O Galaxy J4 é o aparelho da Samsung construído para ser o mais econômico possível e ainda poder ser chamado de um “upgrade” quando comparado com os produtos de entrada do ano passado. Será que conseguiram melhorar aspectos suficientes ou ainda vale mais a pena ir com um celular mais antigo, de uma classe acima? Essa é a questão que eu vou explorar na análise de hoje.
Design
Uma coisa que não muda nos modelos mais baratos da Samsung e se trata do design. Se você já viu o J2 Pro, J2 Prime ou até o J1, sabe o que esperar nesse quesito do Galaxy J4.
A primeira coisa que faz parecer que ele parou no tempo é a presença do botão físico de home que não conta com sensor de digitais e as bordas bem grossas, algo cada vez mais raro nos dias de hoje. O que mudou foi o tamanho, o J4 tem uma tela de 5,5 polegadas, num corpo de plástico até que bem larguinho, de 151 por 77 milímetros e 8,1 milímetros de espessura.
Basicamente ele é um dos maiores celulares de entrada que você pode pegar – tanto o J2 Pro como o J3 -, que era de 2016 são apenas de 5 polegadas.
A traseira é outro ponto que lembra bastante celulares antigos. Ela é removível e te dá acesso a 2 chips de operadora, micro SD e a bateria. Aqui você encontra também a câmera única, o flash LED e a saída de som.
Por algum motivo a Samsung gosta ou precisa colocar o falante nesse lugar nesses aparelhos mais em conta, coisa que eu particularmente acho ruim para consumir qualquer tipo de mídia, já que além do som se afastar de você, é fácil de tampar jogando ou assistindo vídeo.
Em questão de entradas, o J4 possui micro USB tipo B e o P2, localizados na parte inferior do aparelho. Mas é claro que não dá pra ser tudo igual a geração passada. A primeira evolução comparado com 2017 é no painel de AMOLED da própria Samsung. Sua resolução é apenas HD, mas as cores são bem vivas, o brilho chega a 580 LUX, tem bons ângulos de visão e o contraste infinito do AMOLED é provavelmente o que mais me atrai e o que deixa esse aparelho na frente de outros smartphones baratos que usam LCD ou IPS.
Desempenho
O desempenho também melhora um pouco, mas é bem pouco. O chipset Exynos 7570 tem uma CPU quad core de 1,4 GHz e já está com uma certa idade, então jogos como FIFA e PUBG ficam bem travados, até nas configurações mínimas.
Ainda assim ele é melhor que o Snapdragon 425 do J2 Pro, por exemplo. Na fluidez da interface, o J4 não teve maiores problemas. Mesmo mais fraquinho ele recebeu o Samsung Experience 9, e manteve o Android 8.0, sem previsão para atualizar para o Pie. De qualquer forma está com quase o sistema mais atual e isso é legal para ter algumas funções mais novas.
Principalmente nesses aparelhos de entrada, eu gosto de ressaltar o fato de que a Samsung te permite criar 2 aplicativos em paralelo do Whatsapp, Telegram ou outros comunicadores, como o Facebook, isso, junto com os 2 chips pode tornar esse smartphone extremamente útil, tipo um celular de trabalho barato.
O J4 vem em versões com 16 ou 32 gigabytes e 2 de RAM. A versão que temos aqui é a de 32 GB e só de baixar alguns joguinhos e tirar foto para o review, o espaço disponível na memória já caiu pela metade. Se você está em um daqueles grupos de Whatsapp que vive enchendo a conversa com vídeos engraçados e fotos para dar bom dia, é uma boa ir com o tamanho maior também ou pegar direto um Galaxy J6 que bate quase o mesmo preço da versão com maior armazenamento do J4, que só vale realmente a pena com 16 GB.
Bateria
Um ponto onde esse aparelho se sai bem é na bateria são 3000 mAh de carga que duram o dia inteiro fácil. A resolução baixa da tela e a falta de capacidade gráfica para os joguinhos ajudam a consumir ainda menos quando comparado com outros modelos com bateria parecida mas processamento mais forte.
Você só vai precisar lembrar de colocar ele pra carregar quando você for dormir, porque faltam carregamento rápido e o carregador da caixa tem apenas 5W. Aqui eu precisei deixar ele na tomada por quase 3 horas pra conseguir ir de 0 a 100%.
Vale comentar também que ele não tem sensor de luminosidade, que poderia ajudar ainda mais a manter a tela ajustada para suas necessidades.
Eu gosto sempre de comentar também que a falta de RAM e de processamento fazem com que esse celular sofra um pouco no uso com GPS, se você é taxista, Uber ou quer fazer uma viagem sem se preocupar vale a pena fazer um upgrade.
Câmera traseira e frontal
O sensor frontal do J4 tem 8 megapixels e quase nada de definição. As selfies ficam borradas e ela até tenta fazer um modo retrato, mas o processador é muito fraquinho para conseguir bons resultados. Então eu não tentaria usar muito esse modo não.
O sensor traseiro também não chega muito longe, são 13 Megapixels e abertura f/1.9, sem HDR, nem milagres no pós processamento. Apesar de conseguir gravar em Full HD, a falta de um processador mais forte também afeta os vídeos. A estabilização é inexistente e o HDR tem dificuldade com qualquer fonte de luz.
No geral é um conjunto fraquinho, bem parecida com a do J6, porém, considerando a faixa de preço, ela não é nem das melhores nem das piores e você consegue fazer bom proveito dela, sem esperar resultados espetaculares.
Conclusão
O J4 é um smartphone bem básico, para quem não quer ou não pode gastar muito mas ainda quer um produto bonito. Saindo atualmente perto dos 550 reais na versão de 16 GB ele pode até valer a pena para quem quer uma tela de qualidade. Aliás, volto citar a utilidade dele como um celular de comunicação para trabalho ou coisa do tipo.
Provavelmente em um ano ele já comece a ficar ultrapassado, mas quem não tem grandes ambições provavelmente consegue utilizar o Galaxy J4 por mais uns 2 ou 3 anos. Para quem precisa de um pouco mais de armazenamento, eu já recomendo ir direto para o J6, afinal o preço do j4 de 32 GB está bem próximo.
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