A Samsung RU7100 é a TV 4K de entrada da SAMSUNG. Sendo bem direto, essa é, junto do modelo da LG, uma das opções mais seguras para você pegar se não quer gastar muito, ou pelo menos era nas últimas 2 gerações nomeadas de NU e MU. A ideia do review de hoje é analisar o modelo mais atualizado da marca para ver se ela ainda é um bom custo beneficio, afinal, já tá pipocando bastante promoção por aí.
Design e construção
O Design da RU7100 não traz nenhuma novidade relevante quando comparamos com a NU7100, o modelo de entrada do ano passado. Ela é uma TV bem fina, com um acabamento bem plástico, mas que ao ser minimalista é mais do que suficiente, principalmente se você colocá-la na parede.
Os pés em paralelo dão mais firmeza que o suporte central lá de 2017, mudança que eu gostei mesmo perdendo um pouco do espaço. Esse posicionamento serve também para implementar o visual com “cabos escondidos”, como a empresa chama, que é um conceito bem enraizado nos modelos mais caros QLED através da tecnologia One Connect.
Por aqui, até por conta da redução de custo, temos apenas as cavidades traseiras, as conexões nos pés e os acessórios que já vem na caixa e que auxiliam no processo. Eu gosto do esforço e acho que são soluções que dão uma ajuda no dia a dia. Porém, não vimos nada de novo entre o modelo de 2018 e esse de 2019.
Qualidade de tela
Pelo site da Samsung, o tal de PQI, ou Picture Quality Index, aumentou de 1300 na NU para 1400 agora na RU. Esse é basicamente um indicador criado pela própria Samsung para avaliar a qualidade de imagem, só que ela não significa nada muito concreto, e serve apenas como base para gente ter uma ideia, mais ou menos, do que esperar.
Como nós não temos equipamentos e testes pré formatados para encontrar diferenças tão sutis, decidi apelar para os dados do pessoal da RTINGS e parece que a RU7100 tem pequenos avanços na taxa de brilho em HDR e SDR em cenas reais e um avanço mínimo em volume e espectro de cores. O avanço é pequeno a ponto de não conseguirmos perceber a diferença entre os 3 últimos modelos.
Tem um ponto que eu sempre gosto de parar para explicar, porque mais do que aumento de resolução de HD para 4K, o grande avanço das TVs atuais foi a implementação do HDR, que necessita que o conteúdo também seja compatível para que seja aproveitado.
O segundo grande avanço foi no upscalling. Em tradução bem direta, esse é o aumento de escala, ou simplesmente pegar uma imagem menor e supor quais são os pixels que faltam para ela chegar na resolução de 4K. Esses dois novos tipos de “processamento” passaram a demandar um processador especial para televisores, e querendo ou não isso passou a fazer diferença.
Upscalling é uma tecnologia que você não percebe quando está trabalhando, mas que faz diferença na hora que o seu conteúdo não está na melhor qualidade possível. Eu mesmo já achei que estava assistindo Netflix em 4K e na verdade estava em 1080p, e basicamente não havia diferença clara. Dá para economizar na internet. A Samsung faz muito bem essa função. Marcas menos conhecidas no segmento são um pouco mais inconsistentes nesse quesito.
O problema da tela fica justamente para a “falta de brilho”, que complica bastante as cenas escuras, principalmente se você tiver em um ambiente pouco iluminado. Eu mesmo não consegui assistir Stranger Things nessa TV durante o dia no ano passado e não consegui ver a nova temporada novamente.
Os ângulos de visão também não são dos melhores, então se você deitar no chão já verá uma diferença. A questão do brilho dificilmente será resolvida sem gastar mais e pegar equipamentos um nível acima, mas a falta de ângulos de visão pode ser resolvida pegando um painel IPS, que a LG entrega.
As configurações são bem maleáveis e vale a pena desligar, por exemplo, o super contraste, porque esse efeito é um pouco forte e parece sumir com detalhes dos rostos de pessoas. No fim, eu gostei da imagem, é o suficiente para a maioria das pessoas, mas precisava posicioná-la para você fazer sua escolha. Para um ambiente muito iluminado, se quiser ir de Samsung, você vai precisar subir o nível para uma Q60R ou Q7FN.
Conectividade e Usabilidade
O modo específico para jogos continua por aqui e tem um atalho de fácil acesso, diminuindo o tempo de resposta da TV para 12 ms, o que é uma boa marca. Falando nisso, a RU7100 tem 3 entradas HDMI, sendo uma delas ARC para home theater, ela tem também duas entradas USB, entrada componente, AV, RF, saída de som ótica e o cabo ethernet. Um kit bem completo e padrão. Não vai faltar nada.
A grande novidade, no entanto, é a inclusão do Bluetooth 5.0 no modelo de entrada. E realmente, essa é uma inclusão que facilita o uso de fones de ouvido, soundbar e até home theater sem fio. Nos fizemos review de uma caixa de som recentemente, e deu para conectá-la sem problemas. O interessante é que a TV compensa um pouco o sinal, então não deu para notar nenhum atraso sério nem quedas na conexão.
Infelizmente, a RU7100 só se conecta à redes 2,4 Ghz, o que diminui bastante sua versatilidade e que pode acabar reduzindo velocidades. A transmissão de dados foi boa o suficiente para Netflix e YouTube rodarem em 4K em nossa rede de 300 Mbps aqui do estúdio. Em casa com uma rede de 100 Mbps o Tetflix geralmente ficou em 1080p e o YouTube conseguiu ainda chegar em 4K. Em testes de velocidade de internet através do browser eu tive instabilidades – muita gente reclamou de problemas de conectividade na NU7100 -, mas não consegui achar nada muito discrepante por aqui.
Além de se conectar à internet, o Wi-Fi é importante para o aplicativo Smart Things, um gerenciador da Samsung que te permite controlar todos os aparelhos compatíveis e conectados na mesma rede, pelo seu smartphone. Inclusive, na primeira vez que você liga a TV, ela já pede para deixar os dois, o celular e a TV, conectados no mesmo Wi-Fi para finalizar a configuração.
Uma vez que eles estão em sincronia, é possível dispensar o controle remoto e fazer tudo pelo seu smartphone, sem recorrer ao infravermelho. Em alguns aplicativos você consegue, inclusive, utilizar o teclado do próprio celular, fugindo daquela lerdeza que é escrever com o controle, e se for algo que precisa de login, o sistema reconhece e depois de sua permissão, já se conecta a sua conta automaticamente, reduzindo mais alguns passos da configuração.
Para colocar a cereja no topo do bolo, o aplicativo ainda tem uma área que é basicamente o touchpad de um notebook, só que para sua TV, facilitando bastante a navegação pelos menus da TV e de outros aplicativos. É algo bem similar à funcionalidade do controle Smart Magic da LG, só que utilizando seu celular, sem precisar comprar nenhum acessório extra. São pequenos detalhes, e não necessariamente exclusivos aos modelos da Samsung, mas que deixam a experiência com uma Smart TV bem mais agradável.
O novo controle mantém o design enxuto, só que com 3 botões de atalho adicionais. Achei um tiro no pé, já que a ideia sempre foi o sistema operacional ser simples o suficiente para você não precisar de botões adicionais.
Outro incremento é que agora o controle permite que você justamente controle outros equipamentos com ele – é possível trocar o canal da sua TV por assinatura ou dar play no DVD com um único controle. Vale a pena checar o que funciona com ele, mas é um avanço legal que só estava presente em modelos mais caros.
Algo que ficou de fora foi o comando por voz, que facilita e muito o dia a dia. Dá para substituir os comandos digitando, mas não é a mesma experiência. Aliás, o sistema de voz serviria apenas para digitar, porque a Bixby continua teimando em não ser traduzida para o português, ponto onde a LG vai melhor mais uma vez.
Uma certa novidade presente em toda a nova linha da Samsung é o aplicativo Apple TV e iTunes, fruto de um acordo entre Apple e Samsung, trazendo mais essa funcionalidade para a marca, o que pode ser útil para quem está imerso no ecossistema da maçã. Quem diria que uma TV Samsung um dia faria parte do “setup” de quem tem um iPhone.
Som
Basicamente todas as TVs dessa faixa de preço tem 2 alto falantes que totalizam 20 Watts RMS. A Samsung entrega uma qualidade bem razoável, nada acima da média, nada muito abaixo. Senti falta daqueles graves mais fortes, presentes em filmes de ação, nas torcidas do estádio ou em diversos estilos musicais.
Se você está vindo de uma TV mais barata, uma Full HD da vida, vai perceber uma evolução. Eu mesmo tenho uma MU6100 desde o seu lançamento e acho o áudio razoável, principalmente quando habilito a função “otimizado”. Um upgrade para caixa de som ou home theater é bem vindo.
Conclusão
A Samsung RU7100 é uma boa TV, que manteve todas as características e vem caindo de preço. Faltam ângulos de visão melhores e uma melhor conectividade Wi-Fi, coisa que os concorrentes tem, mas ela conseguiu diminuir esse espaço entre eles ao implementar a conexão Bluetooth e ao entregar um sistema fluido, com bom upscalling e indicado para jogar.
Procure promoções com afinco e você pode conseguir um ótimo custo benefício, principalmente se vier direto de uma Full HD e estiver fazendo um upgrade para a sua primeira TV 4K.
Gisleide diz
Tv não presta não recomendo comprei em 05/07/2020 em início de agosto de 2021 já estragou,
foi só passar a garantia, para conserto ficaria mais da metade do valor pago. Não compro mais tv sansung
ADRIANO MENDONCA diz
Idem, aconteceu comigo exatamente isso