O Amazfit GTS é o mais novo smartwatch de proporção quadrada da Huami, aquela empresa que a Xiaomi investe e distribui tecnologia. Apesar de não termos muita opção com relação à formas de relógio inteligente, o GTS claramente tenta ser um Apple Watch de baixo custo, com interfaces inspiradas no relógio da Apple, bem menos funções e muito mais bateria.
Para quem ele faz sentido, quais são seus diferenciais e se vale a pena pagar os 140 dólares que estão pedindo nele é o que falaremos no review de hoje.
Há poucos dias nós soltamos o review do Amazfit GTR, versão “redondinha” dos novos modelos da empresa, e uma galera começou a perguntar sobre o GTS porque poxa, eles saíram praticamente juntos e compartilham muita coisa.
Para posicionar melhor o Amazfit GTS, ele custa 10 dólares a menos que o GTR e está disponível em mais cores, como é na linha Bip. Aliás, o GTS é basicamente um Bip tunado, com foco em esportes e notificação.
Muita gente me perguntou se ele faz ligação, se tem NFC, se dá para responder notificação e a resposta é não. Para conseguir isso você vai precisar gastar mais e pegar um Mi Watch, que sai pelo menos 100 dólares mais caro.A ideia por aqui é medir seus passos, seus exercícios e seu sono com uma acuracidade maior e com uma tela maior.
Design
O equipamento está disponível em caixa cinza, ouro rosé, azul petróleo, uma cor bege com a caixa dourada e para fechar, o preto clássico, que é o que temos em mãos.
Aqui você encontra o mesmo formato quadrado com cantos arredondados e um único botão pra operação, porém, um grande ponto positivo da linha Amazfit e que se manteve por aqui, foi o mesmo sistema de troca de pulseiras. Uma grande vantagem quando você quiser ou precisar trocar, o que não acontece com o Apple Watch por não ter a trava padrão.
Essa caixa ainda abriga uma tela de 1,65 polegadas com tecnologia AMOLED, e em termos de qualidade, é praticamente a mesma experiência que eu tive com o GTR, ou seja, ela é bem definida e nítida. Aliás, parece até que o GTS pode ser um pouco mais brilhante, já que eu não tive o mesmo problema com ele do que com o GTR.
Como temos uma tela AMOLED, o dispositivo passou a permitir um modo de sempre ligado que mostra a hora, mas que basicamente é furada, já que diminui bastante a autonomia da bateria e possui um brilho baixo, que fica difícil de enxergar no sol.
Bateria
A bateria é um dos principais pontos por aqui. O GTS não é um smartwatch que entrega mais função. Vou ressaltar – ele é um Bip com muita bateria. Bateria para iluminar uma tela amoled até mesmo na rua e tirar mais medições de batimento cardíaco por hora.
Como ele faz um maior monitoramento, o meus dados de sono pareceram bem mais completos, tal como as análises durante o dia que podem ficar disponíveis a qualquer momento via Watch Face. Como ele é um relógio menor, eu consegui também dormir com ele com maior facilidade do que com qualquer outra band ou relógio grande.
Mesmo assim ele entrega quase 2 semanas de uso, em média. Eu gastei 10% em dias comuns e uns 15% em dias com GPS ligado, justamente por olhar, fuçar e deixar tudo ligado. Um dos recursos mais interessantes desse sistema é a estimativa de quanto tempo de GPS ligado você tem disponível, e a empresa promete de 24 a 25 horas de uso contínuo.
A Amazfit ainda fala do modo de observação, que leva a bateria na casa dos 40 dias de uso, mas aí perde todo o propósito de ter mais funções que um relógio comum, já que ele desliga todos os recursos do relógio para economizar energia.
Na hora que a energia chegar no fim temos um ponto bom e um ruim: o carregamento é feito com uma base magnética proprietária – o que incomoda -, mas isso só é necessário porque ele é completamente selado com certificação de 5 ATM, o que faz dele o companheiro perfeito para a piscina.
GPS
Por falar em GPS, as coisas aqui ficam um pouco melhores que no GTR, mas ainda não são perfeitas. O GPS e GLONASS ativados ao mesmo tempo agilizam seu funcionamento – geralmente perto de 30 a 45 segundos depois de ligado e a captação tem uma precisão aceitável.
Infelizmente, diferente do Strava, o app da Huami não ajusta o caminho e vira e mexe eu faço pequenos desvios para calçadas ou para dentro de casas. Seus valores estarão próximo dos reais, mas não são dos mais confiáveis. Melhor mesmo é conectar através do app com o Strava e deixar que o algoritmo deles de uma tratada um pouco melhor nos seus treinos.
Aliás, o legal é que dá para treinar, ou pelo menos monitorar, outros 11 tipos de atividade. Nas atividades internas, que não usam o GPS, tem natação, ciclismo, elíptico e esteira, além de claro, as atividades em área aberta, que usam o GPS para medir os dados do treino, seja sua corrida, bike, caminhada, trilha e até esqui.
O legal é que com os dados dos exercícios, o GTS agora define um score de PAI, ou Personal Activity Intellingence. Ele é basicamente um indicador de esforço. Faça 100 pontos na semana e você está saudável. Fez poucos pontos? Vai ter de fazer alguma atividade leve por mais tempo ou uma pesada por menos tempo.
Funções
Voltando um pouco mais para outras funções, o Amazfit GTS conta com os mesmos recursos extras do GTR, como aplicativo de alarme, cronômetro, timer e bússola.
Vale lembrar que esse modelo não tem memória interna para colocar suas músicas, mas se o relógio estiver pareado com seu smartphone, você pode avançar e retroceder a faixa no Spotify ou qualquer outro aplicativo que dê essas opções na barra de notificações, como é o caso do Youtube, por exemplo.
Falei lá no review do GTR que muito da experiência de usar esses smartwatches fica para o aplicativo no seu smartphone, e aqui não é diferente.
O GTS continua usando o mesmo Amazfit OS, que roda de forma fluida e sem travamentos, bem condizente com sua faixa de preço, e no aplicativo você consegue mais detalhes das suas atividades físicas, registro de sono, batimentos cardíacos e as Watch Faces personalizadas.
Vale comentar também dos aplicativos não oficiais e que a gente indica muito, como o AmazFaces, para encontrar uma watchface mais bacana que as convencionais e o Notify and Fitness, que conseguem detalhar melhor algumas coisas que o app padrão não faz, e que estão disponíveis apenas para o Android.
Conclusão
O resumo da conversa para mim é que o Amazfit GTS, tal como o GTR, serve para um público que quer um relógio para monitorar atividade física com qualidade, mas que ainda não é um profissional e quer fazer isso de uma forma bonita e sem ter de ficar carregando todo dia.
Baita de um relógio legal, com uma tela boa, design bonito que dá para se passar por um Apple Watch sem parecer barato, além de funções que dentro de suas limitações são bem legais.
Com o Samsung Active entregando basicamente o mesmo por esse preço, eu até que iria com ele se gostasse de uma interface redonda. Tomem cuidado com o preço de lançamento. Se quiser mais funções, espere pelo Mi Watch, mas em compensação, ele deverá ser quase tão caro quanto o Apple Watch.
ESTUDAR MAIS diz
PAREI DE LER QUANDO VI O ERRO NO NÃO TER NFC, TEM SIM!
LUIS PAULO BARBOSA diz
Se tem NFC como vc ativou? Pq ele vem desabilitado pra versao global, E pramim sem a funçao NFC o relogio perdeu seu valor
John diz
Ele tem ou não NFC?
USousa diz
Meu DEUS! Ninguém fala se o produo sincroniza com STRAVA! Já vi posts e NADA! Isso muito básico hoje um dispositivo sincriniar com STRAVA.
Marcelio Alves diz
Sincroniza com o Strava. Muito bom para atividades físicas.
Jaqueline P. diz
Muito interessante. Vocês já fizeram o review do Mi Watch??? Gostaria muito de saber seu ponto de vista
alana diz
No gts tem como controlar a música pelo relógio enquanto faz exercício
Maria Katiuscia Batista diz
Que análise péssima essa, não fala das funções com redes sociais e se atende ligações