O Galaxy J4 Plus é um aparelho de entrada com um design bonito que nos surpreendeu de uma forma ruim: o preço de lançamento era muito exagerado. Alguns meses depois, com seu valor mais regulado, será que é uma boa opção pra você? É o que vamos discutir hoje!
O Galaxy J4+ pode não ser o mais potente, mas com certeza é um dos smartphones mais bonitos da sua nova faixa de preço. Aliás, eu preciso falar disso logo de cara.
Design
Lançado por 1100 reais, hoje já pode ser encontrado por 650 reais, onde só tem plástico rolando solto no acabamento. Não que ele não tenha esse material, é só que a tentativa de imitar vidro através do plástico é muito mais bem sucedida.
Seu design segue uma tendência mais moderna que o Galaxy J4 anterior, espremendo as bordas das extremidades e removendo o botão físico, valorizando mais a frente e alongando o corpo.
O que eu senti falta foi de um leitor de digitais, que não foi para o botão de ligar igual no Galaxy J6+, nem para baixo do vidro igual seu primo de muitos mil reais a mais, ele simplesmente foi removido.
Até onde eu me lembro, apenas esse e o J4 não tem essa função, pelo menos entre os mais modernos da família J, o que é um problema ou pelo menos um desconforto para quem já tem aparelho com essa função.
O desbloqueio então é feito por PIN ou reconhecimento facial com a câmera de selfie, que além de não tão seguro, as vezes demora mais para liberar a tela. Legal a implementação disso aí.
Tirando esse contratempo, o resto do corpo está bem completo. Tem P2, duas bandejas para dois chips de operadora e expansão de memória e a entrada micro USB na versão antiga para você não ter de trocar os seus carregadores.
O áudio fica na lateral, numa posição um pouco mais difícil de tampar quando o celular está na horizontal, mas é mono, com uma qualidade padrão para o preço. Os fones poderiam ser intra auriculares, mas são até que legaizinhos.
Tela e desempenho
Ainda na parte externa, a tela é melhor do que eu imaginava. O espaço extra do novo formato permitiu chegar a 6 polegadas em resolução HD, que pode ser inferior para assistir Youtube ou Netflix, mas dá para sobreviver graças a qualidade do painel, que assim como no J3 de 2017, é de IPS LCD.
Essa é uma das estratégias para reduzir um pouco os custos, já que AMOLED é mais caro, mas que não afetou tanto assim a qualidade. A Samsung continuou priorizando bons níveis de contraste e de representação de cores. Além de brilho forte que vai te permitir usar o aparelho bem embaixo do sol.
No desempenho temos o padrão: são 32 gigabytes de armazenamento e apenas 2 giga de RAM, o suficiente para o Snapdragon 425, um chip feito apenas para rodar os aplicativos gerais e rolar um gamezinho básico, sem muita coisa rolando tudo junto.
Na interface o celular não costuma travar, mas sofre nos joguinhos e se você utiliza vários apps em paralelo. No Arena of Valor, por exemplo, as configurações ficaram no mínimo e ainda tinha queda de frames, mas dá para completar uma partida. Free Fire, mesma história. Não consegui rodar Asphalt 9 por falta de compatibilidade, então é importante ficar atento se ele roda o que você joga, caso você faça parte desse mundo gamer e estiver interessado nesse smartphone.
Vale comentar que o sistema ainda é o 8.1, com promessas de ser atualizado para o Android Pie e para a nova interface da Samsung, a One UI, ainda no primeiro semestre de 2019. Existe uma chance dele ficar mais rápido na versão mais nova, mas é difícil saber a esse ponto como exatamente o chip vai lidar com os novos recursos e quais ele suporta.
Um ponto positivo é a bateria de 3300 miliampere hora que se beneficia bastante da tela HD. O consumo foi de 10,8% em uma hora de Youtube, e 19,9% em jogos mais pesados, ambos no brilho máximo. Se você equilibrar bem o uso e deixar a tela menos brilhante, o J4+ chega no final do dia com um bom respiro, antes de ter que ir para tomada quando você for dormir.
Aliás, tem de ser na hora de dormir por conta do carregador de 6 watts que vem na caixa. Precisei de 3 horas cravadas para ir de 0 a 100 por cento, um tempo alto quando comparado com aparelhos mais caros, mas bem parelho com todo o resto que você irá encontrar até 700 reais.
Faltam vários sensores no J4+, inclusive giroscópio e a bússola, que ajudam bastante na hora de se guiar pelo Google Maps ou afins, o que pode ser um problema principalmente para quem trabalha com esses tipos de aplicativo.
Câmera frontal e traseira
Para finalizar, câmeras. A frontal é bem básica, com 5 megapixels e abertura f/2.2, onde falta definição e é fácil ficar granulado. Resultado do modo embelezamento, que força para corrigir algumas coisas.
Temos o modo retrato nessa frontal o que é um avanço legal. Ele identifica seu rosto sem dificuldade e o resultado é ok – eu esperava que seria pior. Enfim, foque em usá-lo quando tiver bastante luz.
Gravação em 1080p nessa frontal é legal, mas de novo, os poucos megapixels não ajudam. Tem celular com frontal melhor um pouquinho mais caro na própria Samsung – esse modelo fica um pouco abaixo nesse quesito.
A câmera traseira por outro lado tem alguns avanços legais. Ela conta com uma resolução de 13 megapixels que traz resultados satisfatórios em boa luz, com níveis de detalhes bem razoáveis. Não dá para dizer que ela está muito à frente dos concorrentes mas quebra muito o galho e já vem com bastante funções – típico da Samsung.
Em filmagem, temos um problema bem chato. Se você mexer um pouco o celular ele já começa a procurar de novo o foco, diminuindo bastante a qualidade da gravação. Se você gosta de filmar é bom procurar outro aparelho ou checar se isso foi corrigido.
Conclusão
Se desse para resumir o J4 Plus em seria “concessão”. Em vários pontos a Samsung abriu mão de algo que poderia ser melhor, para manter a usabilidade e o preço dentro de uma margem melhor. Já tem modelo mais antigo na mesma faixa de preço com sensor de digitais, câmera frontal melhor e com um pouquinho mais de sensores, mas com tela menor e software desatualizado, como o J5 Prime e J5 Pro.
Um Moto G7 Play da vida pode chegar perto do preço dele e trazer melhor desempenho em troca de uma tela pior. Enfim, é um aparelho até que “competitivo” dentro de suas próprias características – construção, tela e novo preço.
Diego diz
Concordo com a analise, mas, como comprei um e estou usando, acrescento:
* Logo nos 3 primeiros meses, veio atualização de software. Quando a fiz, o celular perdeu o rendimento de forma ridícula, ficou muito lerdo. Logo depois veio outra atualização, e ficou bem complicado de usar o celular.
Resumindo: em menos de um ano, ele ficou praticamente imprestável.
Andreia diz
Boa tarde me chamo Andreia o meu ainda tem 15 de memória e mesmo assim está desligando sozinho do nada fica horas sem conseguir ligar ele agora já tem um dia que não liga por mais q eu tento apertando o botão não liga alguém já passou por isso pra me dar a dica