O monitor gamer Samsung Odyssey G40, ou G4, chega como a opção mais avançada dos monitores com tela flat, acima do G3 de gerações passadas. Olhando as especificações, ele tem 240 Hz, G-Sync, e muito mais, mas será que ele realmente entrega tudo que promete? Para quem ele é bom? Isso e muito mais que eu conto na análise completa do Odyssey G40.
Samsung Odyssey G40
- Tela IPS de 25 polegadas
- Resolução FullHD (1920 x 1080px)
- Frequência de 240 Hz
- Tempo de resposta de 1ms
- AMD Freesync e NVIDIA G-Sync
Para começar, acho que para entender bem onde o G40 fica situado, a gente podia fazer uma breve descrição da linha de monitores flat da Samsung. Esse modelo aqui fica no topo, com uma tela de 240 Hz, depois o G32, com 165 Hz, e por fim, dá para considerar mais ou menos o G3 como a outra ponta, com uma tela de 144 Hz.
Na verdade, o G3 é de uma geração passada, e inclusive, está o mesmo preço que o G32 no site da Samsung. Eu só considero ele aqui como a opção mais de entrada, pois no varejo, você consegue encontrá-lo 300 reais, em média, mais barato que o G32.
Então a gente tem aí o monitor “avançado”, “intermediário” e “de entrada”. Não é bem de entrada, porque ainda é uma peça que custa mais de mil reais, mas ela tem diferenciais para custar tudo isso.
Ergonomia e construção
Inclusive, algo que permeia toda a linha, e que pode ser considerado um dos diferenciais para pagar mais no monitor, é a parte ergonômica, com várias formas diferentes de posicionar o monitor.
O que eu considero principal, é o controle de altura. O braço da base tem um trilho embutido, com ajuste contínuo. Você pode colocar na posição que quiser, e não é tão duro de puxar para baixo ou para cima. É firme, até para não ficar caindo sozinho, mas dá para empurrar só com uma mão, por exemplo.
Também é possível inclinar e rotacionar, na vertical e na horizontal. A inclinação é mais sútil, e para fazer esse ajuste, é bom você usar as duas mãos. Os limites são menores, e mais sensíveis, então é bom prestar atenção no que você está fazendo, antes de empurrar demais o monitor e quebrar o braço articulado.
Nos detalhes da construção e design, aí a geração nova se separa um pouco do G3, mas entre eles, ambos são iguais. A base em V continua presente, porém sem o apoio atrás. Agora o braço sobe num ângulo mais aberto para ele mesmo servir de contra peso para a tela.
Ele vem com um arco azul, parecido com o Odyssey G9, mas aqui, ele só serve para esconder a parte mais feia do mecanismo de encaixe.
Mecanismo esse, que merece elogios. É um clique, apenas, só que bem fixo. Dispensa ferramentas para encaixar, e o desencaixe, caso necessário, é igualmente simples. Ainda precisa de uma chave de fenda, graças a um único parafuso, que segura a base junto do braço, mas é uma montagem mais simples que outros monitores parecidos.
Algo que pode ser um problema, é o acesso às entradas na parte de trás. É bem difícil encaixar um fio sem olhar diretamente para a porta, por conta do braço na frente, que atrapalha, e a posição mais funda delas, naquele recorte do plástico da traseira.
É nessas horas que a rotação horizontal da tela te ajuda bastante. Uma vez encaixadas, no próprio braço, você encontra uma alça para afunilar os cabos, e de lá, mandar eles para o seu computador.
Conectividade e menu
São duas entradas HDMI, uma DisplayPort, uma USB e a saída de som P2. Inclusive, os detalhes na frente da tela até parecem um pouco com alto falantes, mas o G40 não tem som embutido. Única forma de receber som por ele, é com um fone de ouvido, e nos testes, o som veio com qualidade ok, sem compressão em excesso, como costuma acontecer com algumas saídas de áudio de monitor. Mas ainda é melhor colocar o som direto no PC.
Voltando nas portas de comunicação de imagem, um detalhe importante é a versão delas. Os HDMIs são versão 2.0, nada de 2.1 por aqui. Por ela, seu computador pode enviar um sinal de resolução Full HD, em até 240 hertz, para bater com as especificações da tela. No entanto, se você quer utilizar o G-Sync, aí será necessário utilizar o Display Port 1.2, que é a única porta compatível do G40.
O botão de controle do monitor fica embaixo da tela, com um direcional e um botão no meio. Para frente você controla o volume do dispositivo conectado na saída P2, e também mutar o som, que é a função mais útil, caso você não tenha um teclado multimídia.
Para os lados, você altera a fonte do sinal de imagem, e para trás, abre a configuração rápida de imagem. Ao pressionar o botão central, você abre um semi-menu, com opções para desligar o monitor, mudar a fonte da imagem, ativar o modo para reduzir o cansaço visual, e finalmente, abre o menu completo.
Essa tela é grande, com várias informações importantes na parte de cima, como o tempo de resposta, a taxa de atualização, estado do FreeSync ou G-Sync, e do Low Input Lag. É uma forma de confirmar, rapidamente, se todas as configurações para jogos estão habilitadas, e caso contrário, você sabe o que precisa arrumar.
No PC, ele costuma ligar automaticamente o modo de baixo atraso, e quem manda na taxa de atualização é o próprio Windows. Então é por ele que você aumenta ou diminui a frequência, caso necessário.
Uma função legal que você encontra aqui, para os gamers, é a mudança de proporção. A tela aumenta de 16 por 9, para 21 por 9. A lateral fica com a barra preta, mas o ganho na visão é bom para os jogos compatíveis, principalmente de corrida, e em primeira pessoal. Pode ser uma função mais bem aproveitada na versão de 27″, mas até para 25″ fica bem aceitável.
Qualidade da tela e performance
Fora isso, e talvez o mais importante, são as opções de imagem. Você pode ajustar de tudo, e ainda tem uma boa variedade de modos, que funcionam como presets. Aqui, primeiro você escolhe qual deles está mais ao seu gosto, e depois faz mais alguns ajustes, caso necessário. E para ser sincero, acho que você vai querer fazer. Mas isso entra no assunto qualidade de imagem, que também é onde o G40 mais se afasta do G32.
Primeiro, vamos para os resultados do nosso teste. O G40 consegue reproduzir 100% das cores do espectro sRGB, com 88% do DCI P3. O contraste medido bateu a marca de 1060:1 com brilho máximo de 398 nits.
É uma tela com boas cores, no entanto a Samsung consegue alcançar essa marca alta, exagerando na saturação dos tons. O ideal é neutralizar elas um pouco pelas configurações, o que pode reduzir um pouco a cobertura, mas você ganha nos detalhes, e também no laranja que não é mais vermelho.
O contraste é baixo, e essa pode ser considerada uma desvantagem dessa tela, perante o G32, que tem painel do tipo VA. Lá, o contraste bate em 3000:1, pelo site da Samsung, o que torna ele um pouco melhor para assistir séries e, talvez, para trabalhos com cores.
No entanto, isso não quer dizer que o G40 tem os tons pretos ruins. Ele consegue uma uniformidade boa, e tons pouco azulados, com uma curva de gamma que começa mais escura, e termina mais forte. No menu, o nível de preto é a opção que você precisa ajustar se achar que os tons mais escuros estão com algum problema. No entanto, eu achei que a configuração de fábrica veio boa suficiente.
Ainda assim, o G40 leva vantagem para jogos. Primeiro que o painel IPS possui um maior ângulo de visão, o que significa que você não corre risco de sofrer com o efeito vinheta na tela, onde as pontas ficam mais escuras que o centro.
Só que o principal são os 240 Hz da tela. Acima de 200 Hz, é mais difícil reparar a diferença na tela, mas existe sim um pequeno ganho de fluidez, e o tempo de resposta é menor. O mínimo indicado para gamers é de 144 Hz, mas 240 Hz é melhor.
Só que aqui, tem um porém. Seu computador precisa reproduzir os jogos a 240 quadros por segundo para acompanhar a taxa de atualização da tela. Isso significa que você precisa de um PC muito bom, a menos que você só queira jogar Valorant e Counter-Strike.
Ter uma baita setup caro para jogar jogos super simples é uma opção para quem se interessa por uma experiência mais competitiva, mas você precisa colocar na balança se realmente acha importante ganhar um ou dois milissegundos de reação, com essa tela de 240 Hz.
Conclusão
Considere bem essa parte, pois o G40 é um monitor de 2600 reais. Ele é bem rico em recursos, mas outros monitores de 240 Hz, inclusive da Samsung e da AOC, ficam abaixo dos 2 mil reais. Parte dessa diferença no valor se deve a proximidade do lançamento, mas é bem provável que mesmo no futuro, o G40 seja a opção mais completa e mais cara.
Minha opinião? 240 Hz entra um pouco no campo de ostentação. A grande maioria das pessoas não precisa pagar mil reais a mais nesse monitor só para ter essa taxa de atualização mais alta. Os outros atrativos do G40 podem ser mais interessantes, como o G-Sync e a tela IPS, mas pensando especificamente na taxa de atualização, um monitor de 165 Hz já pode ser suficiente.
Flavio diz
Show de bola! Fica uma dúvida. Se eu jogo a 270 fps, necessito de ligar o gsync?
Ricardo augusto diz
👍✌
Trindade diz
240 hz não é ostentação para quem joga competitivo isso hoje em dia é o mínimo do mínimo…..
Paulo Lopes diz
Boa tarde! comprei o g40 e no manual diz que ele funciona com cabo dp 1.2 ou superior. Minha placa é rtx 4060 e la funciona de 1.4 a 2 . Compro o cabo 1.4 ,2.0 ou mantenho o 1.2. Sinto que nao estou aproveitando ao máximo a capacidade com cabo 1.2
João Marcelo Bertoco Gomes diz
Pessoal, eu tenho o monitor e recomento para quem joga FPS (CS e Valorant) em um nivel alto. Pra quem é iniciante, não da muita diferença do 165hz, o 240hz é como se um plus, ainda monitor para fps tem que ser IPS por causa do ghosting.
Pra quem está na duvida entre o G40 e o LG ultragear, recomento esse somente pela questão de ter a tela de 25 polegadas, no caso de 27 polegadas é muito grande para jogos FPS.