O Galaxy A31 é o mais recente aparelho intermediário de entrada da Samsung. Com o aumento de preço de todas as linhas, ele meio que passa a ocupar também o espaço onde o A50 estava no ano passado – a faixa de preço mais vendida. Nesse ano onde, tirando um outro outro caso, as evoluções da linha A não estão impressionando, será que o A31 consegue ser uma boa opção para custo beneficio ou descer uma série o torna inviável?
Samsung Galaxy A31
- Processador Helio P65
- 128GB com 4GB de RAM
- Tela: OLED de 6,21″ (1080 x 2248px)
- Câmera principal: 48MP (f/2.0) + 8MP (f/2.2) + 5MP (f/2.4)
- Câmera selfie: 20MP (f/2.2)
- Bateria: 5000 mAh
- Android 10.0
Construção e tela
O Galaxy A31, no geral, mantém várias características que nós já estamos acostumados a ver num aparelho da linha A. O seu corpo é todo feito em plástico, e o design lembra bastante os modelos mais caros, só que numa espécie de versão light.
A grande peça de dominó está presente na traseira, e a estampa até que é criativa, dando um charme a mais para o celular, quando comparado com as antigas traseiras lisas.
Na parte frontal, em vez do furo, a Samsung preferiu continuar com o entalhe em forma de U, inclusive um pouco maior que de costume, e o leitor de digitais fica por aqui também, debaixo da tela, naquele esquema com luzes que não é mais ruim, mas também não é tão preciso quanto as alternativas.
E por baixo, você ainda encontra a entrada para fone de ouvido – que felizmente ainda não foi totalmente “esquecida” pela Samsung -, junto também do único alto falante, que é alto mas de qualidade bem limitada.
Entre os dois está o USB do Tipo-C, que se tornou o padrão da indústria no ano passado, mas eu estou comentando aqui para lembrar quem não trocou de celular nos últimos 3 anos que aquele seu cabo antigo não vai funcionar por aqui.
Pensando no corpo como um todo, parece que a tendência de 2020 é utilizar a proporção de 20:9, o que dá uma cara mais comprida para o aparelho. Isso não necessariamente significa que está maior, e como a altura é a mesma, foi a largura que ficou um pouco menor, resultando numa tela um pouco mais apertada, apesar de ainda ter 6,4 polegadas.
No geral, eu senti que a pegada ficou um pouco mais confortável nesse formato, só que em conteúdos que não conseguem se adaptar legal a essa nova proporção, como por exemplo, um vídeo no YouTube, as barras pretas ocupam um espaço maior da tela, enquanto que o vídeo propriamente dito, fica menor.
É o tipo de mudança que grande parte das pessoas só vai notar quando colocar o A31 e um celular antigo lado a lado, mas até para quem nota de primeira, como as medidas ainda são parecidas, fica fácil de se acostumar.
Até porque, em questão de qualidade, o A31 se mantém muito bem, mesmo sem trazer nenhuma grande evolução, pois os painéis Super AMOLED de entrada da Samsung estão com bastante qualidade há um tempo.
A resolução também continua Full HD, algo que alguns aparelhos nessa categoria de “intermediário barato” não estão mais trazendo. Vale comentar que o impacto que uma tela melhor tem no seu dia a dia varia bastante, e nesse caso, o único ganho real é no consumo de vídeos, pois não é em todo jogo que você vai conseguir usar a resolução maior.
Hardware e bateria
Só que quando a gente olha para o desempenho dele em relação aos outros aparelhos dessa faixa de preço, o A31 até que manda bem. Ele utiliza o Helio P65, que consegue bater de frente com o Exynos 9610 do Galaxy A50, e alguns testes sintéticos o colocam à frente do aparelho do ano passado.
Só que na vida real, o Exynos ainda fica na frente, pois me parece que a solução gráfica da MediaTek ainda não está no mesmo nível das demais empresas. Nos jogos é onde você mais nota essa diferença, onde o Asphalt 9 fica numa configuração gráfica abaixo do A50, e no Call of Duty Mobile, onde você precisa ficar numa taxa de quadros por segundo mais baixa, para não travar, o que piora um pouco a jogabilidade, fica mais difícil de mirar com precisão e tudo mais.
Analisando de uma forma geral, se o seu foco for jogar por aí, eu ainda colocaria o A31 na frente do A50, e talvez até do A51, por conta da sua bateria de 5000 mAh. A grande dúvida nesse assunto era se o P65 seria tão gastão quanto os outros chips da Mediatek, e para minha surpresa, ele conseguiu ser bem competitivo.
Jogando por uma hora, com o brilho no máximo, Asphalt 9 e Call of Duty consumiram mais ou menos a mesma quantidade, 11%, o que é um dos melhores valores que a gente já viu por aqui.
O único problema é que o consumo navegando por redes sociais e assistindo um vídeo no YouTube não foram tão menores assim, alcançando as médias de 8 e 9%, respectivamente.
Depois de testar mais alguns aplicativos, deu para notar que o A31 segura bem nas situações mais gastonas, mas apenas com o consumo no modo de espera mais alto, então a quantidade de carga sobrando no final do dia é um pouco menor que outros aparelhos que possuem os mesmos 5 mil miliampere hora de bateria.
Com certeza é uma posição boa para um um chip da Mediatek, o que mostra que é bem capaz que daqui um tempo a gente nem tenha mais que comentar sobre esses problemas de consumo.
Outro ponto forte do A31 é o armazenamento de 128 GB, o que pode colocá-lo como o aparelho mais barato por gigabyte, pelo menos depois daquela queda de preço que a gente sempre espera acontecer nos aparelhos Android.
A interface nova da Samsung merece alguns elogios. A One UI agora tem o menu no canto da tela para praticamente todos os aparelhos, o renomeado Samsung Home, que é um pouco menos chato que a Bixby Home para ajustar, e a aparência, de uma forma geral, está bem legal. Além de trazer várias melhorias, elas foram distribuídas até para os aparelhos mais simples, o que certamente enriquece a experiência com o aparelho.
Câmera
Mudando assunto para câmeras, o A31 possui uma lente frontal de 20 megapixels, e um conjunto quadruplo na traseira de 48 megapixels na principal, 8 na ultrawide, 5 na macro e no sensor de profundidade para o modo de foco dinâmico.
Confesso que esperava menos das câmeras, e até mesmo olhando para o preview, parecida que a qualidade seria de uma câmera de entrada, maas, a figura muda completamente depois que você tira a foto.
Para começar, o pós processamento me lembra bastante do A51, que satura as cores e cria paisagens igualmente bonitas e exageradas. Além disso, o HDR limpa completamente os brancos estourados, até mesmo nas selfies, que ainda deixam o seu rosto bem corado e um pouco menos detalhado que em outros aparelhos. Outra coisa que percebi foi que o reconhecimento de cena por vezes fica meio indeciso, mas geralmente o resultado final sai bom.
As câmeras auxiliares também vão bem, o recorte da câmera traseira é até que bem preciso, só é necessário tomar cuidado com brancos estourados. O mesmo pode ser dito para câmera macro que também não é super necessária, mas é legal para usar de vez em quando.
E no caso da ultrawide, as fotos ficam com qualidade acima da média, ou pelo menos ficam bem melhores que as da geração passada, que tinham mais dificuldade para encontrar uma foto boa. Seu único ponto negativo é que os cantos ficam com os ângulos bem distorcidos, e em situações com menos luz, ela começa a ter mais dificuldade.
Aliás, a ausência do modo noturno fez com que fotos em baixa luz não evoluíssem tanto de uma geração para outra. A quantidade de chiado é até que alta e o HDR não consegue fazer milagre, então é sempre bom ter alguma luz ou simplesmente evitar usar a câmera nessa situação.
A qualidade das gravações também não impressionam tanto, o A31 só grava em fullHD e a 30 quadros por segundo, com ambas as câmeras, e a estabilização não é nada especial.
Esse então, é um aparelho que evoluiu bastante em alguns pontos, merecendo o titulo de aparelho intermediário. No entanto, apesar de ter 5 lentes no total, faltam algumas características para gente poder dizer que ela é realmente uma câmera completa.
Conclusão
Não tenho medo de dizer que o Galaxy A31 tem tudo para ser um dos aparelhos com melhor custo beneficio da Samsung para o ano de 2020. Na época em que estamos lançando esse review, seu preço ainda não está tão abaixo do A51, então é melhor ir com o aparelho de numeração maior.
No entanto, logo mais o preço do A31 cai e chega em patamares onde ele fica bem mais interessante, graças a sua grande bateria, bom desempenho em fotografia traseira e frontal, além de uma performance razoável, sendo um bom sucessor para o A50 do ano passado.
Esse é um celular equilibrado, que vai funcionar bem para a maioria das pessoas e que compete muito bem de frente com um Moto G8 Power sem ter nome de bateria, ou com os novos LG. Aliás, se comparar com o Redmi Note 9, o A31 pode não ter um desempenho a altura, mas tem uma tela e câmera frontal de melhor qualidade, além de claro, assistência técnica e garantia.
Jadson diz
Gostei muito do texto. Estava pensando em comprar um A31 na black friday.
Me responde uma coisa. Você sabe se tem alguns smartphones legais para jogar COD mobile, PUBG, asphalt 9 nessa faixa de preço, tipo R$ 1.500,00 ou R$ 1.600,00 ?
calebe rezende diz
cara ve se consegue uma redmi note 9 e talz, custo beneficio bom e tem um ótimo desempenho tbm
william diz
Ter conselho a pegar um Redmi note 9s e melhor,
Um Redmi note 9
Perde para um Redmi note 8, e desempenho e etc
So um