A smartband Galaxy Fit 2 vem com uma proposta de tomar ainda mais espaço nesse mercado e tentar manter seu público totalmente inserido no ecossistema da empresa. Será que a Samsung consegue competir com a Mi Band e entregar mais do que os smartwatches chineses?
Samsung Galaxy Fit 2
- Tela AMOLED de 1,1″ (126 x 294px)
- Bluetooth 5.1 e frequência cardíaca
- Acelerômetro e sensor giroscópio
- À prova d’água até 50 metros
- Bateria de 159 mAh
- Compatível com Android e iOS
A Samsung é uma das poucas empresas que consegue brigar com a Apple pelo mercado de vestíveis inteligentes no mercado nacional e muitas vezes no internacional.
Seus smartwatches são um dos poucos que permitem integração real com o sistema, permitindo responder mensagens, instalar apps, além de acompanhar seus passos, medir seus batimentos cardíacos e muito mais.
O problema é que eles geralmente são muito caros e por isso as pessoas acabam indo buscar algo como uma Mi Band ou um smartwatch importado, com software e recursos mais limitados.
A Galaxy Fit 2 não é exatamente uma smartband super avançada, com a mesma possibilidades dos relógios da Samsung, ela vem com um sistema próprio que se limita a medir seus batimentos cardíacos, medir o tempo de sono, o estresse e junto dele tem exercício de respiração, além de acompanhar os seus exercícios.
Construção
Por padrão, ela vem com apenas cinco variantes disponíveis na pulseira, mas você pode adicionar uma infinidade deles através do aplicativo Galaxy Wearable. Mas o que eu mais gostei mesmo foram das notificações.
Ela não é a única, mas é bastante difícil achar uma pulseira inteligente ou até mesmo um smartwatch que entregue boas informações pela telinha, algo que o Galaxy Fit 2 faz e vai um pouco além.
Por aqui, você consegue enviar respostas rápidas pelo próprio relógio, que podem até serem personalizadas pelo aplicativo, enquanto que pulseiras de outras marcas, como Mi Band 5 e Honor Band 4 da Huawei e relógios como Amazfit Bip e Haylou Solar LS05, só te permitem ler as notificações e as vezes nem isso direito.
Aplicativo e ecossistema
Acho que já deu para perceber que o Aplicativo Galaxy Wareble é essencial para que você consiga usar o relógio e parear com o smartphone, mas se você não tem um Samsung, além do aplicativo, será necessário instalar uma série de plug-ins que servirão para integrar a pulseira com seu smartphone, o que pode ser um processo chato.
Seja ele Xiaomi, Motorola, iPhone ou LG, você vai levar pelo menos uns 25 minutos a mais para terminar de configurar a pulseira, enquanto que na linha Galaxy foi só ligar a smartband e o bluetooth dos smartphones que eles já se encontraram.
Você é notificado com um pop-up na tela do celular, solicitando a configuração, e pouco tempo depois já sai usando. O processo todo não levou mais de 2 minutos. Pode ser que um Galaxy mais antigo precise de mais de tempo, mas certamente é uma experiência muito tranquila em todos os smartphones da Samsung.
O aplicativo pode sim ser baixado tanto na loja do Android como no iOS, permitindo que você usufrua de todas as funções da pulseira. É um app bastante bonito e mais organizado que o Mi Fit.
Eles entregam praticamente as mesmas coisas, mas a Samsung ganha no número de exercícios extras disponíveis. A única ressalva é que as respostas automáticas não funcionam no iOS, pois o sistema operacional não permite acesso às respostas da área de notificações.
Conforto e usabilidade
Além de ter um sistema bom, é importante que a pulseira tenha seja confortável de usar. Pensando nisso, o display de 1,1 polegada da Galaxy Fit 2 fica numa pulseira de silicone, que pode não servir em todos os tipos de braços, mas eu gostei de usar.
Ela fica firme e combina com a proposta mais esportiva da pulseira. Seu formato é mais quadrado, porém ela tem cantos com pequenas curvas, que impedem as arestas de serem incômodas, principalmente enquanto você está deitado e dormindo, já que uma de suas funcionalidades é monitorar o seu sono.
Porém, essa função não funcionou no primeiro dia. Eu até entrei e inseri manualmente meu tempo de sono – ou mais ou menos o que eu lembrava – porém, a pulseira não conseguiu recuperar nenhuma métrica daquele período.
O problema foi resolvido nos dias posteriores, rastreando e mostrando tudo que ele podia de informações. O legal é que, caso você não entenda algum desses dados, tem uma parte com uma explicação breve de cada um. Rapidamente você consegue ter uma ideia boa do que tudo isso significa, e pode até tentar usar essa informação para melhorar o seu sono.
Ainda pensando nos sensores, os batimentos cardíacos, que também são usado para medir o estresse, costumam ser certeiros, principalmente em repouso. Os resultados costumam ser parecidos com o de um medidor profissional, e inclusive, comparando com a Mi Band 5, as duas dão quase sempre os mesmos valores, então temos aí uma especie de empate nesse assunto.
Agora, onde a Fit 2 sai na frente é na contagem de passos. As duas erram, mas a frequência na Mi Band é muito maior, onde quase qualquer movimento com o braço é interpretado como um passo, o que é bem chato.
As duas se equiparam na proteção contra água, podendo aguentar até 50 metros de profundidade.
Uma desvantagem da Fit 2 é na bateria, que tem apenas a metade da autonomia da Mi Band 5, mas ainda assim consegue durar de dez a 12 dias, sem abusar muito dos contadores, o que é um tempo razoável.
Conclusão
Agora no final eu comparei bastante a Galaxy Fit 2 com a Mi Band 5, mas é porque, no mercado nacional, elas são praticamente as únicas que estão aqui de forma oficial.
Com isso em mente, em preço, as duas trocam bastante tampas. A pulseira da Samsung costuma variar entre R$190 e R$300 reais, enquanto que a Xiaomi pode estar mais barata ou mais cara, dependendo da época, ficando na faixa dos R$240 a R$320 reais – isso no preço de importadoras, sem garantia, o que eu julgo ser um problema, ainda mais se você fizer exercícios na água.
A Fit 2 briga de igual em preço, e as funcionalidades também são parecidas. No entanto, ela pode ser mais vantajosa por conta do seu aplicativo mais completo, e dos sensores um pouco mais certeiros – o que ajuda bastante na hora de acompanhar seus exercícios e o seu sono.
Se você, ainda por cima, tem um smartphone da Samsung, a vantagem dela é ainda maior, pois você tem certas melhorias ao permanecer no ecossistema da coreana, principalmente na hora de sincronizar a pulseira.
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