A Samsung HW-B555 é a soundbar mais em conta da marca nessa nova geração, mas, diferente das gerações mais antigas, que eram boas, entregavam o esperado para a categoria, só que com um subwoofer que não impressionava , a B555 deu um salto nesse seu alto falante mais potente. Uma boa notícia, já que o subwoofer sempre será a peça mais importante de uma soundbar e vou te mostrar o que melhorou.
Construção
A barra possui 4 alto falantes, que formam duas caixas de som, e somadas ao subwoofer fazem o conjunto de 2.1 canais. É basicamente o conjunto mais simples em uma soundbar, que tenta te ganhar com uma potência bem alta, 410 W.
São 160 W na barra, distribuídos igualmente, entre os 4 falantes. 40 W cada, então. E o restante dos 250 W, são todos do subwoofer. Quem está ligado no mundo do áudio, deve se lembrar que essa é exatamente a mesma distribuição da A555, do ano passado.
Fisicamente, a Samsung conseguiu enxugar um pouco a barra, então apesar dos mesmos alto falantes da versão anterior, a barra e o subwoofer estão um pouco menores. O pequeno display com informações continua presente, o que foi algo que eu senti falta, testando soundbars de outras marcas.
Outras semelhanças são os formatos de áudio compatíveis com a barra. Sem surpresa, no entanto, já que as limitações aqui são as mesmas de lá. A B555 traz Dolby Audio e DTS Virtual X, porém ficam de fora o Dolby Atmos e o DTS X, que necessitam de, pelo menos, 5.1 canais.
No site, a Samsung coloca algo sobre o Atmos, mas não é o recurso na sua totalidade. Olhando o manual da B555, você vê que é, realmente, apenas o Dolby Audio com o Dolby Digital.
Falta aqui, também, a sincronia sonora, o recurso que soma os canais da barra e da TV Samsung, para tornar o conjunto mais completo. Curiosamente, as TVs da LG são muito mais receptivas, e aceitam qualquer dispositivo bluetooth. Então com um modelo da rival, talvez seja possível somar os alto falantes.
Mas, mesmo assim, você ainda não alcançaria o Dolby Atmos 5.1, pois para isso, todos os dispositivos precisam ter o suporte. É um problema? Nem tanto, pois é uma soundbar de 2.1 canais. Você precisaria subir ao menos para a Q600C afim de encontrar o recurso, que aumenta o valor final.
Os dois formatos mais simples também são bem úteis. Ajudam a melhorar o áudio da barra, que fica claramente superior a qualquer modelo que não tenha nem Dolby Audio, nem DTS Virtual X.
Qualidade de áudio
Para explicar melhor, precisamos entrar nos detalhes do áudio, então vamos lá. A experiência varia um pouco com o modo de som. Digo um pouco, porque, de novo, a contagem de canais é baixa, então a barra não tem tantos recursos para trabalhar modos diferentes.
Você altera o modo de forma simples, pelo controle, no botão sound mode, e o primeiro é o modo padrão.
Nele, enquanto em barras mais completas, o som fica simples demais, aqui, fica mais fraco, porém não é inutilizável. O som segue praticamente sem alterações, apenas transformando sons configurados em 2.0 para 2.1 – para utilizar o subwoofer, mas para aí.
Serve para situações mais específicas, onde você quer o som mais puro, e para mostrar a falta que o processamento da barra faz. Raramente você deve utilizá-lo.
O som surround é o principal, o preferencial para maioria dos casos, e onde você vai sentir o efeito do software da barra. O áudio fica mais limpo, mais cristalino, e mais forte também. Temos aqui o problema oposto do modo padrão, onde sons surround verdadeiros, em 5.1, são reduzidos para 2.1.
A barra, então, faz o melhor possível para simular algo mais envolvente, por software – lembrando lá do Dolby Digital. Em uma música mais complexa, você escuta todos os instrumentos separados, e muito bem. Supera bastante o que você consegue pela TV normalmente.
Dá até para dizer que chega muito perto de uma soundbar mais completa. Só não é igual pois, graças aos canais extra, uma Q600C, por exemplo, consegue adicionar mais profundidade ao som. Ela possui falantes virados para cima, que possibilitam dois diferenciais. Maior verticalidade sonora, e também suporte ao acoustic beam, onde o áudio tenta seguir o que está acontecendo na TV.
Quanto isso piora sua experiência, depende bastante do formato da sua sala e do tipo de conteúdo que você assiste. Salas menores costumam sentir mais a falta do som vertical, porém para quem não assiste muitos programas com som melhor, não perde tanto.
O próximo modo é o bass boost, que faz algo simples, destaca as frequências mais graves. No entanto, apesar do modo estar disponível em outros modelos, aqui, o subwoofer recebeu um boost real, que não estava presente antes.
Esse é o grande diferencial da B555, que conseguiu ampliar bastante a presença do subwoofer, apesar de manter a mesma potência da A555, e diminuir dimensões. Escutando, realmente é bem diferente. Até porque, diferente não é exatamente melhor, e em alguns pontos, chega a ser um problema.
Mas a primeira impressão é positiva. Tanto do bass boost, quanto nos graves dos outros modos. Nós utilizamos bastante a T555 e a A555, e elas deixavam um pouco a desejar nos baixos. Nelas, sempre era necessário aumentar o subwoofer no máximo possível, e mesmo assim ela ficava para trás de modelos com mais potência.
A B555, no entanto, fica ótima já no zero. Dá para aumentar um pouco, mas se você chegar no máximo, dependendo do conteúdo, fica ruim, com um pouco de chiado até. Não é problema no alto falante, é só um efeito exagerado mesmo, um pouco artificial, que pode ser legal numa festa, tocando eletrônica, mas para filmes e séries, TV no geral ou para escutar Roupa Nova – aí fica “muito”, mesmo em volumes mais baixos.
A equalização automática da barra, inclusive, entende isso, e tenta neutralizar se você aumenta o subwoofer para assistir TV.
Isso torna a B555 melhor? Claro que sim. Para modelos mais em conta, não tem como fugir desses efeitos mais artificiais. No entanto, o problema é no ponto mais extremo. Antes de chegar lá, a B555 tem um alcance muito maior que a A555. É um salto muito maior do que vimos da T555 para a A555.
O próximo modo de som é o game, e a partir daqui, é onde as mudanças ficam bem sutis. O que o modo faz é adicionar o som vertical, o chamado “som estereoscópico”. A ideia é te rodear com o som, para que você entenda de onde o barulho do ambiente está vindo. Te deixar mais imerso no jogo, com o som. Só que voltamos para o problema dos 2.1 canais, onde a barra, simplesmente, não tem alto falantes suficientes para fabricar o efeito de uma forma mais efetiva.
Podemos incluir nessa conversa o DTS Virtual X também, para eu não precisar repetir essa parte. Ele tem a mesma proposta de som 3D. O DTS dedica menos frequências para a parte “vertical”. Então a experiência com cada um é diferente, mas as limitações da barra são as mesmas.
Nesses dois casos, pensando em como eu uso a barra, eu costumo ignorá-los e ficar sempre no modo surround. Às vezes no bass boost, quando eu estou escutando alguns gêneros de música. Faço isso mesmo quando estou jogando, ou vendo filmes com DTS X.
É uma combinação de preguiça e de efeito limitado, ou efeito que nem sempre melhora a experiência. Para o usuário pegar um controle diferente, para mudar o som, a mudança teria que ser mais impactante do que é aqui na B555.
Ainda assim, não vejo como um problema da barra, pois praticamente todos dispositivos eletrônicos, sejam soundbars, TVs ou celulares, possuem esses modos que você quase nunca utiliza.
Caso você também seja preguiçoso, o último modo é o adaptive. Ele não é tão completo quanto modelos mais caros, que conseguem ler a geografia da sua sala, mas serve para acertar o modo. Ele lê o que você está assistindo, ou jogando, e ajusta as características do som de acordo. Costuma funcionar bem, e é o modo que eu deixo a barra quando eu não estou testando ela.
Conectividade
Na parte de comunicação física, a B555 trouxe o kit completo. Entrada e saída HDMI, porta USB e entrada óptica. Sem fio, apenas conexão bluetooth, sem o WiFi. A Samsung não deixa clara a versão do bluetooth, no entanto, indica a possibilidade de pareamento com dois dispositivos ao mesmo tempo.
Eu sempre testo esse recurso, pois costumo utilizar a TV e o celular pelo bluetooth, e funciona bem. A impressão que passa, é de não ser uma versão bluetooth tão nova, pois ela é um pouco demorada para mudar entre dispositivos, e são apenas dois. No entanto, não parece ser a pior, pois a conexão é estável, e depois que você acerta tudo, as coisas funcionam.
Dentre os recursos mais específicos da Samsung, vale reforçar que a barra não possui a sincronia sonora. Essa é uma exclusividade da linha Q ou superior, e também não possui acoustic beaming e tap sound.
Nada de Alexa diretamente, ou outros assistentes de voz. O que a B555 tem, são as soluções mais simples, como nivelamento de volume automático e modo noturno. Adições interessantes, que ajudam, mas o que a gente queria ver, era mais integração, igual acontece na linha Q.
Para gerações futuras, esse pode ser um ponto óbvio de melhoria, ainda mais agora que a parte do subwoofer fraco foi resolvida. E não é só porque o modelo é mais barato, que não merece fazer parte da casa inteligente.
Conclusão
Falando em preço, essa é a questão mais interessante. Ela começa em 1399 reais, mas já pode ser encontrada por 1329 no próprio site da Samsung. Um pouco mais cara que o melhor preço da sua antecessora, a A555, que já apareceu por menos de 1100 reais.
No entanto, o melhor preço atual da A555 é de 1320 reais. Algumas lojas vendem ela por mais de 1600 reais. Pode ser que o estoque esteja baixo, ou apenas aquele aumento de sempre, mas isso deixou a B555 melhor logo de cara.
Na época das promoções, caso ambas caiam de valor no mesmo ritmo, fica bem claro que a B555 é a melhor escolha. Ela é básica, porém boa. Melhor que o esperado para a categoria, principalmente quando o preço estabilizar num valor mais próximo de mil reais.
ettore candiani diz
Olá tem algum meio de entrar em contato com vocês. Gostaria de tirar uma duvida sobre o soudbar jbl580 .