A Blu, finalmente entrou de maneira oficial no mercado brasileiro, trazendo o Vivo XI e o Vivo XI+, em parceria com a loja NoteTec, dois aparelhos que se destacam principalmente pelos seus preços bem chamativos. Para entender qual é a melhor opção para você, deixamos os dois cara a cara e vamos juntos analisar todas as suas diferenças.
Design
Recentemente a Blu resolveu mudar de estratégia, e em vez de lançar 50 aparelhos de uma vez, começaram mais tranquilos e focaram apenas nesses dois modelos. Ambos entraram nessa onda de “inspirados pelo iPhone” com o notch, câmera em pé e bordas menores, mas a versão Plus traz melhorias em quase todos os aspectos do aparelho.
Antes de entrar a fundo, deixa eu comentar do tamanho. Quem nos acompanha sabe que eu não desses smartphones enormes que não cabem na mão, e por mais que o Vivo XI+, de 6,2 polegadas, seja só um pouquinho maior, ele já fica com uma pegada mais desconfortável. O Vivo XI, que chega perto de 5,9 polegadas, fica ideal para o tamanho da minha mão, mas é claro que isso é subjetivo.
No geral a construção é bem moderna, talvez moderna demais na minha opinião, afinal, o Plus jogou o P2 fora e colocou um adaptador USB-C na caixa, enquanto o pequeno ainda possui o micro-USB antigo e teve que incluir o P2.
Ter um micro USB pode ser útil para quem não quer trocar todos os cabos de casa, mas limita a velocidade e dá menos opções no longo prazo. Mas sinceramente, pelo menos tenho onde colocar meu fone de ouvido, que aliás, é um intra auricular bem ok.
Gosto da tendência das empresas estarem trazendo mais desse tipo de fone para esses modelos mais baratos. De resto não tem muitas surpresas, o Vivo XI é feito de plástico enquanto o Plus tem a traseira de vidro, e pra dar um estilo próprio, cada um vem com uma capinha no mesmo estilo barroco na caixa, além da transparente pra quem prefere algo menos chamativo.
Tela e desempenho
Seguindo a tendência das grandes marcas de smartphone, a resolução do aparelho mais barato é HD. Isso não chega a ser um problema tão grande, mas não dá pra negar que a tela Full HD do Plus é superior, principalmente pra quem gosta de assistir Netflix ou YouTube pelo celular.
O painel também parece ser diferente, já que ambos são IPS mas o Plus tem uma cor menos azulada e o brilho mais forte. Ele também lida melhor com o notch quando ele está na horizontal, diminuindo a proporção da tela automaticamente, enquanto o XI requer que você faça isso manualmente.
Na escolha do hardware, o Vivo XI+ oferece opções de 64GB e 128GB de armazenamento, acompanhados de 4GB ou 6GB de RAM. Já o Vivo XI só tem uma opção, 32GB e 3GB, respectivamente, além de ter o chipset mais fraco.
O Hélio P22 equivale ao Snapdragon 625, e é praticamente uma geração atrás do P60, o chip do XI+ que equivale, em CPU, ao Snapdragon 660. Suas pontuações nos benchmarks da AnTuTu e Geekbench mostram bem o que esperar dos dois sistemas.
Sinceramente, apesar de bons em processamento para o dia a dia, nenhum se aproxima da capacidade gráfica dos Snapdragons. O P22, por exemplo, roda os jogos em qualidade reduzida porém não te deixa na mão. Enquanto eu jogava Harry Potter e Asphalt 8 senti mais travadas no Vivo XI e uma lerdeza na hora de renderizar cenas mais complexas.
Em tarefas mais triviais, como mídia social e web, não existem muitas diferenças entre eles, mas isso é normal até quando comparados com outros aparelhos. Os chips de hoje em dia estão num patamar alto para essas tarefas cotidianas.
Câmera traseira e frontal
Em fotografia, os dois tem os mesmos sensores, são 16 e 5 megapixels na principal e 16 na selfie, mas o processador mais avançado do Vivo XI+ ajuda a deixar as fotos melhores. Outro ponto onde você sente o P60 trabalhar melhor é no HDR, ponto em que o XI menor tem bastante dificuldade e onde é também mais lento.
Mas no geral as fotos do aparelho mais caro tem menos granulados, são mais bem definidas e o modo retrato tem um recorte que é “menos pior”, chegando algumas vezes até a me impressionar.
Enquanto isso, o vídeo é bem ok. Nos dois casos a resolução se limita a 1080p a 30 frames por segundo e tem uma estabilização eletrônica aceitável.
Com relação à câmera frontal, os 16 megapixels são uma mão na roda para entregar mais definição para quem gosta de selfies, mas me deixam um pouco mais branco que o normal, típico de celulares que não estão tão customizados assim para os brasileiros. Novamente, processamento e retrato vão melhores na versão Plus.
Bateria
Pra finalizar, as baterias dos dois modelos que têm a mesma capacidade de 3000mAh e, apesar do P60 ser mais econômico, a resolução Full HD consome mais que HD e compensa qualquer ganho que o chip pode proporcionar, deixando o consumo dos dois aparelhos bem próximos, mesmo com o brilho em níveis iguais.
O carregamento não é rápido, então para encher as duas baterias demora uma média de 2 horas e meia. O diferencial fica na capacidade de carregamento sem fio do Vivo XI+, algo bem difícil de se ver em aparelhos dessa faixa de preço.
Conclusão
Esses dois trazem bem a proposta da Blu, que é economizar na produção e trazer o smartphone mais barato possível. O Vivo XI não deixa nada pra trás e está saindo por 900 reais, se tornando bastante competitivo no segmento, mas sem nada de especial logo de cara.
Se você é gamer vai precisar pular pra versão Plus que aguenta jogos mais pesados, mas de resto, é um bom pau pra toda obra.
O XI+ tem um diferencial interessante no armazenamento interno e RAM, com a versão de 64GB custando 1300 reais, enquanto a de 128GB sai por 1600 reais, entregando também carregamento sem fio e câmeras interessantes.
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