Ter um cooktop de indução é o sonho de consumo de muita gente. Ele não só é lindo de se ver, como abre algumas possibilidades bem legais para sua cozinha. Mas claro, tem algumas diferenças para quem está acostumado com o fogão comum. Fizemos então uma parceria com a EOS, que nos enviou esse cooktop aqui pra entrarmos mais a fundo em pontos como instalação, consumo, usabilidade, vantagens e desvantagens.
Cooktop EOS Cheff Gourmet ECI04EP
- Voltagem: 220 V
- Potência: 7500 W
- Dimensões para embutir: 56 x 49 cm
- Timer máximo: 99 minutos
- 9 níveis de potência
- Vidro cerâmico de alta durabilidade
Como funciona
Antes de mais nada, existem 3 tipos de cooktop disponíveis no mercado: a gás, elétricos e de indução. Na verdade, se a gente levar ao pé da letra, o fogão de indução também é um fogão elétrico, mas o funcionamento é totalmente diferente.
Para explicar, vamos começar com os modelos à gás. Todo mundo já usou ou continua usando um. Eles são os mais fáceis de serem produzidos e são alimentados por gás, seja em botijão ou gás natural. Abriu a passagem de gás, gerou uma faísca e pronto, já temos uma chama que esquenta a panela e mantém intensidade.
O fogão elétrico comum trabalha de forma parecida. Ele tem uma resistência elétrica, quase igual um chuveiro, que esquenta quando você passa uma corrente elétrica por ela. O local fica tão quente que troca calor com a panela. Então a resistência basicamente substitui a chama por outra fonte de calor.
Já o fogão de indução é totalmente diferente – e por isso que é tão interessante e as vezes estranho pra quem não conhece.
Se vocês me permitem simplificar um pouco o processo, o que acontece é que o fogão de indução trabalha com campos elétricos. Ele utiliza um indutor em formato caracol, que é enrolado num formato específico que potencializa a produção desse campo elétrico.
Além disso, ele direciona toda esse campo para cima, então quando você coloca a panela em cima dessa superfície, ela induz o movimento dos elétrons na panela, que ficam lá se movimentando loucamente, e a aquecem.
Se você colocar a mão em cima de um fogão de indução funcionando ele não está quente, porque não é troca de calor, mas um campo magnético.
Eficiência e tempo de preparo
Isso nos leva à primeira grande vantagem do fogão de indução, a sua eficiência. Como a panela esquenta de uma forma “direta”, sem perder calor para o ambiente ao seu redor, as temperaturas se elevam mais rapidamente, resultando em menos tempo de cozimento.
Sem brincadeira, para esquentar água para o chá no cooktop EOS Cheff Gourmet, nós levamos poucos segundos contra 3 a 5 minutos em um fogão normal.
Vale comentar que mesmo em alimentos que precisam estar em temperaturas menores, como por exemplo, uma carne de frango, que pode queimar do lado de fora e ficar cru por dentro, o cooktop EOS conseguiu acelerar o preparo.
O mesmo vale para um molho, que precisa estar numa temperatura específica. Isso por que o fogão de indução consegue chegar a temperatura desejada mais rápido e depois mantê-la no mesmo nível com precisão. O tempo de pré aquecimento é bastante reduzido!
Aproveitando o tema, vocês devem ter reparado que alguns círculos são maiores que outros. Eles são equivalentes as bocas do fogão. O grande é para panelas maiores e o menor para panelas menores. Colocar uma panela pequena no círculo grande não aumenta a velocidade – já que o que importa é a área da panela que está em contato com o campo magnético.
O que pode acontecer é que se você colocar uma panela pequena no circulo grande, pode ser que ela não ocupe espaço o suficiente para que o indutor a reconheça, então cada panela tem de ir no seu lugar – afinal elas já esquentam rápido o suficiente pra você não precisar fazer essa dança das cadeiras.
O único ponto de atenção é que você passa a precisar de panelas específicas, já que não são todas que funcionam por aqui. Para o campo elétrico do indutor conseguir interagir com a panela, ela deve ser feita de um material magnético.
Algumas panelas utilizam um fundo especial, mas outras já são magnéticas naturalmente, como, por exemplo os bules e as panelas de ferro. No geral, os modelos adaptados são só um pouco mais caros do que o normal, enquanto as de ferro são bem mais custosas.
Uma forma extremamente fácil de identificar se ela vai servir no seu cooktop é sempre ter um imã na hora de comprar uma panela, se o imã grudar, isso significa que ela vai funcionar.
Segurança
Além da eficiência, outro grande benefício de um cooktop de indução como esse da EOS é a segurança. Como ele não utiliza gás, então não existe o risco de qualquer vazamento.
Segundo ponto é que o indutor não funciona sem estar acoplado a uma panela, ou seja, se você retirar a panela de cima dele, na mesma hora o indutor vai parar de funcionar, e o processo será colocado em pausa.
A região onde a panela estava pode estar um pouco quente por que a panela está quente e acaba aquecendo o topo do cooktop, mas o equipamento em si não gera uma chama ou altas temperaturas. O que ele faz é criar um campo magnético, então as chances de se queimar são bem menores e só podem acontecer depois de um preparo. Sem contar que não há desperdício de energia.
Cálculo de consumo
Agora entramos em um ponto que muita gente sempre tem dúvida: afinal, quanto gasta um cooktop por indução?
Primeiro, existem muitas variáveis nesse cálculo, que dependem totalmente do jeito que você usa o seu fogão.
Para conseguirmos comparar, precisamos chegar num ponto em comum. Nesse caso, 1 boca ligada, 1 hora por dia.
O queimador maior do Cooktop EOS Cheff Gourmet, na potência 9, segundo nossos testes, puxou 8,2 amperes.
Transformando isso em KW/h, dá 1800 W e multiplicando pelo preço aqui em São Paulo, que é mais ou menos 90 centavos, a gente chega no preço por hora, na potencia máxima, de R$1,62, mas se quiser usar o modo turbo por 1 hora, atingiríamos o máximo de R$2,34 de gasto energético por hora.
O próximo passo é encontrar quanto o botijão gasta por hora. Segundo a Copagaz, uma hora com um queimador pode consumir entre 0,200 e 0,250 gramas hora de um botijão se abaixo de 180 ou acima de 200 graus.
Como o melhor preço que eu encontrei do botijão de 13kg em São Paulo foi R$109 reais, temos um valor hora médio entre R$1,67 e R$2,09.
Segundo esses cálculos, as duas formas parecem bem parelhas e devem variar conforme o preço de cada um dos itens – energia e gás – muda de cidade pra cidade.
Só que tem mais um ponto que precisamos considerar: o cooktop de indução é mais rápido para pré-aquecer e até mesmo para cozinhar os alimentos. Então você pode acabar usando potências menores e por menos tempo, o que pode dar a vantagem para ele.
Então beleza, aquece mais rápido, tem um sistema diferente que traz mais segurança e podemos chegar a economizar na conta de luz em relação ao gás por preparar mais rápido. Tem mais algum motivo pra eu comprar um cooktop?
Limpeza e funcionalidades
Tal como todos os outros, o cooktop EOS Cheff Gourmet tem um tampo de vidro que é extremamente fácil de limpar e não tem nenhuma grade pra atrapalhar. Basta passa um pano depois que o cooktop esfriar que já é o suficiente.
Além disso, nesse modelo em específico temos protetores que evitam que a panela fique em contato direto com o tampo de vidro – o que não atrapalha o funcionamento mas protege o equipamento.
Para controlar as bocas, o painel te permite 9 níveis diferentes. Algo que eu achei legal é que do nível 1 ao 6, ele não limita a corrente do indutor, afinal ela precisa de uma corrente mínima para trabalhar. A solução é que o fogão liga e desliga as bocas em intervalos cada vez menores.
O cooktop tem um temporizador, que pode funcionar de duas formas: apenas contando o tempo ou desligando uma boca no final da contagem.
A última função que eu queria comentar é o modo turbo. Ele deixa o fogão trabalhando numa potência maior que o nível 9, só que apenas por 5 minutos. Eu não senti necessidade de usá-la, já que, como eu comentei, o nível 9 já é bem rápido, mas se você está fazendo macarrão para muita gente, e colocou mais água, por exemplo, e quer acelerar o preparo, o modo turbo pode te ajudar a economizar um tempo.
Vale comentar aqui que o contraponto é que para usar o fogão, você precisa de energia elétrica. Isso não deveria ser um problema, mas infelizmente, é bem normal as pessoas terem problemas com a estabilidade da energia.
Instalação
Por fim, eu queira falar um pouco da instalação do fogão de indução. A recomendação é que você faça uma ligação direta com a rede da sua casa, ao invés de utilizar tomadas, utilizando os fios corretos, que suportem a corrente máxima de 32 amperes.
Se você não faz ideia do que eu estou falando, isso é um sinal de que você deve contratar um eletricista para ajustar tudo aí para você. O importante é que você entenda que não dá para simplesmente ligá-lo na tomada que os fogões costumam utilizar, mesmo se elas forem 220V, pois geralmente, a corrente máxima daquelas tomadas é bem menor que os 32 amperes desse equipamento aqui.
A instalação em uma bancada também é importante e no manual mostra o tamanho do buraco que você precisa e a ventilação interna – que é bem necessária. É só mandar o manual para o seu marceneiro que ele vai entender o que fazer. Depois é fácil de instalar.
Conclusão
No fim, nós gostamos muito da experiência que tivemos no último mês com o cooktop EOS Cheff Gourmet. Como é um equipamento diferente, esse review foi mais técnico do que o de costume para você entender os benefícios, mas acho que a velocidade e o fato dele ser bonitão já são suficientes para escolher um desse, não é?
Amanda diz
Bom dia ! Comprei e tô perdida pois terei q comprar um transformador de energia e não tô sabendo calcular qual seria o necessário pra está fogão
Thiago Trivelato diz
Muito boa a matéria tenho o meu aqui em casa e não troco por nada>
Gilson Silva diz
O meu chegou hoje já instalei e já testei é muito lindo e eficiente, muito rápido
Celina Arantes diz
Parabéns pelo post; estava super na dúvida sobre o cooktop e com essa matéria consegui entender melhor como eles funcionam e encontrei a opção perfeita para minha cozinha!