mais baixa.
Abaixo desse processador você pode sentir engasgos em algumas situações de jogo, mas com ele foi difícil ter problemas. Mesmo vale para o Breakneck e Need for Speed No Limits, que rodam sem quedas.
Então assim, você vai conseguir rodar tudo, não vai rodar na melhor taxa de frames e qualidade possíveis, porque pra isso, você tem que ir ou pra um smartphone com processador da linha 800 ou os mais novos da linha 600, como o Snapdragon 660. Mas já de bom tamanho também pelo preço que o redmi 5 plus se propõe.
Bateria
Um dos pontos que eu mais gostei no Redmi 5 Plus foi a sua bateria de 4.000 mAh que entregou pouco mais de 10 horas de tela, uma marca que faz o aparelho funcionar por um dia todo, chegar até ali a metade do próximo do dia, é bem questão de tipo de uso mesmo.
O tamanho dela é bem condizente com o restante das especificações, mas o chato mesmo é que por ser grande a bateria também demora um pouco mais para ser carregada – mesmo com o carregador rápido de 2 watts – são 2 horas e 46 minutos no total, que eu particularmente não me importo, prefiro que dure mais mesmo.
Como vocês puderam ver, o Redmi 5 Plus, como qualquer outro modelo dessa linha é pra ser um aparelho mais “útil, custo benefício e coisa e tal”. Por isso mesmo, temos uma configuração bem legal, sensores, bateria de qualidade, construção, e alguma coisa tinha de sofrer com esse preço, e acabou sobrando para a câmera.
Até porque elas são bem parecidas com a do modelo mais barato, o Redmi 5, que aliás, já não era muito bom nesse quesito.
Câmera traseira e frontal
A lente única traseira de 12 megapixels conta com abertura f/2.2 e entrega resultados bem legais em ambientes bem iluminados, o que condiz com o preço do aparelho, mas o resultado só fica bom mesmo quando tudo está iluminado, já que na média e baixa luz fica tudo meio granulado por conta da necessidade de aumentar o ISO. As fotos saem também borradas, por conta dá velocidade de captura que fica mais alta.
Um diferencial desse modelo perante o anterior é a capacidade de gravação em 4K, possível através do processador mais potente. Infelizmente, como em todos os modelos com estabilização digital, essa função fica pior na hora da gravação em qualidade superior, já que o celular precisa pensar mais para guardar todo esse volume de dados.
Enfim, vai ficar chacoalhado pra um caramba. O resultado da câmera, tanto em foto como em vídeo fica atrás de um Moto G6 Play da vida, tanto em cores e definição de imagem, ou seja, realmente é fraquinha.
Na frontal, não dá para esperar muito, afinal são 5 megapixels de resolução que mesmo com boa luz, não tem uma definição tão boa assim e em baixa luz, mesmo ligando o flash de LED, não fica nada bom. A câmera frontal tá mais pra um quebra-galho na hora de uma vídeo-chamada ou coisa assim.
Antes de acabarmos, acho que é importante comentar que o Redmi 5 Plus tem muitos sensores tal como bússola, que ajuda, junto com alguns outros a melhorar a precisão e direção do GPS, o sensor de posicionamento que te permite jogar um Pokémon Go no modo de realidade aumentada, e claro, o infravermelho, que não é comum por aqui.
Então, pra resumir tudo, o Redmi 5 Plus vale a pena, e claro, vale mais a pena que o Redmi 5?
Conclusão
Olha, sem dúvidas este aparelho entrega uma tela maior e com mais definição que o equipamento mais básico, além de uma bateria mais preparada pro dia a dia e o processamento que tá bem mais acertado, como os intermediários de entrada do mercado brasileiro.
Esse smartphone é bastante completo e incrementou alguns pontos fracos do Redmi 5 e que ainda mantém um preço extremamente competitivo. Agora, o problema ainda é o conjunto de câmeras, já que os resultados são bem fracos e investindo um pouco mais, você já consegue resultados bem mais legais no Brasil com o J7 Pro, Moto G6 e LG Q6, que por outro lado são mais fracos em hardware e sensore. É tudo questão de escolha e esse é um aparelho voltado pra desempenho.
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