JBL Flip 6: atualização competente e discreta

A JBL Flip 6 é o mais recente modelo nessa categoria de caixinhas de som potentes e compactas. Elas são ideais para ouvir em casa, animar uma reunião de amigos ou uma festinha num local externo, já que ela é à prova d’água também. Eu passei uns dias ouvindo muita música nela, e te conto as minhas impressões nesse review.

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Construção

A Flip 6 é uma das linhas mais vendidas, e para esse modelo, a JBL tratou de fazer algumas mudanças no visual. A mais visível é o logo da empresa, que deixou de ser uma etiqueta vermelha pequena para um impresso em plástico preto com contorno laranja que é impossível de não ser notado. É uma questão de gosto aqui.

Mas tem uma adição bacana que é uma base emborrachada para que ela pare numa superfície plena sem sair rolando. Parece bobo, mas é algo bem importante. Só que, convenhamos, é uma base pequena para dar conta do tamanho dela. Isso é um problema dessas caixinhas cilíndricas, porque mesmo a Xboom Go PL5 da LG, que tem uma base bem grandona, sai rolando pela mesa com facilidade.

No mais, todo o acabamento é em tecido, embora ela não seja um equipamento 360 graus. São quatro botões: play/pause, que também avança músicas; aumentar e diminuir volume e o party boost, que é o modo em que ela pode se conectar. E se você tiver outros 99 amigos com caixinhas de som da JBL, pode ouvir a mesma música, ao mesmo tempo, em todas elas.

Talvez você não consiga unir 100 caixinhas de som da JBL, mas com duas ou três já dá para fazer uma boa festa, afinal são 30W de potência aqui, mas a gente fala sobre isso mais tarde. Voltando para a construção, na parte de trás ficam os botões de energia e Bluetooth, que são iluminados com LED, e ao lado tem o indicador de energia.

Do lado está a entrada USB-C e na outra ponta tem uma inscrição em alto relevo com o nome Flip 6 e a alça para uma cordinha, que ajuda a manter tudo seguro. Ela pesa 550 gramas.

Nas laterais ficam os dois woofers, protegidos por um plástico emborrachado, que protege de eventuais quedas de choques e não deixa os woofers tão expostos. Eu preciso te lembrar que ela não tem microfone interno, então se você quiser atender uma ligação enquanto ela está conectada via Bluetooth, vai precisar fazer isso no celular mesmo. E ela também não tem entrada P2.

Por dentro, ela conta com proteção IP67 contra água e poeira, então ela consegue aguentar até 30 minutos, submersa por até um metro, mas a dica é se ela mergulhar, ela normalmente flutua. Ou seja, dá para levar a caixinha para a piscina sem se preocupar se ela cair na água acidentalmente! E tem conexão Bluetooth 5.1, que permite que ela se conecte em até dois dispositivos ao mesmo tempo.

Bateria

Para a gente fechar essa parte eu ainda preciso falar da bateria de 4800mAh. A JBL garante até 12 horas de músicas seguidas, mas esse número obviamente cai de acordo com o volume que você ouve, a equalização que você escolhe e se o party boost está ativado ou não.

No meu uso consegui algo próximo de 10 horas, mas porque eu alternei diferentes modos e volumes. Mas ainda assim, para um uso mais urbano, ouvindo algumas horas de música por dia, você vai demorar para consumir toda a bateria dela.

Para recarregar, a JBL manda um cabo USB-A para USB-C sem fonte, de 5V para 3A, o que dá 15W de carga máxima, mas você pode usar seu carregador de celular na tomada de parede ou uma powerbank mesmo.

Comigo, deu 2h30 para ele fazer de 0 a 100%, o que é meio que o padrão desses dispositivos. Como a porta USB-C fica exposta, a JBL adicionou uma proteção de carregamento, que envia um alerta sonoro para que você desconecte a caixinha se tiver água, sal ou produto químico no conector.

Qualidade de som e app

Para garantir o áudio potente que sempre caracterizou a JBL, a Flip 6 conta com um woofer de 45×80 mm e potência de 20W, que cuida dos baixos e médios. Tem um tweeter de 16 mm com 10W para dar conta das frequências mais altas e dois radiadores laterais para os graves.

Tudo isso dá um total de 30W de potência num som mais direcional, e a marca se orgulha de usar o algoritmo avançado da Harman. Ela é do tipo plug and play se você precisar, e é só ligar, apertar o botão de Bluetooth e parear com o outro dispositivo que você deseja, e pronto.

Nesse modo, eu sinto o som bem alto em volume, e com graves bastante pronunciados, como é já característico da JBL. Mas ela tem suporte ao aplicativo JBL Portable, e antes de falar do que o aplicativo oferece, me deixa abrir um parêntese.

Eu tenho outros dispositivos da JBL em casa, e cada um usa um aplicativo diferente. Essas marcas poderiam criar um super app capaz de conectar qualquer dispositivo e pronto. Mas voltando ao app em si, a sua grande vantagem é o equalizador que te permite aumentar ou diminuir os graves, médios e agudos, cada um com cinco níveis.

Também dá para ligar ou desligar o tom de feeedback, que é o toque sonoro que ela faz quando você executa alguma ação, atualizar o firmware, e pronto. Eu preciso falar sobre a minha experiência de som com ela.

Como eu tenho dois fones da JBL, um mais custo-benefício e outro premium, eu estou acostumado com o padrão sonoro deles, sempre voltado para os graves. Não que haja um desequilíbrio, longe disso, mas é uma marca da empresa essa assinatura mais forte nos graves.

Então não foi um susto para mim quando ouvi a primeira música na Flip 6 sem equalizar. Ela é realmente potente, e como eu costumo ouvir músicas de percussão forte, o woofer radiador lateral trabalhou bem. E se você muda a configuração percebe que faz diferença.

Mas nos vocais ela também vai muito bem, garantido vozes bastante cristalinas sem deixar que os instrumentos soem embolados ao fundo. A voz fica clara, e ainda assim dá para perceber a batida grave e os efeitos agudos ao fundo.

Conclusão

A JBL Flip 6 foi anunciada em maio de 2021, e ainda está com valores de lançamento. No site da empresa ela custa R$ 849 à prazo, ou R$ 764 à vista. Mas a boa notícia é que já dá para achar por R$ 599 no Ponto Frio, que foi o melhor preço no momento que eu escrevi esse review. E fica o meu alerta, porque como a JBL é alvo de muita falsificação, se você encontrar um preço muito abaixo, vale prestar bastante atenção.

Ela está dentro da média do mercado, pouca coisa mais barata que a Huawei Sound Joy, e um pouco mais cara que a LG Xboom PL7, que já é mais velha. Ainda assim ela se destaca pela potência do som e o design sóbrio e bem construído.

O microfone interno e a saída P2 fazem falta e deixariam ela ainda mais versátil, um conjunto de som móvel e completo, mas não dá para negar que ela manda muito bem no que se propõe.