Esse é o Apple Watch Series 6, o relógio mais avançado da marca até o momento. Com avanços incrementais e apoio do watchOS 7, que trouxe muita coisa legal, ele tenta abranger todo o espectro de serviços de saúde. A ideia de hoje é tentar te explicar tudo que ele trouxe de novo para você considerar se vale a pena.
Apple Watch Series 6
- Tela OLED de 1,78″ (368 x 448px)
- Bluetooth 5.0 e frequência cardíaca
- GPS + GLONASS + GALILEO + QZSS
- Caixa de 44mm e 40mm
- 5 ATM (resistência à água)
- Bateria de 304 mAh
- Compatível com iOS
Construção e tamanhos
O Apple Watch Series 6 poderia ser ao invés de um S6, um 6S, e eu faço essa brincadeira porque as mudanças são realmente pequenas, mas em alguns momentos, desejáveis. A tela, por exemplo continua sendo exatamente a mesma por mais um ano – 40 e 44 milímetros.
Pra mim, que andava usando um Series 3 de 38mm, passar para o 44mm foi quase como usar um tablet no braço, mas pra qualquer uma das duas gerações anteriores, não há diferença.
Aliás, há uma pequena e importante, porque dessa vez o display always on fica com a tela acesa de forma mais brilhante quando você não está usando do que na geração anterior, algo que só é possível por conta do novo processador.
Onde dá pra perceber que você está com um S6 é justamente nas suas cores. O modelo que temos em mãos é o azul, e a outra opção é justamente o vermelho, que faz contraponto. Essas cores se juntam ao típico prata, preto e dourado que são mais comuns e as mais variadas pulseiras – que agora contemplam também o solo loop, que tem dado o que falar.
Essa pulseira é basicamente um elástico que se fecha no seu pulso. Você imprime um papel “medidor”, vê o tamanho exato e pede o modelo certo. Mas, são 549 ou 1149 reais adicionais, e olha, eu não ligo tanto assim de ficar soltando minha pulseira. Dá quase para pegar um Series 3 de brinde nessa segunda.
Na parte de baixo temos um jogo de 4 sensores adicionais que analisam a oxigenação no sangue. Essa ainda não é uma função que está muito precisa, e requer que você fique em uma posição relaxada com o braço virado pra cima por 15 segundos.
Esses sensores basicamente se juntam a tudo que já existia nos modelos anteriores: eletrocardiograma, sensor de quedas e análise de batimento cardíaco. Esse é um kit que a Samsung, por exemplo, já conseguiu fechar por um preço bem mais em conta no Active 2, que está praa receber a ultima função que faltava, o sensor de quedas.
Utilização e desempenho
A Apple comentou que outra mudança importante é a presença de um novo processador baseado no A13 Bionic do ano passado e que consegue ser até 20% mais rápido do que o presente no modelo anterior. Mais do que abrir apps rápido, coisa que eu não consigo atestar se houve uma grande diferença perante o S5, a grande mudança é dar mais ferramentas para o S6, e claro, melhorar a sua bateria.
A Apple promete uma hora adicional de áudio local ou de análise de treino mesmo com o altímetro ligado agora 100% do tempo. Eu particularmente consegui chegar a pouco mais de um dia e meio de uso, ou menos que isso depois de treinos. Deu para treinar, usar por um dia, dormir e treinar de novo e correr para o carregador.
O carregamento foi um ponto onde eu fiquei um pouco mais animado, com a promessa de carregar por completo em 1h30m cumprida. Vale também comentar de um carregamento de quase 50% em 30 minutos, o que ajuda bastante para aqueles que querem deixar o relógio carregando durante o banho.
São pequenos incrementos que deixam a experiência melhor, mas que não valem um upgrade logo de cara. Até porque, um dos pontos interessantes é justamente o watchOS 7, que chegou para todo mundo.
Novidades
A primeira das adições é o modo de sono, que eu sempre gostei em equipamentos do ecossistema Android e que até estava disponível através de apps adicionais anteriormente, mas que não tinha o mesmo nível de interface que tem agora.
Aliás, antes o aplicativo de saúde já era capaz de captar algumas dessas informações de apps de terceiros, algo que faz com que o ecossistema do Apple Watch seja tão interessante.
Mas agora, ele permite que você defina o quanto quer dormir, que horas quer acordar e com isso você é avisado no seu celular ou em outros dispositivos que você precisa dormir. Ele dá até uma “travadinha” no iPhone, e isso é bem legal justamente para integrar.
Geralmente a Apple traz soluções mais sólidas mesmo que de forma atrasada, mas acho que não é o caso aqui. A oxigenação está bem mais ou menos e o modo sono carece de detalhes de qualidade do tempo dormido.
As watch faces novas segmentadas são outro ponto alto. Dá pra ficar monitorando o tempo com mais precisão, verificar que horas o sol sai, ou até mesmo ter um calendário em forma de projeto e análise do vento pra quem quer surfar.
Como minha vida é chata, nenhum deles adiantou de nada pra mim e ficou bem claro como o Apple Watch poderia se beneficiar de abrir esse espaço para empresas terceiras montarem suas próprias watch faces. Quem sabe com os widgets disponíveis e sendo desenvolvidos no iOS 14, a gente não vê algo do tipo por aqui.
Para fechar dá para dar um Apple Watch para o seu filho e cadastrar em um iPhone único, no Family Setup e tanto o Watch SE como o S6 estão habilitados para isso.
Alguns adicionais legais são o fato de que ele se conecta agora a redes de 5,0 GHz e que o chip U1 – de segurança – passou a permitir o uso de UWB ou antenas ultra wide band, que servem pra abrir seu carro como uma chave, tal como o iPhone também passou a fazer.
Conclusão
O resumo é que o Apple Watch S6 está mais completo, e isso é legal. Mas de forma alguma é um divisor de águas, principalmente porque a empresa decidiu colocar mais coisa para funcionar com o mesmo tanto de bateria ao invés de te dar a opção de ter bem mais bateria.
Eu acho o eletrocardiograma uma baita de uma função legal, então se você for pegar um Watch novo, tem de ser o S6. O Watch SE é uma ótima opção com possibilidade de 4G, enquanto o S6 é o mais completo em todos os quesitos. Para mim que só quero correr, monitorar o sono e ter acesso aos apps, o SE é mais do que suficiente.
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