Se você tem um smartphone Android é bem provável o SoC, System on a Chip, dele seja um Snapdragon. Mas como saber se ele é bom, se ele é o certo para o preço do seu equipamento e se ele é novo? É o que a gente vai te explicar hoje.
Para começo de conversa, vocês viram que eu falei SOC, né? Muitas vezes nós nos referimos ao modelos da linha Snapdragon como processadores, e sim, eles são o compilado de diversos tipos de processadores. A começar pela central de processamento que é a CPU, mas daí começa a aparecer um monte de coisa em conjunto: a placa de vídeo, processador de imagens, o componente que te permite ligar com os dados móveis e até mesmo o gerenciamento de bateria.
Sabendo disso, a Qualcomm é a maior produtora de chips do mundo. De acordo com Strategy Analytics, em 2017, 42% de todos os smartphones vendidos no mundo foram com algum tipo de processador Snapdragon. Mas não é só isso, eles também estão presentes em novas linhas de smartwatch, que podemos deixar para outro momento.
Falando de smartphone, que é o principal tema de hoje, as séries de processadores vão do 2 ao 8 e quanto maior o número, melhor desempenho ele terá.
Série 2
Começando por baixo, os chips da Série 2, como o Snapdragon 205 e, 210 e 212, são os processadores mais básicos. Limitados à uma câmera de 8 megapixels, captura de vídeo em formato HD e a tecnologia de carregamento rápido Quick Charger 2.0, que já está um pouco datada.
A empresa parou de lançar e atualizar essa linha desde 2015, mas ainda existem alguns produtos novos no mercado que as utilizam. O Nokia 2 e o Panasonic P95 são dois exemplos atuais e que ficam abaixo dos 100 dólares.
Série 4
O que a gente está acostumado a ver por aqui são os aparelhos da série 4, como o Moto E5 Plus e o Galaxy J6 Plus com Snapdragon 425, um processador um pouco mais antigo. O Moto G6 Play vem com o 430, e o Galaxy J8 e Moto G6 com o Snapdragon 450. Como sempre, quanto maior o número, melhor, e finalmente começamos a ter um desempenho legal para tarefas mais básicas.
Essa linha trabalha com até oito núcleos de 1,8 gigahertz, câmeras duplas de até 13 megapixels ou uma única de 21 megapixels e já faz o tal do efeito bokeh em tempo real, além do carregamento rápido melhor.
Apesar de rodar bem a maioria dos aplicativos, ainda existem jogos mais pesados que ficam com travamentos, então acho que qualquer modelo acima de 1000 reais com um processador desse aí já começa a perder o custo benefício. A opção seria basicamente subir o nível e ir pra série 6 que é a pau pra toda obra.
Série 6
Aliás, se essa não for a série que mais oferece modelos no Brasil, está bem perto de ser, porque o Snapdragon 625, que já tem quase três anos no mercado, continua sendo usado por algumas empresas.
Ele foi a escolha da Motorola para equipar o Motorola One, lançado no final do ano passado, e equipa também vários outros modelos de 2017 que estão com um bom custo benefício atualmente como o Zenfone 3, Moto Z Play e G5 Plus, e olha, mesmo mais antigo, o 625 ainda é levemente superior ao 450, processador mais atual da linha 400.
Claro que existem modelos mais atuais como os Moto Z3 Play, Zenfones 5 e Max Pro M1 com Snapdragon 636, o novo Moto G7 Power e os modelos do ano passado como Zenfone 4, Redmi Note 6 e Mi A2 com o Snapdragon 660, mas de qualquer forma, dentro das linhas da Qualcomm, a série 6 é a que oferece o maior número de variações.
Para citar algumas inovações que essa linha traz, temos o limite de processamento em 2,2 gigahertz, capacidade de gravação de vídeos em resolução 4K, slowmotion de 120 frames, maior número de megapixels na câmera, suporte a tecnologia APT-X para transmissão de áudio através do Bluetooth 5.0, carregamento rápido com o Quick Charger 4+ e uma GPU Adreno de quinta geração que já dá conta de qualquer joguinho da Play Store, inclusive PUBG, Free Fire e Arena of Valor.
Uma grande vantagem desse chip é o consumo mais eficiente de energia, que foi um diferencial e tanto quando chegou no mercado nos meados de 2016, porque até então a única opção era ir pro “basicão”, sem muito recurso, ou os topos de linha, que bebiam bateria demais.
Série 7
Uma novidade recente da Qualcomm é a série 7, que por enquanto tem somente o Snapdragon 710 na lista. Ele chegou pra ser o meio termo entre potência dos topos de linha e otimização de bateria da série 6.
Essa é uma linha que confunde um pouco mais, porque fica no meio do caminho do meio do caminho, com processadores de imagem melhores, suporte a câmeras de até 32 megapixels e um avanço em velocidades de conexão.
Série 8
E claro, está na hora de falar do topo de linha, a série 8. Tudo que tem pra sair de novo vem primeiro nela. Nos últimos anos tivemos o 835, 845, e agora o 855, que geralmente traz o melhor desempenho até o momento. 6 meses depois essa linha é ultrapassada pela Apple, e depois volta à liderança novamente e o ciclo se repete.
Por aqui temos suporte a reprodução de vídeo com HDR10 e resolução 4K, funcionalidades exclusivas de slowmotion a 960 quadros por segundo, placa de vídeo que roda tudo no máximo e sobra, processadores com clock de até 2,8 gigahertz, melhores velocidades de rede, e claro, uma litografia de 10 nanômetros para manter o desempenho alto com uma melhor eficiência de gasto energético.
O mais novo processador da marca, o Snapdragon 855, que já foi anunciado e já deve estar presente em alguns modelos topo de linha de 2019 na hora que você ler esse artigo, promete conectividade 5G – um marco para novas aplicações e um avanço de até 45% em processamento e 20% em gráficos.
Melhorias em inteligência artificial colaboram para permitir o modo retrato em vídeo e o sensor sônico 3D, para uma leitura de digitais abaixo da tela com maior velocidade e precisão.
Com o tempo tudo isso desce para as outras linhas, mas é só na linha 8 que você tem esse desempenho alto mesmo anos depois.
As linhas são bem definidas e com essa informação fica mais fácil definir qual seu próximo smartphone.
GUEL.F92 diz
Ótima matéria, sanou mt minhas dúvidas sobre qual smartphone escolher em breve.