O Galaxy A51 é o sucessor de um dos intermediários mais vendidos do ano passado. Com um preço que deve se tornar mais acessível lá para o meio do ano, será que ele tem tudo que é necessário para substituir e ultrapassar o Galaxy A50? Exatamente sobre isso que vamos falar no review de hoje.
Samsung Galaxy A51
- Processador Exynos 9611
- 128GB com 4GB de RAM
- Tela: Super AMOLED de 6,5″ (1080 x 2400px)
- Câmera principal: 48MP (f/2.0) + 12MP (f/2.2) + 5MP (f/2.4) + 5MP (f/2.2)
- Câmera selfie: 32MP (f/2.2)
- Bateria: 4000 mAh
- Android 10
Preço de tabela: R$ 2.199,00
FAST SHOP LOJA SAMSUNGConstrução
É praticamente impossível para o Galaxy A51 não viver às sombras do A50, principalmente depois do grande número de vendas do aparelho ano passado, tanto lá fora quanto aqui no Brasil.
Olhando por cima as mudanças não são nada revolucionárias, mas o A50 também tinha espaço para melhorar, algo que o A51 parece resolver.
A primeira das melhorias veio justamente na construção. Em 2019 parece que os aparelhos combinaram de sair todos com a mesma cara, nem é exagero dizer que devem existir uns 100 aparelhos com esse mesmo entalhe em forma de gota, quase sem bordas, e com cores super chamativas.
O Galaxy A51 muda isso, primeiro, com uma estampa decorando a traseira, que junto do A30S vem para abrir uma série de aparelhos que terão uma decoração na sua traseira, provavelmente uma tendência para o próximo ano.
Por aqui, temos uns desenhos geométricos que ficaram bem legais, e nem chegam a sumir completamente na capinha. Apesar de que num dia mais claro fica difícil ver algo além do verde e do furta cor do plástico.
Tela
Na frente, a diferenciação vem ao adaptar o furo na tela, centralizado, bem parecido com o Galaxy Note 10. Ainda existe algo ali para atrapalhar a visão em algumas situações, mas é menor que a gota antiga, e parece se integrar bem melhor com o resto da tela.
Basicamente, se é para ter um entalhe ou algo parecido, essa é a melhor opção. Principalmente para quem gosta de algo mais simétrico como eu e acha que o entalhe na lateral deixa o aparelho torto.
A máscara preta no entorno da tela também diminuiu, principalmente na zona de baixo, no “queixo” do aparelho. Quando comparamos com o A50, vemos que essa redução foi suficiente para aumentar o tamanho de 6,4 para 6,5 polegadas, e a proporção foi de 19,5:9 para 20:9, tudo isso sem precisar alterar o tamanho real do aparelho.
Olhando de frente, ele realmente ficou mais comprido, parecido até com o Motorola One Vision, só que sem ficar estranho na mão. O espaço extra não possui tanta utilidade assim, já que boa parte dos conteúdos ainda são produzidos em 16:9. Porém nos jogos, o espaço cortado ficou menor, atrapalhando menos para ler ou clicar em algo que ficava ali no canto da tela.
A qualidade da tela continua altíssima, com um painel Super AMOLED de resolução Full HD, o A51 é ótimo para qualquer situação, mesmo que de vez em quando ele apresente umas faixas pretas maiores do lado.
Outras características que não mudaram foram: o áudio externo mono continua razoável, o que é um problema menor, já que o Galaxy A51 tem entrada para fone de ouvido e vem com fone de ouvido. A bandeja para chips de operadora ainda é hibrida, e suporta armazenamento externo.
Câmera frontal
Se em construção e design o A51 teve um avanço incremental pequeno, nas câmeras conseguimos observar diferenças bem maiores. A selfie possui 32 MP e abertura f/2.2. Por aqui as cores estão mais sóbrias do que costumavam ficar, puxando as cores, no pós processamento para um tom mais frio.
Pode parecer besteira pular de 25 para 32 MP, principalmente porque a diferença real fica de quase 2 megapixels na foto final, mas quando você desliga o modo de embelezamento, os detalhes até que ficam bem evidentes, e o HDR sempre faz um bom trabalho, principalmente na hora de lidar com luzes mais fortes.
Acho que ela só precisava deixar o rosto mais rosado mesmo, porque de resto, o A51 está acima da média para um intermediário barato. A boa notícia é que esse ajuste pode muito bem ser feito através de software e você ter uma experiência diferente assim que pegar o aparelho.
Câmeras traseiras
Por aqui temos o conjunto de 4 câmeras no novo “cooktop” ou “peça de dominó”, formato que deverá ser o padrão para o ano de 2020.
O maior número de câmeras traz também mais funções. A principal possui 48 MP, trabalhando no modo quadpixel para melhorar a entrada de luz. Depois temos a ultrawide de 12 MP, zoom de 5 MP, que também serve como lente macro, e o sensor de profundidade para o desfoque.
Começando pela principal, a temperatura também fica mais puxada para o frio, mas o contraste fica ótimo e a nitidez de detalhes é alta. Por mais que mais megapixels seja ótimo para os marketeiros de plantão, porque fica fácil dizer qual câmera é melhor, a realidade é que com mais informação e mais processamento, os resultados dessas câmeras cheias de megapixels andam realmente ficando melhores nas mais variadas situações.
O HDR é um pouco melhor, as cenas em baixa luz conseguem pegar um pouco mais de detalhes e se você quiser, dá para ativar o modo de alta resolução através dessa configuração aqui para ter uma foto maior, para ser usada de wallpaper. O problema, como sempre é que você perde um pouco de pós processamento, então não dá para usar em todas as situações.
Os avanços em boa luz foram pequenos, mas a câmera principal está mais capacitada em situações adversas que a anterior.
O sensor ultrawide parece ser mais robusto que nos outros intermediários da marca, sem apresentar muita distorção e indo bem na saturação das cores. O A50 perdia mais qualidade entre as duas lentes, já que no modelo anterior o sensor era de 8 MP e com uma qualidade inferior.
Apesar de aprimorada, a câmera ultrawide ainda apresenta dificuldades em situações de média e baixa luz, então o ideal ainda seria evitar essas cenas mais difíceis.
A surpresa foi essa macro, que está se popularizando nos intermediários premium. Com ela você pode chegar bem perto de um objeto sem perder o foco. Não será uma das lentes mais usadas, geralmente ela sempre carrega um “porém”, mas a qualidade aqui é boa, até porque o sensor não precisa ser tão bom assim para esse tipo de foto.
Para fechar, a câmera de profundidade ajuda a fazer retratos um pouco mais precisos do que os modelos que utilizam apenas software. A gente sabe que a diferença nem é tão grande, e no ano passado esse sensor já estava presente por aqui.
Em questão de vídeo, o A51 trouxe um avanço importante, porque agora ele consegue gravar em 4K na traseira, especificação que a Samsung teimava em deixar de fora de seus smartphones intermediários.
A estabilização sofre nesse modo porque não temos uma lente com estabilização ótica, mas dá para andar com cuidado, sem precisar de um suporte para o aparelho. Se preferir uma melhor estabilização, opte por 1080p mesmo que você já vai gastar menos espaço interno também.
Desempenho
Aliás, nem precisa se preocupar muito com isso espaço não, porque esse modelo possui por padrão 128 GB de armazenamento e 4 GB de RAM.
Na escolha do chipset, vemos algo interessante. O Exynos 9611 possui as mesmas CPU e GPU do 9610, que era o chip do Galaxy A50, e para resumir a história o desempenho é basicamente o mesmo também, o que não é algo ruim.
Ele roda bem praticamente tudo da Play Store. O popular Call of Duty Mobile fica com as configurações altas, o Arena of Valor fica com 60 frames também no alto, e outros jogos mais de boa ficaram estáveis. Então vai dar pra levar um Free Fire ou um PUBG numa boa. Infelizmente, o Fortnite fica de fora por aqui e está presente apenas em alguns modelos selecionados.
Para finalizar, a bateria possui 4.000 mAh, o que é o esperado para um aparelho de 2019. Seu consumo ficou dentro do esperado para essa quantidade, mas em alguns casos, o A51 gastou um pouco mais que o A50, mas nada a ser considerado por estar dentro de uma margem de erro segura.
Na hora da recarga, os 15 W do carregador da caixa precisaram de uma hora e meia na tomada, tempo bem comum para uma combinação desse tamanho de bateria e carregador.
Software
O legal é que esse é o primeiro modelo a sair da caixa com a nova One UI 2.0, que acompanha o Android 10. A última versão da interface da Samsung recebeu mais mudanças visuais do que em funcionalidades, mas são todos detalhes relativamente pequenos que só notei colocando lado a lado com algum aparelho da versão antiga.
A essência por aqui é a mesma, focando em facilitar a usabilidade de celulares grandes, adicionando uma cara bem Samsung ao Android, e agora incluindo o Edge Panel até em celulares intermediários.
Os painéis que considero mais úteis são os de atalhos de aplicativos e controle de lanterna, mas tem também acesso à bússola e até uma régua se você quiser. Tudo bem customizável, assim como boa parte do resto da interface.
Outra função que estava limitada aos topos de linha da marca era o modo “vincular com Windows”. Por aqui você tem acesso às suas notificações e fotos, além de também conseguir transformar alguns aparelhos numa espécie de touchpad.
Por enquanto o Samsung Galaxy A51 está por fora dessa, mas eu imagino que na medida que aumentar o número de pessoas com acesso a essa integração, o investimento na tecnologia sobe, e quem sabe no futuro ela não se transforma naquele modo desktop que realmente está faltando para os smartphones.
Algo que ficou de fora do A50 no ano passado foi o NFC, que felizmente está presente por aqui, afinal, a difusão dos pagamentos por celular chegou para ficar e essa função se torna cada vez mais necessária.
Conclusão
O Galaxy A51 tem tudo para alcançar o mesmo sucesso que o A50. É um aparelho bem equilibrado, para uso geral e que avançou em todas as frentes, sem deixar nada pra trás.
Não chega a brilhar em nenhuma frente, mas a bateria aguenta um tempo bom, as fotos são bonitas, o desempenho é alto para um intermediário da Samsung, e a ótima tela é o seu ponto mais forte.
O preço no Brasil, como de costume, acaba sendo aquela piada de mal gosto que os apressados acabam literalmente pagando o preço. Sempre indicamos que você espere um pouco por conta de grande variação de preço nos três meses seguintes ao lançamento ou se quiser realmente economizar, a geração anterior ainda é uma ótima opção.
FERNANDA diz
Comparando a câmera do A51, com a do S10 (linha S, porém apenas 3 câmeras e com menos MP) posso de fato acreditar que a do A51 é melhor????
0geovani diz
A câmera do s10 continua sendo melhor, ela é puxada por processador mais potente e conta com tecnologia mais aprimorada nas lentes. Além do fato de o S10 ser topo de linha.
ALEXANDRE NASCIMENTO DE SOUZA JUNIOR diz
Como tirar o embelezamento da câmera frontal do a51?