O Odyssey foi o primeiro notebook gamer da Samsung, e se por um lado ele trouxe um design bem interessante e especificações até que boas pelo preço, ele ainda esquentava um pouco mais que a média e faltava a opção de SSD. Apesar de ainda estar sem o SSD, o novo Odyssey traz a placa de vídeo GeForce GTX 1060, tem algumas mudanças em sua carcaça e vem mais parrudo pra estar preparado para VR, mas será que vale a pena pagar mais por ele?
Construção e tela
Olhando por fora o Samsung Odyssey não parece ter ficado muito diferente, mas conforme você chega mais perto e pega ele na mão, já fica claro que ele está mais grosso e mais pesado. Imagino que isso tenha relação com as necessidades que uma placa mais robusta acarreta, mas não fica claro se ouve alguma mudança na ventilação.
Por dentro dos dois modelos, o novo e o velho, você encontra dois slots de memória RAM que chegam até 16GB no mercado e que podem ser expandidos para 32GB. O HD ainda é o mesmo, com no máximo 1TB a 5.400RPM e o processador i7 7700HQ permeia todos os modelos Samsung.
Aliás, esse é um processador meio coringa que você encontra em vários modelos de marcas diferentes, seja para jogos ou desempenho. Isso é uma evidência de sua boa performance e mostra a variedade de placas de vídeo usada em conjunto sem gargalar.
A tela continua de IPS com o brilho perto dos 250 nits e acabamento anti reflexo, e apesar de ter uma média de contraste melhor do que a média e possibilitar conteúdo em HDR ainda não é tão legal. Se tivesse um brilho maior já ajudaria bastante.
Upgrade
Outra coisa que está igual é a presença de uma conexão M.2 para fazer upgrade para SSD, essencial para melhor desempenho em outras aplicações. Isso não é um ponto positivo porque já existem outros equipamentos mais baratos vindo com SSD. Um exemplo é o próprio Dell Gaming. Chato não ter SSD, legal ter a possibilidade.
Inclusive, a instalação é relativamente simples através da tampa de fácil acesso, que pra ser sincero a gente demorou pra abrir pela primeira vez. No Samsung Expert X50 foi bem mais simples. De qualquer forma é só retirá-la pra ter acesso à memória RAM e a entrada M.2 para SSD. Se quiser mexer em mais alguma coisa tem de abrir mais uma tampa e ter acesso a todo resto.
Tanto o acesso “fácil”, quanto a possibilidade de M.2 e os dois pentes de memória RAM sem nada soldado são importantes, porque atualizar sua máquina é algo que faz parte para aumentar seu ciclo de vida.
Teclado e refrigeração
O teclado continua me agradando bastante, a carcaça é a mesma e um dos problemas do ano passado, que era o equipamento esquentar demais nessa região do WASD parece ter sido resolvido. Para explicar um pouco melhor, o sistema de ventilação mantinha a parte de baixo resfriada mas a de cima chegou a mais de 50ºC segundo uma análise do notebook check, o que só confirmou nossa percepção.
Nesse novo modelo com a GTX 1060 parece que o problema parece está resolvido. Quer dizer, não é que ele não esquenta, depois de um tempo jogando, usando um render mais longo, ou brincando de VR, certamente que o notebook vai esquentar, vai ligar o cooler no máximo, mas o engraçado é que não estou sentindo esquentar tanto.
Como não houveram mudanças na carcaça, ou no interior, fomos checar os componentes: a CPU e a GPU quase chegam a 90ºC como no anterior e o CPU rapidinho desliga o turbo mode para não deixar a temperatura subir mais que isso, se mantendo nos 2,8GHz. Dá pra usar ele por longos períodos no colo e não incomodar.
O peso adicional parece ter vindo direto do incremento de bateria que foi para 66 watts, e o consequente incremento da fonte que passou de 120W para 180W – o que no geral subiu o desempenho de 4 para perto das 5 horas de uso em tarefas simples, Wi-Fi e navegação na internet.
Para acomodar os novos componentes a espessura passou de 2,82cm para 3,09cm e pode ter relação com a diminuição da temperatura geral do aparelho que agora tem um pouco mais de espaço para circulação.
Apesar da GTX ser mais “gastona”, é ela que faz o Odyssey ser VR Ready, pronto para a tecnologia Windows Mixed Reality. Nós usamos a função com o Samsung HMD Odyssey.
Desempenho
Mas eu falei, falei e falei e não entrei no principal: jogos! Por que pegar uma GTX 1060 e não uma GTX 1050 ou 1050ti? Pra começar testamos Fortnite, com as configurações todas épicas! Ele carregou rapidinho e durante a partida ele foi bem, e era o esperado mesmo já que não é super pesado. No começo ele se manteve forte, com 70-80 frames, mas logo já dá pra notar uma engasgada ou outra, principalmente em situações de muita ação, onde ele chegou a cair para menos de 50 frames.
Após jogar algumas partidas acho que até dá pra ficar com as configurações todas no máximo, mas o jogo fica melhor diminuindo algumas delas para “Alta”, principalmente se você for mais hardcore e prefere estabilidade em vez de gráficos.
LOL dá pra rodar tranquilamente com tudo no máximo, em tela ultrawide e quem sabem em Quad HD, afinal, o nosso modelo com 1050ti conseguiu tal feito naquele monitor Samsung com resolução mais alta e a 1060 tem um benchmark em média 45% melhor.
Indo agora para alguns jogos mais pesados, no benchmark próprio do Return of the Tomb Raider e usando as configurações pré-definidas “ALTO”, a média de frames ficou entre 40 em momentos mais leves e 25 em telas mais carregadas, teve algumas travadinhas e demoras na hora de carregar objetos, então pra ficar legal mesmo tive que customizar para algo entre médio e alto.
E como não é só de jogos que vive um notebook gamer eu decidi fazer um teste rápido, até pra saber se vale a pena pra gente no futuro usar o Odyssey para edição. Seguindo o padrão de sempre de renderizar o mesmo vídeo sem edição de 20 minutos em 4K conseguimos um tempo de 26 minutos contra 19 minutos no Dell Gaming com as mesmas configurações. Dai você me pergunta, como assim foi pior? HD versus SSD. Estamos falando de mais de 15GB de arquivos tendo de ser lidos e gravados novamente no disco.
Conclusão
Sabendo de tudo isso a que conclusão chegamos? Pegar um notebook com a GTX 1060 é um ótimo incremento para gamers mas um não tão grande para produtividade. Se você tá louco pra jogar VR, uma GTX 1060 é essencial e o par com o HMD Odyssey é simples e útil.
Apesar de melhor do que antes e com mais bateria, o Odyssey ainda sofre com resfriamento e falta de SSD, felizmente, o preço baixou e está condizente com outros equipamentos 1060.
Wallace diz
Estou olhando o Samsung Odyssey com GTX 1050ti e 256GB SSD direto de fábrica, pelas alterações que você disse, ele segue a mesma linha de mudanças do GTX 1060, bateria maior, um pouco maior e mais pesado. Acha que vale a pena? Queria um para poder jogar Planet Coaster! Não vejo o GTX 1060 já com SSD no mercado.
Ronaldo Cassio Guedes diz
Pega com a GTX1060 e coloca SSD M.2 DEPOIS.. NAO VAI SE ARREPENDER.
zilmar diz
TEM COMO TROCAR POR MEMORIAS MAIS RAPIDAS?
ele suporta?