A linha Redmi é a casa dos aparelhos de entrada da Xiaomi, conhecida por praticar preços bem abaixo da média. Seu último lançamento, o Xiaomi Redmi 7, quer provar que dá para ser um aparelho básico e moderno ao mesmo tempo. Será que ele é bom e vale a pena? No review de hoje nós vamos avaliar tudo para te responder.
Design
O Redmi 7 é, de longe, um dos aparelhos de entrada mais bonitos lançados nesse ano, mas claro, a gente está no meio do ano, então vou deixar esse prêmio de lado. O degradê está na moda, principalmente em modelos mais caros, mas o Redmi 7 traz algumas combinações um pouco diferentes com preto para vermelho, um azul escuro para azul claro, além de claro, o preto para quem quer algo mais sóbrio.
Esse é um aparelho até que grande, com 6,26 polegadas que aproveitam bem a frente do aparelho graças ao entalhe bem pequeno, em formato arredondado, que abriga apenas a câmera de selfie. O desbloqueio é feito por PIN ou pelo leitor de digitais, que funciona bem e fica na traseira do celular.
Ainda falando da tela, seu painel é construído com tecnologia IPS e é bem comprido, na moderna proporção de 19:9, só que em resolução HD. Apesar disso, não é possível notar os pixels individuais e a qualidade aparente é boa, cores fortes e customizadas, com níveis de contraste dentro do esperado. É uma tela que me agradou, deixando a desejar apenas no brilho de 450 nits, valor fraco para um uso externo confortável.
Com um acabamento em plástico meio que com uma textura no seu redor, encontramos as mais variadas entradas. Tem P2, algo raro em qualquer Xiaomi da linha principal, bandeja tripla e um alto falante mono “ok” para o preço. A Xiaomi sempre manda mal nesse quesito, mas como estamos falando de um aparelho barato, está dentro do esperado.
Temos uma entrada Micro USB, que definitivamente é antiquada para 2019, longe do ideal, mas o que eu menos gostei de verdade foi a capinha que o acompanha na caixa. Além de esconder toda a beleza do aparelho, ela é mole e de qualidade bastante inferior, algo que também acontece em algumas versões do Mi 8 e no Pocophone F1.
O dilema do que é pior, vir ruim ou não vir, é difícil de resolver, mas de qualquer maneira, se você pretende usar o Redmi 7 por um bom tempo, provavelmente vai precisar comprar uma nova, de preferência uma que não esconda tanto a traseira.
Desempenho
No quesito hardware, o Redmi 7 não fica para trás, mas também não surpreende. São 32 GB de armazenamento e 3 GB de RAM, o kit básico para aparelhos de entrada em 2019. Seu chipset é o Snapdragon 632, o mesmo do Moto G7. Lançado no meio do ano passado, ele foi desenvolvido para esses celulares mais simples mesmo, suficiente para qualquer jogo em configuração baixa, podendo arriscar ir para o médio em alguns não tão exigentes, como o PUBG.
Fora desse mundo de games, talvez você note uma lentidão para abrir o Chrome se ele tiver muitas abas abertas ou até mesmo algo simples como o Youtube, mas a interface da Xiaomi, a MIUI, está bem fluida. Ela é uma skin bem diferente do Android, mas na versão atual, 10.2, ela está bem moderna e otimizada. Ela também parece ter reduzido bastante a quantidade de bloatware – pelo menos nessa ROM global.
Aqui, o Android 9 felizmente vem de fábrica e o esforço da marca para tirar aquela imagem de desatualizada é aparente. Mas isso é para o futuro. Por enquanto o Redmi 7 lida bem com boa parte das atividades do dia a dia, sem nenhuma limitação, desde que goste da interface diferentona da Xiaomi.
Bateria
Algo bom que estamos vendo em vários aparelhos de entrada é uma prioridade maior para a longevidade da bateria dos aparelhos, o Redmi 7 possui 4000 miliampere-hora de carga total, suficiente para um dia inteiro de uso pesado ou até dois se você for mais econômico.
O consumo médio de Youtube e jogando foi ligeiramente abaixo da média e para encher essa bateria toda, o carregador de 10 W precisou de pouco menos de 2 horas. Boa marca para esse tamanho de bateria e preço de aparelho.
Câmera frontal e traseira
Em fotografia o Redmi 7 vai melhor do que a média, principalmente na frontal, com sensor de 8 megapixels e abertura f/2.0. As configurações padrão do oriente continuam a me incomodar e me deixar tão branco que pareço doente, mas no modo padrão de câmera, isso parece ter sido aliviado um pouco, só que ainda existe.
No geral, eu gostei bastante do nível de detalhes da foto, mesmo que a câmera ainda sofra com reflexos de luz e estoure os brancos da cena em locais muito iluminados. O HDR alivia bastante esse problema, então vale a pena ligar essa função, só que claro, ela demora bastante pra ser realizada com esse processador e você perde o modo retrato.
Os vídeos gravados pela frontal se limitam ao 1080p e 30 frames por segundo, mas sem qualquer tipo de estabilização, embora o resultado não seja dos piores não.
Na câmera traseira, a resolução é de 12 megapixels e abertura f/2.2, com uma segunda auxiliar para desfoque de apenas 2 megapixels. Não tive grandes problemas para acertar o recorte, e sempre gosto bastante das cores das fotos da Xiaomi.
O modo HDR é um pouco mais rápido que na frontal e também controla bem fontes de luz, além do destaque dos detalhes que está bom. Nesses modelos mais baratos o modo de AI dá uma ajuda até maior do que nos modelos mais caros, na minha opinião. E é legal o fato dele ter mais modos do que aparelhos de mesmo preço.
Essa é claramente uma câmera um pouco mais barata, mas se posiciona como uma das melhores na sua faixa de preço. Na traseira os vídeos também são 1080p, só que a 60 frames por segundo. Também gostei dela, só que de novo, falta estabilização, o que pode deixar fotos em média e baixa luz bem borradas.
Conclusão
No geral, a categoria de aparelhos até mil reais está com uma boa variedade agora em 2019. O Redmi 7 é um concorrente forte quando o assunto é fotos, e de resto está bem moderno, colocando a frente de quase todos os aparelhos de entrada do ano passado.
Se você não quer importar, no mercado nacional você encontra o Moto G7 Power, que tem desempenho igual, mais bateria e está, por enquanto, um pouco mais caro. Resta ver se os novos da Samsung vão abaixar de preço, mas por enquanto essas duas são as opções mais modernas para quem quer pagar em torno de mil reais em um celular.
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