A Xiaomi ficou bastante conhecida no mercado de smartphones por entregar celulares baratos e com uma qualidade acima da média, e apesar de novos modelos caros terem sidos lançados, quem ainda é o carro chefe da empresa em número de vendas é a linha Redmi, que chegou a sua quinta geração. Mas será que ele vale a pena?
Design
Eu acho acho que a Xiaomi é uma empresa esperta, de verdade. Logo que você pega o Redmi 5 na mão tem uma sensação de déjà vu, tanto da versão anterior que era basicamente a mesma, quanto de alguns celulares nacionais de uns 2 anos atrás como o Vibe K5.
Sim, é o mesmo acabamento em metal, bem clean e que não se tem do que reclamar. Existem modelos na mesma faixa de preço como o Honor 9 Lite que sinceramente são bem mais bonitos, mas a Xiaomi quer ser funcional e nisso ela está certa.
Pelo menos por aqui temos um grande número de opções de cores, como azul, rosa, dourado (a que temos aqui), o preto e um outro tipo de azul, o blue lake.
Para essa faixa de preço e equipamento eu acho de bom tom a manutenção do USB-B e a entrada de fone de ouvido, que fica no topo do aparelho.
Ele conta com uma bandeja híbrida, bem comum nessa faixa de preço e para surpresa de muitos, um sensor infravermelho, coisa difícil de se ver nos modelos nacionais e que pode ser bem útil quando você esquece o controle remoto em algum lugar da casa.
O som do equipamento sai apenas por esses buracos na parte de baixo, mas não se engane. Apesar de ter saídas nos dois lados ele funciona apenas de um lado e olha, a qualidade é ok. E quando falo ok, é porque ele traz exatamente o que eu esperava, um som até que alto mas sem qualidade e definição nos médios e graves.
Pra consumo de mídia rola sem problema algum e é exatamente o que você irá encontrar em outros modelos na mesma faixa de preço.
O chato é que (como sempre ocorre nos importados) não temos temos fones de ouvidos na caixa, mas felizmente temos uma capinha de plástico que está virando padrão, protege bem o aparelho e fica muito bem na mão.
Tela
Ele é mais comprido e bem reto na sua traseira, o que pra mim é um ponto positivo. Ele não tem um bom aproveitamento da parte frontal, então os 5,7 polegadas da tela são o máximo pra mim. Pegar um modelo plus já me incomoda.
A tela é de uma qualidade que me impressionou. Ela conta com tecnologia IPS LCD, boa taxa de contraste e cores e principalmente, uma boa taxa de brilho. Sem brincadeira, não dá para usar tão bem quanto um flagship no sol, mas em média luz fica bem bonitinha.
O problema é que a tela tem apenas resolução 720p, resultando em menor qualidade na reprodução dos vídeos. Eu falo disso porque no dia a dia a tela é bonita, só incomoda na hora de ver videos mesmo.
Preferi a tela do Redmi 5 quando comparado diretamente com o Moto G6 e até mesmo o LG Q6, que abusou de contraste para parecer melhor.
Acho que acabei gostando mais da tela por conta da MIUI, sistema proprietário da Xiaomi que tem suas próprias opções e um design muito legal.
Infelizmente, o modelo que chegou para nós é o chinês, onde precisamos instalar a Google Play separada e acabamos tendo alguns teclados chineses e coisas chatas. Já existem os modelos com o sistema operacional global, fiquem atentos pra isso.
Não vou entrar em detalhes de funcionalidade mas MIUI é legal, vale a pena e geralmente é atualizada, então ponto pra ela. Infelizmente ela é um pouco pesada, já que dos 32GB que estão no equipamento, 10GB estão inutilizados por conta do sistema. Esse é um número bom pra um equipamento desse preço.
Desempenho
Com um processador Snapdragon 450, um octa-core de 1,8ghz e mais 3GB de RAM, o Redmi 5 consegue rodar todos os aplicativos mais básicos e jogos intermediários, sofrendo um pouco mais em jogos que exigem mais do processador.
Outros jogos pesados também sofrem, mas um Freefire ou PUBG mobile com resoluções mais baixas vão bem.
Felizmente, o Snapdragon 450 já permite conexão com redes 5ghz e gravação em até 60 frames com resolução Full HD. Avanços até mais importantes que o desempenho em si.
O celular também conta com todos os sensores – giroscópio, luminosidade, orientação, número de passos e por aí vai. Ele é realmente bem completo nesse quesito.
Bateria
E na bateria também, já que com 3300mAh, é possível chegar perto de 7 a 8 horas de tela, um número que dá para um dia de uso e até sobra.
Para carregar, 2 horas e 10 minutos, um valor um pouco acima da média dos conhecidos carregamentos rápidos que chegam perto de 1 hora e 40 minutos de carregamento.
Eu particularmente não senti tanta falta assim, mas os primeiros 30 minutos do Moto G6 Play por exemplo vão bem mais rápido que no Redmi 5.
Câmera traseira e frontal
Vamos fechar com as câmeras! O Redmi 5 traz uma lente única traseira de 12 megapixels que conta com uma abertura f2.2.
Ela entrega fotos bem legais pelo seu preço, desde que você esteja em boa luz. Eu falo isso porque em média e baixa ela sofre demais para entregar fotos granuladas e aceitáveis.
O equipamento grava apenas em 1080P com uma estabilização bem fraquinha e em comparação direta com o Moto G6 Play ele fica um pouco para trás, tanto nas cores como em definição.
Ele ainda se saiu melhor do que o esperado para sua faixa de preço, principalmente por conta do software da Xiaomi que traz algumas opções legais.
Na frontal não tem jeito, com 5 megapixels mesmo em boa luz você não consegue sair com uma boa definição, muito menos em baixa luz.
Tanto a câmera frontal quanto a traseira possuem flash led que é retratado sempre como um beneficio mas não teve nenhuma foto que eu consegui sair bem usando essas tecnologias, então, podemos dizer que não é tão útil assim.
Conclusão
Sabendo de tudo isso, sim, o Xiaomi Redmi 5 vale a pena, principalmente se o dólar colaborar na época em que você procurar para vender.
Falo isso porque é possível encontrá-lo de 130 a 150 dólares, o que em conversão direta mais impostos pode variar entre 700 e 800 reais.
Nesse cenário, ele tem uma tela mais bonita e um sistema operacional que eu particularmente prefiro, mas perde em câmeras, bateria e até mesmo no fato de não ter assistência técnica e poder demorar mais de um mês para chegar, quando comparado com o Moto G6 Play, que está saindo perto dos 1000 reais.
Nesse cenário pode ser vantajoso ir direto para um Redmi 5 Plus que tem melhor processamento e bateria, todos já alocados em um corpo maior.
Léo Walk diz
Ótima analise!!! Parabéns.
viictor diz
boa analise parabens